sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Muito prazer, meu nome é Flamengo






Irmãos rubro-negros,


o momento talvez peça um texto épico, recheado de adjetivos e hipérboles.

Embora a euforia seja imensa, eu conterei minha empolgação, pois ainda há um longo caminho a percorrer.

O Flamengo, com a graça de São Judas Tadeu, está fazendo história.

Sem o Maracanã, jogando a cada semana num estádio diferente, mas sempre apoiado e carregado no colo pelos rubro-negros locais, a equipe faz campanha muito boa.

E o torcedor do Flamengo que mora no Rio de Janeiro, privado de acompanhar de perto a sua grande paixão, tornou o aeroporto Santos Dumont o palco ideal para expressar seu amor pelo Mengo.

Pela primeira vez na história uma torcida faz do aeroporto da cidade a sua casa.






E pela primeira vez desde o início dos pontos corridos, o Flamengo disputa a competição em condições de vencê-la, não numa arrancada incrível, mas de forma consistente, praticando um futebol envolvente, taticamente eficiente e executado por um elenco qualificado e muito motivado.

Fora das quatro linhas, a estrutura melhora a cada dia, a ponto do Muricy Ramalho afirmar esta semana que a tecnologia utilizada pelo departamento de futebol do clube está entre as melhores do mundo.

Trata-se de um roteiro inédito para nós, rubro-negros, se considerarmos os últimos vinte anos.

Podemos dizer que é um reencontro, que são as boas-vindas do novo Flamengo às demais equipes e ao futebol brasileiro, incluindo a imprensa, como se o clube finalmente dissesse a que veio, quando, em dezembro de 2012, optou por exorcizar seus fantasmas, iniciando o processo de reestruturação da instituição.

Esse processo de reestruturação do clube espelha-se também no elenco, ao vermos jogadores que até a pouco tempo atrás eram merecidamente criticados pela torcida mostrando todo seu valor e contribuindo imensamente para o crescimento do time.

Uma linda história de amor tem seus momentos de ternura, mas também os de crise.

Os mesmos atletas que queríamos fora do clube hoje são carregados em nossos ombros e por nós bem queridos.

A briga, a cobrança, o descrédito e a incompreensão recíprocas deram lugar à cumplicidade, ao desejo de doação e à vontade de partilhar um sentimento comum.

Quase toda grande campanha do Flamengo é assim, mesmo nos tempos de Zico e cia., e os posts do Mestre Melo o confirmam.






Mas faltam ainda treze rodadas a disputar e trinta e nove pontos a conquistar.

Cada jogo é uma decisão. Cada jogo é um novo desafio, a exigir o máximo do time, da comissão técnica e da torcida.

Existe chance do Flamengo assumir a liderança na próxima rodada. Para isso, o mínimo a fazer é vencer o jogo de domingo.

Jogaremos no Pacaembú lotado de rubro-negros, em mais uma demonstração de amor da torcida do Flamengo ao clube.

Que o Flamengo venca, conquiste a liderança e nela permaneça até ao final do Campeonato Brasileiro.


Gilvan de Souza


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Abraços e Saudações Rubro-Negras.

Uma vez Flamengo, sempre Flamengo.