Salve, Buteco! Alguém saberia me dizer se os times de menor investimento que disputam o Campeonato Estadual do Rio de Janeiro/2016 estão particularmente mais fracos do que em edições anteriores ou o Flamengo é que vem apresentando melhor futebol e com isso obtendo placares mais elásticos com mais facilidade? Parece inegável que, com a boa saída de bola proporcionada por jogadores como Rodinei, Juan, Jorge e, agora, Cuéllar, além do esquema tático ofensivo funcionando com pontas do nível de Marcelo Cirino e Emerson Sheik, além de meias como Willian Arão e Mancuello, a tarefa é facilitada. Porém, Muricy Ramalho parece ter escolhido uma filosofia de jogo perfeitamente adequada à tradição flamenga de atacar, marcar gols, golear, e à medida em que o time vai se entrosando o time cria cada vez mais situações de gol. Falta agora aprimorar o último passe e as conclusões.
No Fla-Flu de Brasília, por exemplo, contingências como a expulsão de Cuéllar e a maratona de jogos enfrentada por boa parte do time titular colocaram em risco uma vitória que tinha tudo para estar assegurada quando da parada técnica ocorrida na segunda etapa acaso algumas das inúmeras chances criadas houvessem sido aproveitadas. Ontem, em Volta Redonda, contra o Resende, após um início fulminante, a equipe se desconcentrou dentro de campo e, por mais que tenha diminuído o ritmo, pode-se dizer, diante da existência de muitos espaços oferecidos pelo adversário, que o time errou bastante o "último passe", só vindo a retomar a precisão após a volta no intervalo, fazendo um segundo tempo "mais ligado" na partida. Enfim, não estou reclamando de uma vitória com bom futebol em um clássico e nem de uma goleada com cinco gols (mais uma!), mas apenas pontuando que é um dos aspectos em relação aos quais o time precisa evoluir, até para otimizar uma das principais características desse esquema tático.
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Muricy começa um trabalho promissor no Flamengo. Gosto do fato de ter sido recebido e ainda ser completamente desacreditado não apenas pela mídia esportiva brasileira, como também pela torcida "arco-íris", ambas se apressando em compará-lo a Tite com o indisfarçável intuito de desmerecê-lo por antecipação. A situação combina bastante com o estilo "fênix" do Flamengo, que apresenta o seu melhor quando é subestimado. Mantendo os pés no chão, é claro que o time tem um longo caminho a percorrer, inclusive em nível de manutenção de regularidade nas apresentações, mas até aqui, tomando especialmente os desafios mais difíceis, decepcionou bem menos do que surpreendeu, e inegavelmente o treinador começa a entregar aquilo que havia prometido quando assumiu o time: posse de bola, velocidade e intensidade na transição e evolução de jogo, ofensividade, marcação compacta e alto índice de acertos de passe. Tudo isso pode ser apresentado em qualidade e quantidade bem superiores, mas seria um erro negar que o começo é promissor e até surpreendente para quem foi recebido e ainda é tratado com tanto ceticismo e descrédito.
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Apesar de todas as complexas e duras disputas que o clube trava fora de campo, acho que a sorte do clube começa a mudar em seu Departamento de Futebol, claro que em maior parte por conta do aprendizado com os erros cometidos no primeiro triênio e de opções corretas tomadas no início dessa nova etapa - escolha do treinador e investimento em tecnologia no preparo e recuperação de atletas são exemplos.
Acredito que o Flamengo teve até um pouco de sorte (repito, aliada a competência!) na escolha dos atletas que vieram para compor o elenco. Exemplo: o excelente e indiscutível Marcelo Diaz, favorito da torcida, talvez exigisse um grau de "compactação" do esquema tático bastante difícil de se alcançar em um início de trabalho, algo que poderia exigir da impaciente torcida um nível de compreensão que talvez não estivesse preparada para ter. Já Cuéllar e sua grande capacidade de marcação parecem se adaptar melhor ao momento do elenco (composição da zaga, por exemplo), do Departamento de Futebol e do próprio clube.
Três rápidas enquetes com @s amig@s do Buteco:
Acredito que o Flamengo teve até um pouco de sorte (repito, aliada a competência!) na escolha dos atletas que vieram para compor o elenco. Exemplo: o excelente e indiscutível Marcelo Diaz, favorito da torcida, talvez exigisse um grau de "compactação" do esquema tático bastante difícil de se alcançar em um início de trabalho, algo que poderia exigir da impaciente torcida um nível de compreensão que talvez não estivesse preparada para ter. Já Cuéllar e sua grande capacidade de marcação parecem se adaptar melhor ao momento do elenco (composição da zaga, por exemplo), do Departamento de Futebol e do próprio clube.
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Três rápidas enquetes com @s amig@s do Buteco:
1) Quem se tornará ídolo primeiro? a) Mancuello; b) Cuéllar ou c) ambos cairão igualmente nas graças da Maior do Mundo?
2) Quem é o seu goleiro titular: a) Paulo Victor ou b) Muralha?
3) Quem é o seu zagueiro central titular: a) Wallace, b) César Martins ou c) Léo Duarte?
Bom dia e SRN a tod@s.