Pela Volta do Flamengo Rubro-Negro

Salve, Buteco! Há três anos um movimento que envolveu a torcida rubro-negra do Mais Querido espalhada por todo o Brasil conseguiu provocar mudanças profundas e significativas na política interna do Clube de Regatas do Flamengo. Dessas mudanças, uma verdadeira revolução em âmbito administrativo se iniciou e efetivamente foi implementada. Da vergonha e condição de maior devedor, o Flamengo passou a exemplo e referência no futebol brasileiro. As pendências com as Fazendas Federal, Estadual e Municipal se foram. Qualquer que venha a ser o formato que eventual legislação federal vindoura tratando de parcelamento e quitação de dívidas tributárias, ou mesmo reestruturação do futebol brasileiro, o Flamengo se encaixa e preenche todos os critérios que vêm sendo discutidos no âmbito do Congresso Nacional, talvez sendo o único. Enfim, o Flamengo saiu das páginas policiais, seja em âmbito administrativo, seja em âmbito esportivo.

Esse feito se deve aos componentes das Chapas Azul e Verde, que hoje disputam a Presidência do Flamengo. A eles, o meu muito obrigado e o reconhecimento, além da certeza de que valeu a pena e de que esse trabalho precisa continuar com um de vocês.

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Para quem acha que o perigo já passou ou que o assunto é enfadonho, assista às palavras do candidato da Chapa Branca a respeito de "troca da dívida pública por privada" no debate promovido pela Globo.com. E nenhuma palavra a mais escreverei a respeito desse assunto.

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Prezados candidatos das Chapas Azul e Verde, não consegui enxergar substancial diferença entre vocês em nível de ideologia. Desde que foi anunciado, sempre achei, e continuo achando, que o "racha" foi causado essencialmente pela impossibilidade de acomodar a disputa interna pelo poder. Não entrarei em detalhes a respeito das campanhas, mas eu tenho a impressão, por tudo o que acompanhei, que a Chapa Azul vencerá, e devo confessar que, se estivesse no Rio de Janeiro hoje e fosse votar, votaria na Chapa Azul, a qual acho mais democrática, acessível e transparente, além de possuir um ótimo projeto. Contudo, eventual vitória da Chapa Verde não me incomodará, seja porque, repito, não enxergo diferença ideológica entre ambas, seja porque na Chapa Verde reconheço grandes talentos que também podem fazer muito bem e um grande trabalho no Flamengo.

Qualquer das duas chapas, portanto, pode fazer um bom trabalho, desde que, é claro, essa disputa fratricida tenha um fim e o Flamengo volte a ser prioridade, especialmente o Departamento de Futebol.

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Meus caros Wallim Vasconcellos e Luiz Eduardo (BAP), reitero que não entrarei em detalhes a respeito das campanhas, mas acho que vocês deixaram passar uma grande oportunidade de serem mais propositivos e menos fechados em si mesmos, em seu grupo. Acho que se perderam em uma inexistente necessidade de atacar, quando vocês poderiam se mostrar e com isso aumentar e muito as chances de vencer. De qualquer modo, se vocês vencerem, sei que o Flamengo estará em boas mãos.

Meu caro Eduardo, tenho convicção de que não foi fácil presidir o Flamengo durante esses três anos, especialmente a partir do momento em que efetivamente começou a haver uma disputa e uma divisão política na Diretoria. Para quem duvida, basta calcular o que deve ser tocar uma empresa idealizada para funcionar a partir de decisões coletivas com uma divisão política como a que marcou praticamente a metade dessa gestão. Independentemente disso, em alguns momentos você pareceu haver perdido completamente o controle do Departamento de Futebol, em outros simplesmente ter desistido.

Pois bem. De minha parte, uma das duas chapas, um dos dois grupos será história a partir de 8.12.2015, não por querer esquecê-los ou o que fizeram pelo Flamengo (o que seria injusto e ingrato), mas por estar convicto de que, a partir do próximo triênio, a responsabilidade será da chapa vencedora e essa divisão terá que ser deixada para trás, tal como qualquer frivolidade decorrente dessa intensa, embora legítima, disputa por poder, que todavia causou muito mal ao Departamento de Futebol do clube.

Enfim, um dos dois lados, o vencedor, que efetivamente terá o poder de escolher e nomear quem fará parte da gestão, será cobrado neste espaço para levar o Flamengo ao lugar que deve ocupar no futebol brasileiro. Ficam então a expectativa de que a disputa interna não seja mais obstáculo e a certeza de que não servirá mais como argumento.

Agora, ao futebol.

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Um turno inteiro de derrotas. Um vexame sem precedentes.

Senhores candidatos das Chapas Azul e Verde, seja consultando o excelente site www,flaestatistica.com.br, seja consultando a não menos excelente Flapédia, constato que, não importa o critério utilizado, o Clube de Regatas do Flamengo, computados todos os jogos de sua história, tem, no total de partidas disputadas, mais vitórias do que qualquer outro resultado, porém mais derrotas do que empates.

Para deixar mais claro: já há algum tempo o Flamengo vem perdendo mais do que deveria para um clube de seu porte. Essa curva negativa não se iniciou neste triênio de gestão de Vossas Senhorias no futebol, mas com certeza, quando menos, manteve-se descendente com vocês, tendo esse ano ultrapassado qualquer expectativa, por mais pessimista que fosse.

Chega de perder. O Flamengo não pode se acostumar a perder.

A torcida do Flamengo pede que o resultado dessa eleição seja respeitado, que o futebol passe a ser de fato prioridade no próximo triênio, restaurando sua dignidade, e que o Flamengo volte a ser rubro-negro, vermelho e preto, resgatando sua essência.

Bom dia e SRN a tod@s.