Saudações
flamengas a todos,
Quando
este texto estiver publicado, já estarei no Rio de Janeiro
realizando um antigo projeto pessoal.
É que
pela primeira vez estarei votando em uma eleição para Presidente do
CR Flamengo.
Foi em
meados de 2009 que comecei a amadurecer a ideia, incomodado com as
sucessivas notícias e relatos de problemas administrativos, dívidas,
atrasos de salários e a percepção de que o clube vivia uma perene
incapacidade de se organizar. Mas, quando a decisão de me tornar
Sócio Off-Rio parecia já sacramentada, eis que um aumento brutal na
mensalidade teve o condão de me acabrunhar.
Logo
depois, o time começou a arrancar para o hexa. E arquivei a ideia.
Aí veio
o triênio 2010-12, que dispensa maiores comentários. Flamengo
empacado no sétimo faturamento do país (nivelado ao BOTAFOGO) e
apresentando severos sinais de indigência administrativa em todos os
campos. Parecia que o clube, enfim, havia embicado de forma
irreversível ao caminho das divisões inferiores do nosso futebol.
Jogadores envolvidos com escândalos policiais, prostitutas dentro da
concentração, clube sendo cobrado em público por calotes aplicados
em equipes do porte do poderoso Avaí, duas fugas do rebaixamento nas
últimas rodadas, enfim.
E dessa
vez não perdi muito tempo. Reaqueci a ideia e me associei de
imediato.
Associei-me
porque, em que pese entender a importância do debate cotidiano, em
mim surgiu a necessidade, a ânsia de atuar de forma mais intensa.
Interferir. Fazer parte. E a que se apresentou mais viável foi a do
voto.
Passaram-se
pouco mais de três anos.
O
contexto atual em que se encontra imerso o clube é consideravelmente
distinto daquele de meados de 2012, em que pese haja notáveis
deficiências em diferentes áreas, especialmente a principal, a que
nos mobiliza, a que, no fundo, é a que nos faz flamengos, que é o
futebol.
Mas,
nesse dia 07, o que interessa, o que é relevante, o que
efetivamente, para mim, tem significado, é que estarei lá, na
Gávea, exercendo meu direito e meu dever de colocar nas urnas aquilo
que penso.
Cada
indivíduo possui a sua verdade. A sua crença. A sua convicção.
Transformar essa miríade de correntes de pensamento em algo
profícuo, rico, producente, é a grande virtude de um processo
democrático. E a minha verdade estará lá, igualada em número e
importância à de milhares de colegas associados, no momento em que
ela se materializa na escolha do caminho a ser seguido pela
instituição.
Não cabe
aqui falar de escolhas. A minha opção está consolidada e tem sido
exaustivamente defendida nos debates diários aqui do Buteco. Mas,
independente disso, a oportunidade de enxergar a sua alternativa e
transformá-la em polo ativo do jogo democrático se reveste, sim, de
fonte de orgulho pessoal, satisfação individual.
Porque
não se trata de pensar na melhor opção pro Flamengo. Trata-se de
materializar a sua opinião em algo concreto. O voto.
E isso
não tem preço.
Que as
eleições transcorram em paz.