segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Momento de Decisão

Salve, Buteco! Quarta-feira, 21:45h, sem a menor sombra de dúvida ocorrerá o que se poderá chamar de não "a decisão", mas um dos jogos-chave e mais decisivos do Campeonato Brasileiro/2016. Será o confronto entre os dois primeiros colocados do certame, um duelo não apenas de técnica, força e tática, mas sobretudo psicológico. O Mais Querido do Brasil, aparentemente, jogará sem torcida presente fisicamente na Arena do Palmeiras, mas terá em coração e espírito 40 (quarenta) milhões empurrando-o para frente. Não posso bancar o "profeta", mas acredito que o resultado da partida terá um peso considerável (não definitivo) na sequência do campeonato, talvez até no seu resultado final, por todos esses aspectos.

Enfim, amig@s do Buteco, é, sim, uma decisão, o momento do "olhos-nos-olhos", do "olho-de-tigre". Quando Flamengo x Palmeiras se enfrentaram no Mané Garrincha em 5.6.2016, ou seja, há três meses atrás, viviam momentos completamente distintos. O Palmeiras estava em patamar superior no âmbito tático e acredito até que o resultado favorável para os paulistas tenha se dado em razão disso, pois falhas individuais muitas vezes são provocadas pela superioridade tática adversária, tal como ocorreu sábado, no Barradão, em Salvador.

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Havia assistido a Atlético/MG 2x1 Vitória, no Independência, no meio da semana, e lhes afirmo sem titubear que, inobstante os gols perdidos pelo Galo, o Vitória não largou na frente e não saiu com um empate daquela partida porque o atacante Marinho (aquele, das entrevistas inusitadas) optou desastradamente por finalizar uma bola em que estava "cara-a-cara" com o goleiro, que porém havia fechado bem o ângulo, ao invés de tocar para o lado, onde Diego Renan se encontrava de frente para o gol vazio e livre de marcação.

O jogo duríssimo e a pressão que o Flamengo enfrentou no primeiro tempo de um adversário desesperado por sua posição na tabela de classificação não poderia ser surpresa para quem assistiu ao jogo anterior do Vitória. E o Mais Querido sentiu a pressão e principalmente as jogadas pelas pontas, apesar do esquema (para mim, o 4-2-3-1) ser concebido com os meias pontas (sábado, Fernandinho e Gabriel) auxiliando os laterais na marcação e compactando bastante o time, tornando-o mais sólido defensivamente. Embora a jogada de gol que abriu o placar para o Vitória tenha sido um tanto casual (tratou-se na verdade de um erro de passe), outras chances do adversário foram criadas, especialmente pelas pontas (algo a ser detidamente observado), e Muralha teve trabalho no primeiro tempo.

Todavia, à medida em que o tempo passou, o Flamengo, que desde o início também já havia criado suas chances, aumentou seu volume de jogo e criou outras oportunidades. Como era esperado, o Vitória não conseguiu manter a fortíssima marcação sob pressão, assim como o ritmo forte e veloz durante todo o primeiro tempo. No toque de bola e com um jogo mais cadenciado, o Mais Querido criou chances e foi tomando conta do meio até chegar naturalmente ao gol de empate, com a jogada se iniciando por uma assistência de Diego e passando na sequência por (mais um) belo e preciso cruzamento de Pará (que fase!), dessa vez para Fernandinho surpreender a todos nós e marcar de cabeça.

O segundo tempo basicamente se caracterizou por uma inversão do cenário e o Flamengo dominou a partida e criou muitas chances, sendo surpreendido por contra-ataques cada vez mais raros do Vitória, embora perigosos. Muita gente estranhou Gabriel ter sido mantido em campo ao invés de Fernandinho, que jogava melhor. Mas Zé Ricardo a cada dia prova que sabe o que está fazendo e mostra muita segurança no cargo, já que, minutos depois, foi Gabriel quem finalizou cruzado, pela direita da grande área do Vitória, com muita categoria e tranquilidade, para dar números finais à partida.

Acredito que o próximo desafio dessa equipe, em nível de desempenho, é vencer por placares mais dilatados (não estou falando em goleadas), com a conversão em gol de um maior número das chances criadas.

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Finalizo com um leve sopro de corneta e esperando que, acaso Zé Ricardo opte por manter o esquema e escalar uma dupla de meias-pontas, que sejam Gabriel e Everton, bem como que Guerrero comande o ataque, já que é um jogador que costuma ter muito êxito em partidas de maior porte, pressão e caráter decisivo.

E vocês? Como fariam no lugar de Zé Ricardo? Como sempre, estão com a palavra, e vamos aguardar, na expectativa da decisão.



Bom dia e SRN a tod@s.