sábado, 28 de maio de 2016

Pitacos


Luiz Filho trouxe um belo texto na terça "dissecando" o Zé Ricardo, Melo elencou os treinadores feitos em casa, tanto os que deram certo quanto os que foram fracassos retumbantes, Luiz Eduardo, sucinto, desejou todo sucesso ao nosso novo treinador, interino que seja. Não tenho muito a acrescentar sobre ele, não tenho nenhuma base para tentar prever como o seu Flamengo jogará a partir de amanhã. Talvez o 4-1-4-1 que ele usou no sub-20 mas eu não apostaria. Os jogadores que temos no elenco para fazer esse trabalho de recomposição pelos lados não seriam meus titulares, no caso Gabriel pela direita e Everton pela esquerda.

Ao contrário da grande maioria, eu gosto do 4-3-3. O problema não é o esquema, é a má execução dele. Com poucos jogadores no meio, muitas vezes em desvantagem numérica, não dá para William Arão e Mancuello desguarnecerem a posição juntos, abrindo uma cratera enorme para o coitado do Cuéllar cobrir. Cansei de ver o argentino no seu ex-clube atuar como segundo volante, criando as jogadas a partir da defesa, não como meia ofensivo que só Muricy e seu fiel escudeiro Tata entendiam.



Hoje, com tudo que eu vi do nosso elenco nesses cinco meses do ano, eu trabalharia com duas variações, 4-3-1-2 e 4-3-2-1, dependendo do adversário e da disponibilidade dos jogadores.




Outra questão importante para mim nessa reformulação meia-boca do departamento de futebol é o gerente. Também ao contrário da maioria, eu não demitiria o Rodrigo Caetano. O mercado de executivos nessa área é muito restrito, pouquíssimas seriam as opções para substituí-lo. Minha solução, a longo prazo, é formar profissionais de "pele rubro-negra" para trabalhar no clube. Enquanto isso não acontece, podemos aproveitar o que cada um tem de bom. Todos dizem que o Rodrigo é excelente negociador mas fraco de vestiário. Nada mais razoável do que adicionar ao departamento um profissional para fazer essa ponte entre diretor, treinador e jogadores.

Dos nomes ventilados nessa semana, o mais preparado talvez seja o Alessandro, que já faz esse trabalho há alguns anos no Corinthians. Eu, particularmente, não gosto do Fábio Luciano e Ricardo Rocha e Rodrigo Paiva são piadas.





Para começar a sair desse buraco em que estamos, Zé Ricardo não terá uma tarefa fácil. Enfrentaremos a Ponte Preta no domingo de manhã e nossa última vitória sobre a Macaca foi em agosto de 2005, uma vitória no Luso-Brasileiro com gol do Jônatas. Pior: desde 1999, foram dezessete partidas e apenas esse triunfo, com sete derrotas e nove empates. No ano passado, derrota por 1 a 0 em Campinas e empate no Mané Garrincha.