Saudações
flamengas a todos. Terminado o ano, e antes que o elenco esteja
definitivamente fechado, deixo aqui as avaliações, de cunho
individual, dos jogadores que encerraram a temporada fazendo parte do
elenco profissional do Flamengo (exceto Thiago e João Lopes, que não
atuaram). Enfim, aos nomes:
MURALHA –
Aguardou pacientemente sua chance, que surgiu com a troca de
treinadores. Após início oscilante, ganhou confiança, firmou-se e
conquistou de vez a vaga com atuações seguras e mesmo brilhantes, a
ponto de ser lembrado para a Seleção Brasileira. Está em nítida
evolução. EM ALTA.
PAULO
VICTOR – Titular com Muricy, não se recuperou da má temporada de
2015, voltando a apresentar-se irregular, inclusive com atuações
abaixo da crítica. Um dos alvos da torcida, perdeu a vaga para
Muralha e desmotivou-se. Falhou clamorosamente no jogo de ida contra
o Figueirense, pela Sul-Americana, o que fez crescer as vozes pela
sua negociação, mesmo tendo se recuperado em ocasiões posteriores.
Dificilmente permanecerá. EM BAIXA.
PARÁ –
Um dos membros do infame “Bonde da Stella” de 2015, parecia
encostado e relegado no primeiro semestre, em que pouco atuou. Também
soube esperar sua chance, que surgiu com Zé Ricardo, e abraçou a
oportunidade com dedicação, mostrando até mesmo brilho em alguns
jogos. Esforçado e voluntarioso, chegou a ganhar aplausos,
revertendo a antipatia de boa parte da torcida. Mas precisará seguir
transpirando e sofrendo. EM ALTA.
RODINEI –
Irrequieto e intenso, desenvolveu um bom primeiro semestre nas mãos
de Muricy Ramalho. No entanto, após se lesionar, já com Zé Ricardo, na partida contra o Corinthians em Itaquera, perdeu a
vaga e, aparentemente, desmotivou-se. Nas vezes que entrou na equipe,
não foi sombra do que é capaz de mostrar. Precisará competir mais
pela vaga. NEUTRO.
REVER –
Típica “contratação de oportunidade” (veio por empréstimo),
chegou sob desconfiança, pelo seu histórico de lesões e atritos no
Internacional. No entanto, superou as mais otimistas expectativas,
tomando conta da posição com autoridade e liderança. Logo na
estreia, mostrou o cartão de visitas, com um gol e uma atuação
irrepreensível. Encaixou-se tão bem no time e no clube que, em
poucos meses, já é uma das referências do elenco. É importante
que a diretoria trabalhe arduamente para mantê-lo. EM ALTA.
RAFAEL
VAZ – Uma das mais criticadas contratações do Flamengo para a
temporada, chegou, egresso do Vasco, já no meio de uma emergência,
com o clube sem dispor de zagueiros para colocar em campo.
Praticamente sem treinar, realizou sua estreia. Após um início
instável, logo se firmou, barrando o veterano Juan, e desnorteou a
torcida com atuações exuberantes, chegando, não raro, a superar o
companheiro Rever em alguns jogos. No entanto, na reta final do
Brasileiro cometeu falhas individuais graves, acendendo certa
apreensão acerca de sua capacidade de lidar com momentos de alta
pressão. Já não é unanimidade, embora siga com prestígio.
NEUTRO.
DONATTI –
O Flamengo iniciou a temporada de 2016 anunciando a necessidade de
contratar um zagueiro. No entanto, divergências entre a diretoria e
a comissão técnica retardaram algumas negociações. Uma delas, a
do robusto “xerifão” Donatti que, quando enfim foi apresentado,
viu sua vaga já ocupada por Rever. Em sua estreia, entrou frio num
jogo complicado, contra o Coritiba (substituindo Juan, lesionado), e
até agradou. No entanto, uma falha clamorosa na fatídica derrota
para o Figueirense pela Sul-Americana destroçou sua já contestada
imagem (é tido como um jogador lento). Nem mesmo a razoável atuação
contra o América-MG reverteu o quadro. Anda sendo assediado por
clubes estrangeiros e é possível que seja negociado caso o clube
consiga manter Rever. Poderá ser útil na Libertadores, entretanto.
