sábado, 4 de junho de 2016

Uma luz no fim do túnel



Olá!

Mais uma vez o acaso demonstra estar ao nosso lado, assim como em 2009 e 2013, o planejamento não sai como esperado, mas nos reserva gratas surpresas. Nestes três anos há um personagem em comum, o técnico interino que vence um, dois, três jogos e acaba sendo efetivado para nos levar as glórias.

Ainda é cedo para fazer qualquer tipo de previsão, o G4 momentâneo é bom para dar moral ao grupo e trazer um pouco de paz ao clube depois de semanas tão conturbadas, mas o importante mesmo nesse momento é pontuar e não desgrudar do pelotão de frente.

Ninguém no Brasil está jogando um futebol acima da média, o futebol arte foi substituído por competitividade e resultados. Não importa se o jogo é feio, se não há jogadas plásticas ou lances primorosos, o importante é terminar a partida com mais 3 pontos no bolso.

E como é bom vencer! Vocês já perceberam como tudo fica melhor após uma vitória do Mengão?

Trânsito? Contas para pagar? O salário não chega até o final do mês? Seu patrão não larga do teu pé?

Tudo bem, o que importa é que o Flamengo ganhou!

Se o Flamengo vence gosto de assistir todos os programas esportivos - Bate Bola, Troca de Passes, Fox Sports, EI, até o Neto eu assisto para ver o recalque dos paulistas. Se perde, parto para o Discovery Channel, History, Masterchef, Game of Thrones, preciso de 1-2 dias para voltar a ter humor suficiente para acompanhar novamente o noticiário esportivo.

E como continuar vencendo? Em um ano em que a diretoria acenou com mudanças no futebol, vimos um investimento muito maior em tecnologia e estrutura, mas uma deficiência gigantesca em lidar com pessoas e em exercer o papel de liderança.

O Flamengo falido, sem estrutura e desorganizado que aprendemos a conviver, hoje precisa mais de pessoas do que necessariamente dinheiro. É incrível como chegamos ao sexto mês do ano e ainda estamos falando em contratar um gerente e zagueiros para o elenco.

É preciso que o clube não se iluda com essas duas vitórias e a busca inconstante por reforços continue sendo feita. Nada me leva a crer que nomes como Fernandinho e agora Rafael Vaz, zagueiro reserva de um clube de segunda divisão, sejam encarados como reforços ao elenco.

Se for para trazer os perebas dos outros clubes, que dê oportunidade a base. Passamos meses aturando o Wallace, sendo que tínhamos um garoto como o Leo Duarte pedindo passagem para fazer parte do time principal. Além do Leo, os garotos Vizeu e Jorge parecem prontos para encararem o desafio, que é vestir o manto sagrado, sem contar com outras apostas como Thiago Santos, Nixon, Ronaldo e Paquetá.

O Flamengo precisa começar a se desapegar de certos medalhões e voltar as suas essências. Aos poucos o Flamengo começa a deixar para trás as ditas lideranças de 2015 e passa a apostar em nomes que surgiram em 2016. Não é a toa que os destaques da temporada chegaram esse ano: Rodinei, Arão, Muralha, Cuellar, Leo Duarte, Vizeu...

Zé Ricardo, meu xará, em menos de uma semana de trabalho conseguiu ver o que todos nós torcedores observavam, mas o Muricy e o Jayme não souberam arrumar: o posicionamento do Arão.

Bastou o ZR lembrar o Arão de que ele é volante e precisa segurar mais a posição para o meio de campo ficar mais equilibrado e não termos que lidar novamente com aquele bisonho 4-1-5 que vimos contra o Fortaleza.

Com o novo posicionamento o Arão teve a expressiva marca de 8 desarmes contra o Vitória e mesmo assim foi capaz de dar a assistência para o gol do Vizeu.

Além do posicionamento do Arão, o Zé Ricardo me parece o técnico que melhor faz a leitura de jogo nestes últimos meses. Finalmente temos um treinador que faz três substituições por jogo e não tem medo de mudar o que não está dando certo, sem precisar esperar até os 35 minutos do segundo tempo.



Neste domingo teremos a estreia da Nação, já são mais de 31 mil ingressos vendidos antecipadamente para o jogo no Mané Garrincha, portanto a expectativa é de casa cheia!

A princípio não mudaria a escalação que venceu o Vitória, mesmo o Cirino destoando do restante do time. Não achei o Mancuello tão mal assim, apesar de ele ter potencial para exercer um futebol muito mais competitivo.

O time de quinta-feira com Juan, Cuellar e Guerrero é a minha formação ideal e acredito ser um time altamente capaz de permanecer no pelotão de frente e disputar o título. Há possibilidades de variações como Ederson ou Gabriel no lugar do Cirino, Everton ou Fernandinho no lugar do Mancuello, sem contar uma “Tropa de Elite” versão 2016, onde o meio de campo seria formado por Cuellar, Marcio Araujo, Arão e Alan Patrick.

O Flamengo tem até o final de Junho para trazer dois zagueiros, sendo um com futebol suficiente para ser titular e o tal Gerente de Futebol para fazer esse trabalho de vestiário e meio de campo entre diretoria e comissão técnica.

Prevejo um duelo dificílimo contra os porcos no domingo, um jogo bem aberto e cheio de gols. Vai dar Flamengo!

Um Flamengo que, como um passe de mágica, sai de uma crise direto para o oba-oba e não podia ser diferente. O Flamengo é assim, cresce nas adversidades e foi feito para dar emoção ao seu torcedor.


SRN a todos e bom final de semana! Cheirinho de Hepta no ar!