Laterais:
Zagueiros: Marcelo, Samir, Wallace, César Martins
Volantes: Canteros, Jonas(x), Luiz Antonio, Márcio Araújo
Meias:
Atacantes:
Outros: Douglas Baggio, Matheus Sávio, Rafael Dumas, Ronaldo, Thiago Santos
Esse é o elenco do Flamengo, como indica o site do clube, acrescido de alguns jogadores do sub-20 que já participaram de alguma partida entre os profissionais ou que foram convocados nos últimos dias. Tirando afastados, suspensos e lesionados, Oswaldo tem a sua disposição para a partida de amanhã contra o Grêmio 23 jogadores, sendo quatro goleiros e cinco que até essa quinta-feira ainda estavam disputando competições da base.
Nos últimos dois dias, depois do anúncio do afastamento do bonde da Stella, o treinador indicou que pode escalar o time titular com PV; Ayrton, César Martins, Wallace e Jorge; Márcio Araújo, Canteros, Luiz Antonio e Jajá; Gabriel e Guerrero. Assim, mesmo, um 4-4-2, como divulgado pela imprensa. Como eu não assisti nenhum dos treinamentos, não sei dizer exatamente como o time se postou em campo, mas, pelo que mostrou nos últimos jogos (e anos até), Oswaldo tem dificuldades pra se descolar do seu 4-2-3-1 favorito. Por isso, quando eu vejo essa escalação, eu penso nisso:
Eu tentaria diferente. Ao contrário do Jorge, não vejo o Jajá pronto para segurar a pressão de estrear no time titular do Flamengo, ainda mais num confronto historicamente complicado como é esse contra o Grêmio em Porto Alegre. Vou mais além: tenho minhas dúvidas sobre o aproveitamento dele como um todo. Começou como um volante mas marca mal, passou a ser escalado como meia, mas não tem habilidade e visão de jogo para tal. Espero estar muito errado, mas pra mim é um misto de Ibson com Renato Canelada.
Olho pra lista de jogadores disponíveis e não consigo ver nada melhor que os outros dez da escalação do Oswaldo. Meu décimo-primeiro seria o Kayke. Apenas por uma questão de selecionar os onze melhores. E, com esses onze, os disporia em campo num 4-4-2 simples. Luiz Antonio pela direita, Gabriel pela esquerda, dois volantes e dois atacantes. O grande problema disso, ao meu ver, é que acredito que o Oswaldo nunca tenha treinado alguma formação que seja nesse esquema. E, para compactar as duas linhas de quatro, necessita-se treinamento.
O que fazemos, então? Torcemos, muito! Torcemos para que o choque dado pelo afastamento do "Bonde da Stella" mexa com os ânimos dos que ficaram e provoquem uma boa atuação depois de tantas partidas ruins.
E você me pergunta o que eu achei dessa confusão toda? Achei tudo perfeito. Afastamento por tempo indeterminado, multa, até o atrapalhado anúncio sem abrir pras perguntas da imprensa. Não havia o que responder sem correr algum risco de problemas jurídicos. O afastamento, está claro, foi apenas a gota d'água. Esse grupinho, capitaneado pelo sr. Paulo Beraldo, vulgo Paulinho, já estava abusando da nossa boa vontade e foi tudo demais até para o leniente comando do nosso futebol. Isso significará que, além dos reforços que já pensávamos necessários para a defesa, precisaremos também trazer um ou dois meias atacantes. Acabará que teremos, forçosamente, renovar praticamente a metade do nosso elenco.
Renovação que pode passar, inclusive, por troca no comando técnico. Muito tem se falado em Muricy que, para mim, é muito limitado taticamente. Seus times costumam ter uma defesa forte e ataque baseado em jogadas de bola aérea. Muito longe do que eu imagino como filosofia de jogo para o meu Flamengo. Hoje, meu nome para treinador seria Alejandro Sabella. Campeão da Libertadores com o Estudiantes em 2009, classificou a seleção argentina em primeiro lugar para a Copa do Mundo de 2014, quando chegou ao vice-campeonato. Conseguiu montar uma defesa forte com zagueiros bem medíocres e laterais bastante limitados. Mostrou variações táticas, jogando ora com uma estruturada linha de cinco defensores, ora em duas linhas de quatro e até com três atacantes. Além disso, finalmente não teremos as já conhecidas desculpas para não buscar um treinador estrangeiro, principalmente a questão da adaptação no meio da temporada. Começaríamos um trabalho do zero, com tempo para entrosar comandante e comandados e sem a pressão também de estar no meio de um processo eleitoral.
Que, por sinal, está extremamente chato... Mas isso é outra história.