EM BAIXA.
JUAN –
Outra contratação contestada no início do ano, surpreendeu no
Estadual (competição de baixo nível técnico), a ponto de encantar
e ser considerado um dos melhores jogadores do time sob o comando de
Muricy. Todavia, algumas falhas em clássicos (cometeu erros nos
empates contra Vasco e Botafogo) e uma séria contusão na segunda
partida do Brasileiro demonstraram que Juan, apesar da ótima postura
e capacidade técnica, não reunia condições de disputar, como
titular, uma competição tão longa e desgastante. Entrou
posteriormente em alguns jogos, sem manter o nível do primeiro
semestre, e perdeu a vaga para Rafael Vaz. Sua renovação está
longe de ser recebida como unanimidade, embora haja planos para
aproveitá-lo fora do campo. EM BAIXA.
LÉO
DUARTE – Foi lançado em uma terrível fogueira, após a prematura
dispensa de César Martins e a “renúncia” de Wallace. Nas
primeiras partidas agradou, mostrando qualidades. Depois começou a
oscilar, e após falhas nas partidas contra Figueirense e Palmeiras,
voltou à reserva. Jovem, precisa ser mais utilizado em 2017 para
seguir evoluindo. NEUTRO.
JORGE –
Não foi bem no primeiro semestre, com Muricy, apresentando sérios
problemas defensivos (muitas vezes decorrentes de má proteção) e
uma postura apagada, passiva. Melhorou sensivelmente com Zé Ricardo,
que intensificou seu aproveitamento nas ações ofensivas da equipe.
Como resultado, passou a ser um dos destaques do rubro-negro,
inclusive com gols e assistências. Talvez seja o jogador do elenco
mais valorizado pelo mercado. Sua saída parece cada vez mais
próxima. EM ALTA.
CHIQUINHO
– Contratação para “compor elenco”, talvez tenha sido a maior
decepção do ano. Não pela expectativa, que já era baixa (foi uma
aquisição muito contestada), mas pela visível demonstração de
inadequação ao nível do restante do elenco. Salvo uma ou outra
atuação razoável em alguma partida periférica no primeiro
semestre, colecionou exibições medíocres, especialmente no aspecto
defensivo. Não será mantido, e sua posição inclusive já foi
reposta com a contratação do peruano Miguel Trauco. EM BAIXA.
MÁRCIO
ARAÚJO – Com a negociação de Wallace e a barração de Paulo
Victor, tornou-se o mais controverso e polêmico jogador do elenco.
Volante “formiguinha”, “robin-hood” (toma e entrega), “anos
90”, entre outras denominações pejorativas, apresenta severas
limitações técnicas e mesmo táticas, irritando parte da torcida,
que o elegeu a “bode” da vez. Reserva com Muricy, ascendeu à
condição de titular com Zé Ricardo, que nele enxergou condições
de desempenhar um papel defensivo que a dupla Arão-Cuellar não
vinha desenvolvendo adequadamente. Com os rumores de contratação de
reforços para o setor e uma rejeição crescente de (cada vez maior)
parte da torcida (sua controversa renovação foi bombardeada nas
redes sociais), inicia 2017 muito pressionado. Teoricamente, deverá
perder a vaga na equipe. Teoricamente... EM BAIXA.
RONALDO –
As ótimas atuações na Copa SP fizeram crescer a curiosidade e a
expectativa sobre este habilidoso volante. No entanto, somente foi
utilizado em poucos minutos, nas partidas contra Bangu e Figueirense,
mas mesmo assim agradou, especialmente nesta última, dadas as
circunstâncias. Espera-se que ganhe rodagem na próxima temporada.
NEUTRO.
CUELLAR –
As excelentes recomendações (jogador de seleção, indicado pelo
Celta-ESP, disputado com o Cruzeiro) trouxeram certo entusiasmo, após
a frustração pelo insucesso na tentativa de trazer Marcelo Diaz.
