Avançando
pelo ano de 2016, no dia do aniversário da cidade do Rio de Janeiro,
vejo que nosso amado Clube de Regatas do Flamengo vai aos poucos
deixando suas muletas para trás e busca sua independência,
demonstra que num futuro próximo chegar ao patamar que já esteve na
década de 1980. Para isso, terá que deixar suas desculpas e
trabalhar dentro e fora de campo. Parece que aos poucos vem fazendo
isso, mas não sem sofrer no caminho.
Observem
as escolhas de Atlético-PR e Santos que preferiram as propostas do
Esporte Interativo. Pra estes clubes a proposta satisfaz, é melhor,
já que eles quase nunca tem suas partidas transmitidas em TV Aberta.
A maioria dos jogos destes clubes é transmitido em TV fechada e
vendem pouco PPV. Aparentemente a Rede Globo os considera "praça de
apoio". Rio, São Paulo e Belo Horizonte/Porto Alegre são praças
principais, com BH/POA revezando. Pela ótica do "pequeno" (médio nacional, grande regional), o
Coritiba deveria fazer o mesmo. Assim como Bahia, Vitoria, Santos (fora do mercado de São Paulo capital) e
Botafogo (frágil política e financeiramente) que não tem espaço em PPV/Aberta e passam muitos jogos no
SporTV.
E
o Flamengo com isso? Ganha tempo para negociar sem flexibilizar as
propostas, sem desespero. Sabemos que “as muletas dos incompetentes
são as cotas de TV”, como disse meu amigo Guilherme de Baére.
Enquanto os adversários brigarem pelas cotas, que são importantes,
esqueceram dos serviços e produtos licenciados, que são no mínimo
33% de receitas saudáveis. Temos bilheteria, ST (sim! É rentável.),
patrocínios, projetos incentivados, e crescendo...
Atualmente
não somos os queridinhos dos entes públicos, que parecem odiar o
Flamengo, e temos que fazer valer nossa voz em ano eleitoral, sem
esconder as falhas de planejamento do clube, como fica claro na
questão da falta do estádio para jogar em 2016, mesmo que se tenha
pensado fazer de Brasília nossa casa desde meados de 2015, e num
segundo pedido em janeiro deste ano. A CBF teve a pachorra de
modificar o regulamento de competições de 2016 somente para
prejudicar a Fla e flu. Absurdo!
A
CBF conseguiu com aquela colaboração da FFERJ colocar quem batia no
Flamengo à favor do clube. A ganância e o apego pelo poder fez com
que não consigam enxergar a um palmo à frente do nariz! É hora de
unirmos, é sim hora da união de nós rubro-negros que pensamos no
bem do clube. As batalhas que o clube tem comprado, e com razão a
meu ver, são cada vez maiores. É caminho sem volta, mesmo que o
confronto seja levado em “banho-maria”...
Deveremos
exigir institucionalmente a reciprocidade de ações relacionadas às
questões extracampo, principalmente no tocante ao desrespeito à
torcida do Flamengo como visitante. Temos que fazer valer nosso
tamanho e posição dentro do futebol brasileiro. Devemos ser
respeitados dentro e fora de campo. 2016 é sim o ano da virada! Não
passaremos desse ano sem CT e sem resolver os problemas de estádio,
com Maracanã ou sem, e isso me parece cristalino.
Talvez
seja necessária aproximação com os entes públicos, fazê-los
entender que somos produtores de riqueza para a cidade (Estado do RJ
também), um ativo, que podemos deixar legado estrutural, turístico,
técnico, administrativo, detalhar cadeia produtiva, empregos diretos
e indiretos no antes, durante e depois. O Clube deverá desenvolver
um projeto que consiga demonstrar à sociedade que trará benefícios
para todos os moradores do Rio de Janeiro. Só assim teremos um
estádio. Trazendo a sociedade civil para o nosso lado. Ainda bem que movimentos de
torcedores organizados vem ganhando corpo, se fazendo presentes. Com
impacto!
Falando
em redes sociais, os perfis oficiais do clube têm mostrado a evolução nas
obras do CT, a aparelhagem moderna, o investimento (menos uma muleta).
Aguardamos ansiosamente o resultado dentro de campo. Chegará o tempo
que não teremos mais desculpas para “sermos quem sonhamos ser”,
teremos que enfrentar as batalhas com altivez, sem medo. O gigante
está vivo e acordado! E o mais importante: se levanta sozinho! Sem
ajuda de mecenas, de governos, nada que o abone, que pareça escuso,
obscuro, pelo contrário, temos nos orgulhado do que o Flamengo vem
se tornando.
Caso
a melhor opção seja um rompimento momentâneo de relações com os
entes públicos, recomendamos ao clube de Regatas do Flamengo que
avance no sentido de sua independência. Vai que a nação te abraça,
Flamengo! Orgulha muito vencer pelo trabalho, devemos oprimir aos
adversários pelo nosso tamanho. Tamanho real, concreto, que está
cada vez mais perto e sem o alarmismo esperançoso do “a conta está
chegando”... Brutalizar o futebol brasileiro por mérito, suor,
deixando para trás as pechas que nos acompanharam por décadas de
administrações ruins.
A
partir do momento em que se tornar pública a informação de que o
Flamengo tem a real intenção de construir sua casa (se o clube assim
desejar, de verdade), o empreendimento passará a ser alvo de
pressões políticas, ataques de associações de moradores, times
rivais, a própria imprensa esportiva carioca. Para viabilizar a
construção de um estádio, deve se criar um projeto que vá bem
além dos seus próprios interesses imediatos, atraindo aliados para
adquirir um terreno e os recursos para a construção. A construção
de um estádio, pura e simplesmente, deixará o Flamengo sozinho na
enorme luta pela sua conclusão.
É
estádio, é CT, eleição, jogos olímpicos, crise, tudo ao mesmo
tempo e agora. Chega de muletas! Vamos fazer acontecer. Sem esquecer
do aniversário da cidade que nos deu o maior clube do mundo!
Parabéns, Rio de Janeiro! Obrigado por ter me dado o Flamengo! Que
os governantes tratem bem ao clube e aos cidadãos! Ambos são
maltratados e não parecem ativos da cidade, as autoridades não tem olhado com atenção para eles. Abrace a seus clubes,
instituições e cuide com carinho dos habitantes desta cidade
maravilhosa. Chega de Muletas! Para todos, se é que me entendem...
SRN!