sexta-feira, 11 de março de 2016

Proposta Indecente






Irmãos rubro-negros, 



esta semana foi divulgada pelo Mundo Rubro-Negro a notícia de que o presidente do Conselho de Grandes-Beneméritos do Flamengo, Michel Assef, apresentou proposta de alteração estatutária do clube.

Segue o link:

http://www.mundorubronegro.com/flamengo/proposta-de-estatuto-anularia-o-code-como-ultima-instancia-de-decisoes-no-flamengo

Inicialmente, para melhor situar o tema, é importante mencionar que as atribuições atuais do Conselho de Grandes-Beneméritos do Flamengo são limitadas à eleição do presidente e vice-presidente do órgão; a conferir títulos honoríficos, por indicação do Conselho Diretor, salvo o de Laureado; e a opinar, quando solicitado pelo presidente do Flamengo, sobre matérias que envolvam interesses superiores do clube.

São essas, basicamente, as competências conferidas hoje ao órgão.

A proposta apresentada, porém, amplia enormemente as atribuições do Conselho de Grandes-Beneméritos, prevendo, dentre outras questões, a competência do órgão para julgar, em última instância, os recursos interpostos em face das decisões do Conselho Deliberativo (Code).

O Code é o órgão de maior importância na estrutura do Flamengo, não apenas em razão da amplíssima gama de matérias sujeitas à sua apreciação, mas também pelo fato de que sua composição é a mais democrática possível.





Sem rodeios, em português claro e objetivo, o projeto de alteração proposto configura manifesta usurpação das prerrogativas institucionais do Conselho Deliberativo, transferindo para o Conselho dos Grandes-Beneméritos o poder de rever, em grau de recurso, as decisões tomadas pelo Code.

Percebe-se, portanto, o quanto certas lideranças antigas do clube ainda se apegam a idéias que implicam não na abertura, mas no fechamento do poder político do clube, concentrando num pequeno grupo de sócios as decisões mais importantes da instituição.

Está clara e evidente a resistência à oxigenação que o quadro societário do Flamengo tem recebido nos últimos anos.

Realmente, deve ser muito difícil desapegar do poder político quem sempre encarou o Flamengo como um clubeco de bairro, mero instrumento para a consecução de objetivos pessoais e torpes, e onde os desmandos se sucediam e o populismo barato era a regra.

Não creio que a proposta seja aprovada pelo Code. O órgão, tão importante e fundamental na história do Clube de Regatas do Flamengo, não votaria contra si próprio.

Foi até bom que isso tenha ocorrido agora, num momento em que a diretoria, eleita com amplo apoio de diversas correntes políticas do clube, e talvez sentindo-se excessivamente segura, volta-se com afinco para as batalhas externas.

É bom para lembrar a todos aqueles que amam o Flamengo: não esqueçamos que, num passado não tão distante, nossa luta era pela sobrevivência do clube. Sobrevivência.

Fica o alerta, amigos. No Flamengo, as lutas são travadas em diversas frentes. Nossos adversários estão fora, mas também dentro do clube, infelizmente.




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Amigos, alertado pelo Bruno Trink, faço um acréscimo ao post. Hoje o Flamengo inicia sua jornada no Final Four da Liga das Américas, contra o Bauru.

Vamos à vitória, com raça, amor e coração.

Avante, Flamengo!




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Abraços e Saudações Rubro-Negras.

Uma vez Flamengo, sempre Flamengo.