Logo ganhou a posição com Muricy, e chegou a encantar em suas
primeiras atuações (já na estreia, em um Fla-Flu, foi um dos
melhores em campo, apesar de expulso). No entanto, com a troca de
treinador e o desequilíbrio defensivo da equipe, acabou sacado.
Ainda foi utilizado com frequência em alguns jogos, mas aos poucos
foi perdendo espaço e motivação. Possui mercado e tem sido
assediado. Com a provável chegada de reforços, poderá ter ainda
mais dificuldades para se firmar. EM BAIXA.
WILLIAN ARÃO – Chegou ao Flamengo, egresso do Botafogo (que até hoje não
digere sua saída), sob certa desconfiança, logo dissipada com
ótimas atuações. “Motorzinho” de ótima chegada à frente e
capacidade de desarme, logo tornou-se peça-chave na equipe montada
por Muricy. No segundo semestre, seguiu mantendo a importância, mas
passou a apresentar certa irregularidade e tendência a sumir em
partidas mais difíceis (talvez em função de uma maior demanda
defensiva). Com a contratação de Diego, seu jogo perdeu fluidez,
situação com a qual Zé Ricardo terá que lidar. Versátil, pode
ser usado mais recuado, inclusive, num momento extremo, improvisado
na zaga. Anda sendo especulado em possíveis convocações, o que
pode aumentar a atração do mercado. EM ALTA.
MANCUELLO
– Contratação mais rumorosa do primeiro semestre (foi disputado
com o Atlético-MG), mostrou futebol e qualidade no início do ano,
com Muricy. Vinha se soltando, com um futebol objetivo e agradável,
mas uma lesão relativamente séria o tirou de ação. Ao retornar,
demorou para recuperar o nível técnico, o que só conseguiu já com
Zé Ricardo. Jogador de passe vertical, agudo, tem problemas para se
inserir taticamente, o que dificulta sua efetivação como titular.
Na reserva, tem se mostrado útil, embora tenha perdido muito espaço.
Também anda sendo sondado, mas o Flamengo aparentemente conta com
ele. EM BAIXA.
DIEGO –
Veio para ser a estrela, a referência, o líder técnico, o “nome”
do time. E não decepcionou. Consciente de seu papel e da pressão
com a qual teria que lidar, desde a estreia “tomou a frente” da
equipe, sendo (juntamente com Rever) o “plus” que tornou possível
ao Flamengo disputar, com reais condições de êxito, o título
brasileiro de 2016. Em estado de graça, admite viver um momento
especial na carreira, tendo tudo para se tornar ídolo. No entanto,
taticamente precisa de alguém para auxiliá-lo nas organização da
equipe, até porque parece render melhor manobrando um pouco mais
recuado, vindo de trás, tipo o antigo “camisa 8”. EM ALTA.
ALAN
PATRICK – Qualidade técnica, sempre demonstrou. É o tipo de
jogador capaz de reverter uma situação adversa, até em função de
seu vasto repertório. No entanto, suas limitações, físicas e
mesmo de postura, sempre limitaram sua evolução. No Flamengo não
foi diferente, embora tenha sido um jogador importantíssimo (pênalti
perdido à parte) no time de Zé Ricardo, antes da vinda de Diego.
Espécie de “12º jogador”, perdeu motivação após a
confirmação de sua saída (voltará a seu clube, o Shakhtar-UCR).
Provavelmente, deverá haver reposição. NEUTRO.
LUCAS
PAQUETÁ – Outro talentoso jovem da base tratado com cuidado para a
transição aos profissionais. Destaque na Copa SP, foi utilizado em
alguns jogos do Estadual, mostrando um jogo vistoso mas pouco
efetivo. No segundo semestre andou se destacando nas Seleções de
Base. Tem sido elogiado. Provavelmente deverá receber oportunidades
em 2017. NEUTRO.
