Irmãos rubro-negros,
a criação da Liga Flamengo-Sul-Minas, de um mero sonho improvável, tem se tornado, a cada dia, uma realidade mais próxima.
Me parece evidente que nas circunstâncias atuais, com o Flamengo rompido com a Ferj, uma competição que reúna alguns dos maiores clubes do país em disputa regional será muito mais atrativa que o desprestigiado Campeonato Carioca, artificialmente inchado com dezesseis clubes, o que causa desinteresse e perda de competitividade.
A Liga já está formatada e a Tv Globo já mostrou interesse em transmitir a Flamengo-Sul-Minas.
O rebuliço é grande, embora alguns meios de comunicação, notadamente aqueles mais bairristas, voltados para São Paulo, ainda não tenham percebido, ou talvez não queiram perceber, a enorme importância do movimento iniciado pelo Clube de Regatas do Flamengo.
Nesse ponto, gostaria de exaltar e parabenizar o trabalho simplesmente espetacular de articulação feito pela diretoria do Flamengo.
Bato palmas de pé.
Porque a agressão covarde do Rubinho não foi dirigida apenas ao presidente Eduardo Bandeira de Mello, mas ao próprio Flamengo e, em suma, a todos nós rubro-negros.
Então, eu, que critico aquilo que acho errado, entendo justo elogiar aquilo que funciona e que, nesse caso, tem funcionado muito bem.
O trabalho desenvolvido pelo presidente Eduardo Bandeira de Mello e pela diretoria do Flamengo tem sido realmente excepcional, pois além de todos os benefícios que o Flamengo poderá auferir de uma associação como essa, o clube ainda atingirá ferozmente aqueles que, no nosso Estado, são os maiores representantes do atraso e da mediocridade.
E eles já sentiram o golpe. Rubinho chorou na tv, rádios, jornais e até no Congresso Nacional. Eurico também tem chorado, dia sim, outro também.
Eles perderam simplesmente o único fator, o único clube que ainda traz torcida, audiência e dinheiro para o Campeonato Estadual do Rio de Janeiro.
Eu só posso dizer, portanto, que sinto um orgulho imensurável do Flamengo, pois é uma briga que vale muito à pena brigar, e o Flamengo não recuou, ao revés, partiu para o confronto.
E não é a primeira luta na qual o Flamengo se envolve fora das quatro linhas. A diretoria do Flamengo teve um papel fundamental na aprovação do Profut, uma lei que ajudará a moralizar, um pouco que seja, o futebol brasileiro.
São disputas duríssimas, árduas, em que o clube tem se empenhado bastante, adotando postura digna, defendendo o que é correto do ponto de vista ético-moral.
Refletindo sobre isso, pensei no curioso paradoxo que vive o Flamengo atualmente: fora de campo, uma diretoria que sabe exatamente o que quer e os valores que a inspiram, agindo com destemor, firmeza e coragem; dentro dele, porém, um time frouxo, desinteressado e apático.
De todo modo, fica registrada minha esperança de que a Liga Flamengo-Sul-Minas renda ótimos frutos para o Flamengo e demais clubes.
E fica registrada, ainda, minha sincera gratidão à diretoria do Flamengo, capitaneada pelo presidente Eduardo Bandeira de Mello, por honrar a tradição rubro-negra, defender os interesses do clube e representar honradamente a todos nós.
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Fazendo coro com o meu amigo Flavio, o momento é de engajamento de todos nós, a favor da candidatura do Zico à presidência da Fifa.
Não sei se ele vai ganhar.
Não sei, tampouco, se esse tipo de pretensão pode ser boa para ele.
Mas sei que o Zico está em campanha e pediu a ajuda da Nação Rubro-Negra.
O importante é ajudar, participar, apoiar nosso tão querido e amado Galinho de Quintino.
É o mínimo que podemos fazer em respeito e agradecimento ao Zico, por tudo o que ele fez pelo Flamengo.
Ele, Zico, que é o maior ídolo da maior e melhor torcida do mundo, merece todo nosso carinho.
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Abraços e Saudações Rubro-Negras.
Uma vez Flamengo, sempre Flamengo.