A polêmica semanal envolvendo o Flamengo trata da conivente participação, por omissão, no lançamento de um vídeo de péssimo gosto e qualidade a fim de vender uma camisa rubro-negra, esculachando parte de sua torcida que fala "Framengo";
Tarefa que a diretoria do clube está dispensada de realizar pelo simples fato real que os adversários e os rivais locais o fazem com muito mais rigor e competência para compensar a desvantagem histórica que os separam do Flamengo em grandeza, volume de torcedores, vitórias e conquistas;
O argumento segundo o qual a iniciativa tinha por finalidade alcançar o povão é de fazer rolar no chão de tanto rir a mais sisuda das antas, tendo em vista o "módico" preço da peça lançada, algo em torno de quase meio salário mínimo vigente no pais, indigna remuneração do alvo-fim da publicidade chinfrim, ou seja, R$ 350,00;
Muita gente considera que o futebol está chato (e está mesmo), impregnado de regras e comportamentos politicamente corretos como o de intitular os clubes pequenos de "clube de menores investimentos", uma hipocrisia que viceja na mídia como mato em terreno em período de chuvas. Mas, como diria o filósofo das arquibancadas, "uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa", um deboche ao Flamengo não poderia atravessar incólume os corredores da Gávea sob as vistas de dirigentes, de autoria de profissionais que se caracterizam por ganhar a vida enxovalhando o Mais-Querido;
Mesmo estando, temporariamente, off-Rio fui interpelado por alguns torcedores que diziam não entender como tal fato fora produzido com a anuência do clube, um verdadeiro tiro nos próprios pés ou um "auto gol" como se diz em Portugal, divulgado amplamente pela imprensa que penetra em todos os cantos do país, ávida por sensacionalismos nas entressafras;
De tudo restou uma nota oficial fria que não expressa a verdadeira grandeza da indignação causada, senão a todos, porém a muitos, que poderia entrar de sola em seus responsáveis, pedir desculpas a todos e retirar imediatamente a pajelança do ar;
Enfim, o Flamengo parece com aquele amigo que a maioria de nós tem, o rapaz que vive criando e se metendo em confusões, também conhecido como "chave de cadeia", com uma infinidade de ocorrências ao longo de qualquer período considerado;
Apertem os cintos,amigos, pois só passamos da metade do primeiro mês de janeiro. Este ano promete alegrias dentro de campo e, pelo visto, muitas trapalhadas fora dele.
SRN!