GABRIEL –
Um dos mais criticados jogadores do time titular, tem apresentado
considerável evolução defensiva. No entanto, apesar de alguns gols
e assistências, não consegue ser consistente no trabalho ofensivo,
o que compromete o poder de fogo da equipe. Há rumores de que
poderia ser negociado, embora isso pareça pouco provável. No
entanto, dificilmente permanecerá como titular em 2017, já que sua
posição é considerada uma das carências da equipe. NEUTRO.
MARCELO
CIRINO – Seu desempenho em 2016 ajudou a dirimir qualquer dúvida
sobre a sua capacidade de render em um clube como o Flamengo.
Rendimento razoável no Estadual (chegou a marcar gols em clássicos,
derrubando um tabu) e absolutamente opaco no Brasileiro, apresentando
um futebol omisso e resignado, repetindo, portanto, 2015. Parece fora
dos planos do clube, que vem tentando negociá-lo e, assim, minimizar
o provável prejuízo colossal decorrente de sua contratação. Mas
não está fácil. EM BAIXA.
THIAGO
SANTOS – Tem sido utilizado esporadicamente desde a temporada
passada, apresentando pouco mais que voluntarismo, disposição e
alguma capacidade de finalização. A boa atuação nos minutos em
que esteve em campo contra o América-MG acendeu certa expectativa.
Deverá ganhar mais chances. Provável jogador de elenco no futuro.
NEUTRO.
ÉVERTON
– Viveu em 2016 uma alucinante gangorra, alternando de peça-chave
a negociável em questão de semanas. Mas soube superar a ascensão
de Ederson, a perspectiva de uso de Mancuello atuando aberto e mesmo
a contratação de Fernandinho para garantir uma vaga na equipe
titular. No elenco atual, é o “ponta” mais completo, capaz de
realizar com igual intensidade as funções defensivas e ofensivas
(em que pese sua dificuldade na leitura de certas situações de
jogo). Talvez tenha sido, ao lado de Diego, o jogador que terminou o
ano com as melhores atuações. Tem recuperado prestígio, mas
precisará seguir em alto nível com o provável aumento de
concorrência. EM ALTA.
FERNANDINHO
– Outra contratação (por empréstimo) massacrada, em função do
custo potencialmente alto e das limitações técnicas mostradas em
outros clubes. No entanto, apesar da irregularidade, conseguiu
encontrar seu espaço no elenco, mostrando-se um reserva útil e
mesmo capaz de marcar gols importantes e decisivos, o que fez o
Flamengo mostrar interesse por sua permanência (novamente por
empréstimo). Com a provável recusa do Grêmio em negociar nesses
moldes, não deverá permanecer. Talvez não seja reposto, abrindo
vaga para jogadores da base. NEUTRO.
EDERSON –
Iniciou o ano sob a expectativa de que, com a estrutura posta à
disposição, enfim conseguisse ser aproveitado. Após um primeiro
semestre opaco, em que demonstrou problemas de intensidade e
recomposição defensiva, começou a crescer no Brasileiro, entrando
aos poucos na equipe e mostrando parte do futebol que o projetou na
Europa. Quando parecia ter ganho a posição e vinha no melhor
momento, sofreu uma entrada criminosa que o alijou da temporada.
Atravessando um demorado processo de recuperação, espera retomar a
carreira em 2017. No entanto, caro e pouco produtivo, já tem
suscitado manifestações favoráveis a um acordo de rescisão. EM
BAIXA.
ADRYAN –
Jogador que ostentou a condição inusitada de retornar de
empréstimo, terminou por ocupar a função que seria destinada a
Ederson no elenco (meia aberto pela esquerda). Começou a ser lançado
e não mostrou muito, mas, estranhamente, logo após sua melhor
atuação (contra o Santos) e posterior extensão do vínculo, não
recebeu mais oportunidades. Por suas declarações e de seu agente,
não parece vislumbrar seu futuro no Flamengo. Provavelmente será
emprestado. EM BAIXA.
EMERSON
SHEIK – Começou o ano como titular e um dos homens de confiança
de Muricy, condição que foi perdendo no decorrer da temporada com
atuações pífias e problemas na execução de determinações
táticas. Com a entrada de Zé Ricardo, perdeu espaço de vez,
chegando a amargar semanas de ostracismo. Retornou na reta final, sem
acrescentar nada de relevante à equipe, o que fez com que muitos
contestassem a insistência do treinador em lhe dar oportunidades.
