Salve, Buteco! Que a tabela pro Flamengo é um pouco mais difícil eu acredito não ser novidade pra quem acompanha este blog e me dá a honra de ler os textos das segundas-feiras. Convenhamos, uma coisa é enfrentar o Figueirense em Florianópolis, outra o Internacional no Beira-Rio lotado, embora ambos estejam lutando contra o rebaixamento. No final das contas, o Palmeiras, com ou sem ajuda da arbitragem, vem sendo mais efetivo em sua tabela mais favorável e para o Flamengo inverter essa situação e conquistar o títurtlo terá que fazer bem mais do que vem apresentando dentro de campo. A impressão é que o time estagnou entre algumas opções táticas e de atletas da preferência do nosso treinador Zé Ricardo, pois há tempos não apresenta um futebol realmente convincente, apesar de toda a entrega dentro de campo.
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A opção pelos meias-pontas Gabriel e Everton não me surpreendeu, pois dentre as variações utilizadas por Zé Ricardo é a que se apresentou mais consistente em nível defensivo. Portanto, no primeiro tempo o nosso treinador previu corretamente um jogo muito truncado e o Flamengo conseguiu conter a pressão do Internacional. Porém, ambas as equipes criaram pouco e Diego e Guerrero ficaram isolados, o primeiro no meio, na função de armação, e o segundo no comando do ataque, ainda que seja sua característica individual se movimentar e sair da área para as assistências. Ao meu ver, ambos fizeram o possível dentro do esquema tático pouco efetivo em nível ofensivo que o time adotou.
O problema se intensificou no segundo tempo. quando Celso Roth lançou o Internacional ao ataque com as entradas de Eduardo Sasha e Valdivia, enquanto o nosso treinador teve uma postura hesitante. Mesmo havendo aberto o placar após uma perfeita cobrança de falta de Diego e do cabeceio certeiro de Réver, o Flamengo foi engolido pela intensidade colorada, turbinada pelo apoio de sua torcida. O time recuou após o gol e os gols do adversário vinham se desenhando claramente em uma sequência de oportunidades perdidas ou impedidas pela ótima atuação de Muralha. Só que quando Alan Patrick estava ao lado do auxiliar à beira do gramado para entrar o Internacional já empatava a partida. Zé Ricardo certamente buscava tomar de volta o controle do meio de campo com posse de bola e neutralizar o jogo veloz e de pressão que acuava o Flamengo. Porém, além de ter demorado a substituir, colocou em campo um jogador que não vem entrando bem, seja do início, seja no segundo tempo, o que comprometeu a possibilidade de reação do time.
As opções lançadas pelo nosso treinador não vêm surtindo o efeito desejado há uma considerável sequência de jogos, o que parece consenso entre a maioria dos torcedores. Será que o elenco oferece opções?
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Recuando um pouco no tempo, mais precisamente a 2 de abril desse ano, o Flamengo enfrentou o Botafogo em Juiz-de-Fora jogando no 4-4-2 sob o comando de Muricy Ramalho com a expectativa da escalação de um meio com mais qualidade, com Alan Patrick e Ederson. Só que a linha defensiva tinha Wallace e Juan na zaga, com Cuéllar na proteção, além de Paulo Victor no gol e Marcelo Cirino formando o ataque com Guerrero. O Flamengo correu atrás do placar duas vezes com falhas da zaga e do goleiro. Nos dois jogos subsequentes, contra Boavista e Bangu, em Volta Redonda, tivemos placares confortáveis e Mancuello no lugar de Ederson, mas depois Muricy abandonou o 4-4-2 nas semifinais do Estadual contra o Vasco da Gama, em Manaus, e o esquema tático só voltou recentemente, em algumas partidas do Brasileiro sob o comando de Zé Ricardo.
O time agora tem um ótimo goleiro, Muralha, e uma zaga bastante segura, formada por Réver e Rafael Vaz. Será que o 4-4-2 não funcionaria com outras peças? Não seria o momento de "desapegar" de alguns jogadores limitados ou pouco confiáveis, conforme o caso?
