A Estréia

Irmãos rubro-negros, 

no próximo sábado nosso amado Flamengo estreará no Campeonato Brasileiro.

Eu gostaria de propor um breve diálogo com as colunas de dois amigos, publicadas aqui no Buteco esta semana: a do Melo e a do Luiz Filho.

O Melo trouxe para o debate um assunto que muito me agrada: a importância da alma.

Achei oportuno o tema, pois o Flamengo vive momento bastante peculiar: salários em dia, estrutura decente, comissão técnica de ponta, tudo o que o rubro-negro sempre sonhou para o ideal desenvolvimento do futebol do clube.

Dentro de campo, porém, os resultados têm sido inaceitavelmente decepcionantes.

A que se deve isso?

Sinceramente, não sei explicar, mas, fazendo coro com o que disse o Melo, me parece faltar algo indispensável à uma equipe vencedora: alma.

Creio que esse arremedo de profissionalismo implantado pela diretoria, em que o futebol é terceirizado para pessoas que não entendem absolutamente nada a respeito do Flamengo, tem contribuído de modo determinante para essa falta de identidade entre os profissionais e a instituição.

E isso me leva ao próximo ponto.

Que é exatamente o texto do Luiz Filho.

O Luiz, na terça-feira, soube traduzir com brilhantismo o sentimento do torcedor do Flamengo quanto ao início do Campeonato Brasileiro.

A hora é agora. Não há mais espaço para desculpas. 

Todo o Flamengo - presidente e vice-presidente, diretor e gerente de futebol, comissão técnica e jogadores - precisa entregar algo a mais. 

Não basta, no contexto atual, bater o ponto, como numa típica repartição pública brasileira.

O momento exige outro tipo de atitude, de postura.

O Campeonato Brasileiro de 2016 começa de modo estranho, diferente dos últimos anos.

Não há um clube, ou mesmo alguns, que possa ser reputado favorito.

A maioria dos grandes times brasileiros passa por uma reformulação ou está em crise.

O Flamengo sim, até poderia receber o epíteto de favorito.

Mas jogando um futebol de péssima qualidade e disputando o mais renhido certame nacional como itinerante, fica difícil fazer uma previsão.

Aliás, seria, ou, quem sabe, será um feito e tanto, digno de nossa tradição de superação das adversidades, o Flamengo fazer uma campanha gloriosa sem estádio fixo, sem sequer uma casa no Rio de Janeiro.

Quem sabe o que os próximos meses prometem para o sofrido coração flamengo?

De uma coisa eu tenho certeza: fé e amor não faltarão por parte da Nação Rubro-Negra.

E tenho certeza de outra coisa também: o Flamengo divulgará ações espetaculares e inéditas no Twitter.

Preparem-se: é sensacional! Material de altíssimo nível.

Avante Mengão!

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Abraços e Saudações Rubro-Negras a todos.

Uma vez Flamengo, sempre Flamengo.