Sua temporada será mais lembrada por rumores de problemas extracampo
do que pelo futebol apresentado. Não terá seu contrato renovado, e
não deixará saudades. EM BAIXA.
GUERRERO – Melhor e mais qualificado atacante do Flamengo, mostrou em 2016 um futebol mais parecido com o que se espera de um jogador de seu nível. Passou a marcar gols com mais regularidade, reduzindo a incidência dos “longos jejuns” que eram explorados à farta pela imprensa, melhorou, em linhas gerais, sua postura em campo, assumindo mesmo certa liderança, e se mostrou taticamente um jogador útil (possui um jogo físico muito forte). Também foi um dos poucos a crescer na reta final. No entanto, precisa ser mais efetivo nas finalizações. Com jogadores mais agudos, tenderá a crescer ainda mais. Termina o ano em paz com a torcida. NEUTRO.
LEANDRO
DAMIÃO – Contratado para a disputa da Libertadores, tem
demonstrado notável vontade de acertar. No entanto, a falta de gols
tem incomodado e influído negativamente em seu jogo. Até aqui, não
tem justificado o investimento feito pelo clube, e muitos criticam
sua vinda, por conta da perda de espaço do promissor Felipe Vizeu.
Tem sido especulado em outros clubes. Talvez, com uma pré-temporada
adequada, consiga render mais. Vai precisar. EM BAIXA.
FELIPE
VIZEU – Foi o jovem lançado em 2016 que melhor soube aproveitar as
oportunidades recebidas. Jogador com notável capacidade de marcar
gols (a ponto de chamar a atenção), brilhou na Copa SP e logo
mostrou serviço, seja com Muricy, seja com Zé Ricardo. Dificilmente
passa mais de três partidas sem deixar sua marca, independente do
nível do adversário. Precisa, entretanto, ser mais participativo,
reter mais a bola. Apesar da concorrência, deverá seguir ganhando
chances. Já começa a ser assediado, especialmente por sua presença
nas Seleções da Base. EM ALTA.
ZÉ
RICARDO – O espetacular trabalho na Copa SP chamou a atenção da
diretoria que, com os problemas de saúde de Muricy e o irreversível
desgaste de Jayme, acenou-lhe com uma oportunidade, talvez prematura,
de dirigir a equipe como interino. No entanto, o jovem treinador
conseguiu, em pouco tempo, organizar uma proposta de jogo eficiente e
funcional, capaz, inclusive, de fazer a equipe atuar com consistência
(ao contrário do trabalho de Jayme em 2013, que funcionou enquanto
os jogadores atuaram em seu limite). É provável que a demora na sua
efetivação (o pensamento da diretoria sinalizava para a contratação
de Abel Braga) tenha influído na construção de uma forma de jogo
pragmática e cautelosa, da qual Zé Ricardo, mais à frente, não
conseguiu se livrar. Se, nos jogos iniciais, o objetivo era
sobreviver no cargo, os resultados positivos e a melhora no elenco
decorrente da vinda dos reforços transpuseram a equipe de patamar, e
Zé Ricardo se viu, subitamente, disputando o título brasileiro,
condição que demanda outro tipo de preparo e com a qual o
inexperiente treinador demonstrou dificuldades em lidar. Para 2017,
tendo participação ativa na regulagem do elenco, na discussão
sobre reforços e dispensas e com a possibilidade de trabalhar
propostas alternativas de jogo, talvez se avance no sentido de se
obter respostas acerca da real capacidade, no estágio atual, de Zé
Ricardo em conduzir o Flamengo em sua retomada no caminho do
protagonismo. A expectativa, por enquanto, é aparentemente positiva.
Mas apenas o tempo dirá.
“Os
Alfarrábios do Melo entram em recesso para as festas do final de
ano, com retorno previsto para 11 de janeiro. Um Feliz Natal e um
2017 bastante robusto para todos nós.”