Por exemplo, Márcio Araújo é indiscutivelmente um jogador que corre muito e se entrega dentro de campo, mas suas deficiências de posicionamento e saída de bola são notórias, para não falar de sua queda de produção nos "jogos grandes" - ontem pateticamente não acompanhou Vitinho no segundo gol, em falha bisonha. Por sua vez, Alan Patrick, que desfruta da preferência de Zé Ricardo, é indiscutível dono de grande talento, mas não vem correspondendo desde a partida contra o Palmeiras no Allianz Parque, sendo totalmente previsível sua apresentação nula na partida de ontem. Já os meias-pontas são bastante limitados, tanto que o esforçado (apenas esforçado) Fernandinho vem sendo o mais efetivo dentre todos eles.
Por exemplo, Márcio Araújo é indiscutivelmente um jogador que corre muito e se entrega dentro de campo, mas suas deficiências de posicionamento e saída de bola são notórias, para não falar de sua queda de produção nos "jogos grandes" - ontem pateticamente não acompanhou Vitinho no segundo gol, em falha bisonha. Por sua vez, Alan Patrick, que desfruta da preferência de Zé Ricardo, é indiscutível dono de grande talento, mas não vem correspondendo desde a partida contra o Palmeiras no Allianz Parque, sendo totalmente previsível sua apresentação nula na partida de ontem. Já os meias-pontas são bastante limitados, tanto que o esforçado (apenas esforçado) Fernandinho vem sendo o mais efetivo dentre todos eles.
Lançando os olhos sobre o elenco e descartando os contundidos, será que não seria o momento de dar mais chances, ainda que nas segunda etapas das partidas, a jogadores bem mais talentosos como Gustavo Cuéllar, Federico Mancuello e Adryan? A título de exemplo, contra o Santos, em Cuiabá, Mancuello e Adryan se entenderam muito bem no final da partida e por pouco o Flamengo não abriu o placar e conseguiu a vitória. Não sei o que está ocorrendo com Adryan no extracampo, mas tenho certeza que é muito mais técnico e criativo do que os meias-pontas que estão sendo escalados.
Outro bom exemplo, agora em nível tático, utilizado contra Ponte Preta e Cruzeiro, foi a entrada durante o jogo de Mancuello no lugar de Márcio Araújo, formando a dupla de volantes com Willian Arão. É claro que não se trata de formação que possa ser utilizada em todas as partidas, mas é uma boa alternativa para as segundas etapas e que vem sendo seguidamente descartada, apesar de bem sucedida quando utilizada.
O certo é que tanto o argentino, como o colombiano (Cuéllar) recebem muito menos chances do que outros jogadores menos talentosos e efetivos. Basta lembrar de Cuéllar contra o Figueirense (Pacaembu) e Mancuello contra o Cruzeiro. Ambos parecem ser punidos com o ostracismo quando jogam bem ou são decisivos. Só Zé Ricardo poderia explicar o motivo.
O certo é que tanto o argentino, como o colombiano (Cuéllar) recebem muito menos chances do que outros jogadores menos talentosos e efetivos. Basta lembrar de Cuéllar contra o Figueirense (Pacaembu) e Mancuello contra o Cruzeiro. Ambos parecem ser punidos com o ostracismo quando jogam bem ou são decisivos. Só Zé Ricardo poderia explicar o motivo.
Com o título brasileiro em risco, quem sabe não é boa ideia pensar nessas alternativas?
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O momento é de ter cabeça fria e aguardar o que ocorrerá no meio da semana pela Copa do Brasil. O Flamengo tem a obrigação de se preparar da melhor forma possível para a volta ao Maracanã, sua casa, contra o Corinthians. Por outro lado, a tabela também terá seus momentos de adversidade para o Palmeiras e não é hora de esmorecer.
Aguardando, como sempre, as opiniões de vocês, vamos ajudar Zé Ricardo e pensar em alternativas para melhorar o desempenho do time.
Bom dia e SRN a tod@s.