Ontem, segunda-feira dia 31/10 saíram duas notícias sobre o nosso presente e o nosso futuro que são alvissareiras, mas com ressalvas: o balanço trimestral de setembro de 2016 (3o trimestre) e uma matéria no Globo.com com Vinícius Jr. joia da base do Flamengo. Economicamente o clube caminha bem, aliás continua caminhando bem pagando suas dívidas, investindo mais, arrecadando mais mesmo em um contexto de crise. A ressalva econômica fica por conta do valor mais baixo de patrocínio (contexto de crise), e que portanto, deixou exposta a situação ruim dos esportes olímpicos.
No Twitter o Vice-Presidente de Marketing diz negociar, o Vice-Presidente de esportes olímpicos reiterou numa entrevista para o portal Mundo Rubro-Negro, mas será que salva o ano? Economicamente, lógico. Tecnicamente, chegando o dinheiro, o time será reforçado. Enfim, a questão não é o dinheiro, mas estas informações não passaram batidas por mim. Minha preocupação é a base.
A matéria sobre Vinícius Jr. pode ser a primeira de muitas sobre as joias das categorias de base do Flamengo. Algumas intervenções têm sido feitas, mesmo com um nível baixo de investimento, o rumo da base rubro-negra mudou. O Flamengo ainda investe menos do que os grandes clubes do país, precisa investir mais e melhor, precisa investir em estrutura, em atletas melhores, além de projetar melhorar o desempenho dos atletas.
As obras para a construção do Centro de Treinamento das categorias de base deve ser iniciado já em Janeiro de 2017, com projeção de término para o segundo semestre de 2018. Antes disso a base “herda” a estrutura, hoje provisória, do futebol profissional. Cada vez mais veremos talentos da base no elenco principal, mesmo com o clube estando no mercado mais como comprador do que como formador. A competição interna será maior. Cada vez maior.
É preciso paciência, pois o trabalho da base é para longo prazo, daí minha preocupação com matérias tipo a do Vinícius Jr. O moleque é um talento, deve ser lapidado. Fará a transição com tranquilidade? Hoje tem 16 anos, terá pressão para subir e desempenhar no profissional já em 2017? Vale queimar um talento? Segundo entrevistas do Rodrigo Caetano, não. Espero sinceramente que a transição seja feita com tranquilidade, sem pressa, e que a base seja a solução de médio prazo.
Como exemplo deixo Felipe Viseu. A minha opinião é a de que a transição está sendo a mais correta dos últimos 20 anos. Não me lembro de tanto cuidado com um atleta que já tem seu espaço e vai alargar, ganhar a posição com tempo e trabalho. Não tenho dúvidas de que será mais útil a cada ano. Deve jogar mais em 2017, 2018... isso se não for vendido. É o mercado. O trabalho vem sendo feito. Jorge por exemplo teve uma transição abrupta. De longe vejo que teremos já em 2017 uma geração de base no “2o time”, hoje a maioria está no terceiro Léo Duarte, Paquetá, Ronaldo brilharão em 2017, 2018. A base não é a nova Canaã, mas vai dar alegrias ao futuro Mengão!
Aliás, deixo aqui a pergunta: com maior poder de investimento, o que o Flamengo deveria priorizar para a sua base? Como deve ser tratado o trabalho de base?