Hoje o Flamengo tem a obrigação de desfazer o problema que criou, em Sergipe, classificando-se para a próxima fase da Copa do Brasil com uma vitória por mais de um gol de diferença sobre o Confiança;
O adversário merece respeito, como todos, mas é inegável a superioridade dos rubro-negros que dificultaram a passagem para a próxima fase na primeira partida de estreia do torneio que oferece um ótimo atalho para a Libertadores de 2017;
Lembro de Vinícius de Moraes e Toquinho, em Cotidiano nº 2, quando cantavam ainda nos áureos tempos da Bossa Nova, mas afasto de mim a descrença:"Às vezes quero crer mas não consigo, É tudo uma total insensatez, Aí pergunto a Deus: escute, amigo, Se foi pra desfazer, por que é que fez?".
Para deixar o Divino em paz envolvido com questões mais importantes para resolver, como aquela que se coloca nos dias de atuais, segundo a qual "o brasileiro precisa ser estudado", transfiro a pergunta do poeta para os jogadores do Flamengo, e cobro a classificação que, repito, nas circunstâncias que se apresentam para a partida é uma obrigação;
Depois cuidaremos do Vasco, maior rival do "Mais Querido", nas semifinais do Estadual, num campeonato decadente conforme reconhecido pela grande maioria, que precisa ser racionalizado, que se sustenta pela tradição, que não leva a lugar algum, mas se trata de um clássico que faz tremer as estruturas do estádio onde é ferrenhamente disputado;
Uns alegam que não o vencemos há oito partidas ou um ano. Eu contraponho que os rivais não vencem uma decisão sobre o Flamengo há "apenas" 28 anos e, talvez, o jovem leitor que chegou até aqui jamais tenha visto uma taça levantada pelo time da colina numa final de campeonato contra nós rubro-negros;
Mas ainda vai rolar muita água por baixo dessa ponte até o próximo domingo, em Manaus, e fico por ora com o ensinamento do Livro dos livros: "Cada dia com a sua agonia", e sigo cobrando uma vitória e a classificação nos 90 minutos de jogo;
É o que importa.
SRN!