Irmãos rubro-negros,
o Flamengo na quarta-feira finalmente portou-se adequadamente para enfrentar o vice tri-rebaixado.
Fomos superiores e merecíamos a vitória, mas infelizmente a zaga vacilou, perdemos uma chance de gol inacreditável no último minuto e acabamos apenas com o empate.
É pouco? Para o Flamengo? Claro.
Nenhum flamengo de coração vai comemorar empate com o vice.
Todavia, é justo, válido e merecido destacar que, após uma série que parecia interminável de confrontos, o Flamengo voltou a se impor, a não se intimidar com o mau caratismo e a violência do adversário.
O início do segundo tempo sugeria uma repetição do que ocorreu nas últimas partidas, ou seja, após se apresentarem mais retraídos na primeira etapa, segurando o ímpeto do Flamengo, eles se soltaram e começaram a gostar do jogo, a ganhar todas as segundas bolas e a criar oportunidades.
O Muricy, obrigado São Judas Tadeu, fez a leitura correta do jogo e percebeu que o meio de campo do Flamengo estava despovoado e dando muito espaço ao adversário, o que era determinante para a queda de rendimento do time.
Providenciou, assim, modificações importantes, e as entradas de Alan Patrick (Ederson) e Marcelo Cirino (Emerson) permitiram ao Flamengo reequilibrar a liça.
Destaco as atuações de Willian Arão, que apesar do gol perdido no fim, fez uma de suas melhores partidas pelo Flamengo; Paolo Guerrero, pela vontade, dedicação e profissionalismo, considerando que 24 horas antes ele estava em campo pela seleção do Peru; Juan, que tem jogado um futebol surpreendente para a idade; e Alan Patrick e Marcelo Cirino, que mudaram um panorama que se apresentava desfavorável ao Mengo.
Que o entusiasmo e o denodo demonstrados na quarta-feira tornem-se princípio e regra a partir de agora.
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Um capítulo à parte para Jorginho e Zinho, que têm se comportado como dois canalhas e cuja representação perfeita em campo é o Rodrigo.
Não satisfeitos em estimular seus atletas a adotarem atitudes sujas e antidesportivas, eles, de modo covarde, pois estavam protegidos, participaram da provocação gratuita que o banco do vice tri-rebaixado dirigiu, com gestos obscenos, à torcida e ao banco rubro-negros.
É ato típico dos pequenos, recalcados e invejosos. Gente de mentalidade e coração mesquinhos.
A história, essa linda e essencial narrativa da existência humana, nos conta que gestos desonestos e pérfidos como esses encontram a sua devida resposta na arquibancada, no grito da Nação Rubro-Negra, e no campo, na realização da mística da camisa vermelha e preta mediante conquistas e vitórias.
Irmãos flamengos, com a graça e a intervenção de nosso amado santo padroeiro, São Judas Tadeu, teremos a nossa desforra.
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E o insosso, esvaziado e desinteressante Campeonato Carioca vai ganhando novos contornos.
Eu, que encarei com rígido desdém a competição, e que defendi, e defendo, que o contexto impõe ao Flamengo que construa suas rivalidades em nível nacional, continental e mundial, me rendo, humildemente, aos fatos, ao espírito esportivo e ao amor ao Mais Querido.
Não me interessa, neste momento específico, o inchaço do certame, as brigas políticas, o Rubinho, a Ferj e tudo o mais que não se restrinja à disputa pelo título. Tudo isso agora é secundário.
Como rubro-negro, eu quero, e quero muito, conquistar o Campeonato Carioca de 2016, assim como, obviamente, quero conquistar todos os títulos que disputaremos este ano.
Não me iludo e não acho o time favorito ao Brasileiro; estou, acho que todos estamos, ciente das deficiências da equipe e de que há muito trabalho por fazer.
Mas se Deus nos ajudar, se a bola entrar, se a torcida empurrar e se a camisa suar, vibrarei de todo coração por amor ao Mengo.
Acredito no bem, na fé e no amor, atributos que constituem a essência do Clube de Regatas do Flamengo.
Acredito na raça, na vontade e na mística da nossa camisa e da nossa torcida, características que também constituem a essência do Clube de Regatas do Flamengo.
Sem pieguismo, por favor, mas diante de tudo o que tem sido feito contra o clube, as ofensas, as rasteiras, os roubos descarados, em suma, uma estrutura arcaica inteira se opondo a tudo o que a instituição representa, a conquista do Campeonato Carioca de 2016 será uma grande homenagem aos corajosos, aos que, sem receios, lutam honestamente pelo que é certo e justo, de peito aberto, olhar firme e coração franco.
Que o Flamengo honre a sua tradição e a sua história.
Terá, da parte deste modesto rubro-negro, todo apoio, todo amor e toda fé.
Avante Mengão!
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Abraços e Saudações Rubro-Negras a todos.
Uma vez Flamengo, sempre Flamengo.