quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Que time é esse?


Vencer jogando puramente futebol é o ideal de dez entre dez envolvidos no velho esporte, tanto dentro de campo como nas arquibancadas, desde quando foi disputada, supostamente até os dias atuais, a primeira partida na Universidade de Cambridge, na Inglaterra, em 1848;

Todavia, para levar uma nota 10 nessa missão é condição "sine qua non" dominar os princípios desse esporte. Segundo Carlos Alberto Parreira, um dos teóricos mais conceituados no mundo, são quinze os fundamentos básicos a serem praticados e que são necessários e suficientes para levar uma equipe ao sucesso. Da retomada da bola do adversário à finalização, passando por outros requisitos importantes como o passe feito com precisão;

Raul, nosso goleiro Campeão Mundial em 1981, certa vez afirmou que tudo se resumia ao talento, pedra fundamental no conjunto de premissas para fazer um time jogar bem. Mas, e se não existe essa virtude em doses mínimas na equipe para levá-la a desempenhar um futebol em alto nível?

Ora, se não tem talento, a opção é entrar em campo com o coração nas chuteiras, fator também conhecido como raça, disposição, vibração e determinação em busca da vitória. Opa, exatamente o que tem faltado ao Flamengo em boa parte dos últimos anos. É imperioso reconhecer e não deixar essa antiga característica rubro-negra passar em branco;

Há pouco tempo atribuía-se à desorganização administrativa os males ocorridos dentro das quatro linhas, culminando com o vampeteado "finge que paga que eu finjo que jogo". Atualmente, com o clube organizado e os salários rigorosamente em dia, vemos um time frio dominado pela apatia e incapacitado de esboçar uma simples reação diante de uma situação adversa durante jogos decisivos ou não;

Falta de liderança para mostrar ao atual elenco o que Flamengo representa para milhões de torcedores?

Há o desinteresse dos jogadores ante o trabalho a ser executado e para o qual são regiamente pagos?

Ou, para piorar, há o encontro de ambos os fatores numa conjunção difícil, mas não impossível de acontecer?

Enfim, desejo muito que não se alegue que o grupo está desmotivado. Aí quem para sou eu. Paro e vou dedicar o meu tempo a outras coisas mais interessantes do que ver homens barbados, indevidamente bem remunerados e incapazes para jogar no Flamengo.

SRN!