quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Cartas na mesa


"O técnico Muricy Ramalho comandou ontem o primeiro treino dele com bola no Flamengo, no Hotel Portobello, em Mangaratiba. Em campo reduzido, o treinador dividiu os jogadores em dois grupos para troca intensa de passes. A atividade foi a primeira do Rubro-Negro nesta pré-temporada e ficou marcada pelos trabalhos intensos. Sem moleza" - Um jornal de sábado, 09 Jan 16;

O texto abaixo da manchete que informava os inícios dos trabalhos em 2016, em campo, do elenco do Flamengo chamou a atenção pela intensidade da atividade, jogadores com olhos concentrados nas atividades, fisionomias sérias, focadas nos treinamentos, algo infelizmente incomum no Flamengo nos primeiros dias dos anos, às vezes, na metade do ano e, em 2015, até o final da temporada;

Impossível garantir vitórias, porém, com facilidade pode-se assegurar que as eventuais derrotas nessa nova fase serão em decorrência das circunstâncias características do que o próprio de futebol oferece e não consequência da malemolência, preguiça ou displicência do time que estiver em campo;

A temporada começa otimamente estruturada. Há um comando bem definido, com métodos de trabalho claros e de conhecimento geral do grupo. Quem quiser montar nos cavalos há selas disponíveis, quem preferir flanar pelos bares e botecos do Rio de Janeiro em prejuízo da plenitude física exigida de um jogador profissional, aconselha-se a desistir da empreitada para não ser defenestrado logo ali adiante;

O surreal que emerge das observações acima é o modelo de trabalho mencionado, algo praticado há pelo menos 100 anos por aqueles que obtiveram sucesso em suas missões profissionais, mas que no Flamengo surge como um "Windows" pop-star do momento, o que leva à inevitável conclusão de como estamos atrasados no tempo e no espaço;

SRN!