segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Novas Perspectivas

Salve, Buteco! Num Fla-Flu autêntico, com muitos gols e sobrando emoção, o Mais Querido deixou claro que a disputa por uma vaga no G4 é uma realidade e não simples empolgação de torcedor. Muit@s torcedores elogiaram a vitória contra o Avaí no meio da semana passada e afirmaram que teria sido a melhor atuação do time no ano. Melhor ainda é poder discutir qual das duas atuações, a de ontem, no Fla-Flu, ou contra o Avaí foi a melhor. O time agora tem um padrão tático definido, valorizando trocas de passes em velocidade, que é executado por jogadores com características ofensivas. Se com Cristóvão Borges uma amostra desse tipo de futebol já havia sido apresentada em atuações como o primeiro tempo contra o Santos, no Maracanã, ou nos quinze primeiros minutos do segundo tempo contra o Palmeiras, na Allianz Arena, agora o time consegue jogar em um padrão de qualidade mais elevado por mais tempo e segurar o resultado, além de conter a pressão dos adversários fustigando-os em rápidos contra-ataques, tudo fruto direto do trabalho de Oswaldo, que melhorou o sistema de marcação e o posicionamento dos zagueiros na bola aérea, bem como o posicionamento dos volantes, o que permite a subida da equipe com velocidade e precisão ao ataque. Outro ponto que pode ser destacado do trabalho de Oswaldo é o novo posicionamento dos atacantes, como mostra a até aqui bem sucedida utilização de Everton como ponta direita.

As alterações de Oswaldo funcionaram como óleo em uma engrenagem emperrada: Márcio Araújo, agora mais fixo, lembrando Aírton em 2009, deixou a zaga bem mais segura, o que facilitou a subida de produção dos próprios zagueiros e ainda livrou o time das bolas perdidas no ataque, que resultavam em contragolpes perigosos. Já do meio pra frente participam das manobras ofensivas apenas os jogadores que têm melhor qualidade técnica e menor possibilidade de errar passes. A entrada de Alan Patrick no time e o ajuste do posicionamento dos atacantes completaram um conjunto que vem se revelando vencedor e pode ser aprimorado.

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Ainda falando do sistema defensivo, os lances de bola aérea já não são tão constantes, apesar de ainda incomodarem mais do que deveriam, como provam o gol do São Paulo e o pênalti cometido por Samir em um lance de bola aérea ontem. A modificação no sistema de marcação é outro mérito de Oswaldo. Contudo, o retorno em grande fase do nosso goleiro titular, na minha singela opinião, demonstra que uma nada desprezível parte do contexto que levou à derrocada de Cristóvão no comando técnico da equipe se deveu à ausência de um goleiro reserva à altura da responsabilidade.

Entretanto, Oswaldo, pessoa mais madura, de personalidade serena, porém confiante, além de enxergar mais rápido e melhorar o time nos pontos já destacados, não insistindo em algumas decisões que não estavam dando certo, passa a nítida impressão de transmitir muito mais segurança e confiança do que o seu antecessor aos jogadores, que parecem bem mais leves em campo. Nem por isso haverá de se negar que Cristóvão tem mérito e participação na montagem do esquema tático que agora começa a render os primeiros frutos, tanto em sua concepção/idealização, como no próprio início de sua execução.

O detalhe (primeiros frutos) é importante e traz um grande desafio para Oswaldo: evoluir constantemente, não permitindo que o elenco se acomode, em busca da sintonia tática em alto padrão, algo ainda distante da realidade atual. Alguns amig@s, por exemplo, acham que, apos o segundo gol, no primeiro tempo, houve acomodação, porém sou da opinião que a equipe ainda não está taticamente pronta para imprimir grande pressão sobre um adversário durante longos períodos de tempo, o que também pode em parte ser explicado pela diferença de condicionamento físico que alguns dos jogadores que chegaram no meio do ano possuem em relação aos demais, ou até pelo fato de alguns voltarem de contusão. De qualquer modo, se é certo que o terceiro gol, marcado em ótima jogada de contra-ataque, mostra franca evolução no quesito, não menos certo é que o time pode melhorar muito em intensidade e precisão nas jogadas ofensivas, tornando-se mais objetivo e efetivo.

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O clima é de 2007 e 2009: de arrancada para boa campanha no Brasileiro. A exemplo do que ocorreu em 2007, a chegada de um treinador experiente e de reforços de alto padrão, além da volta do goleiro titular, tiveram grande importância no ajuste do time; nem por isso o planejamento do Departamento de Futebol deve passar a ser consagrado e cantado em prosa e verso. Para as próximas temporadas, é importante não repetir o erro e aguardar para montar o elenco no meio do ano, perdendo importantes pontos no Brasileiro.

A propósito, talvez ainda dê tempo para mapear o mercado em busca de um goleiro reserva. Não custa tentar.

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O gol irregular de Wallace não deve intimidar a Diretoria a se posicionar em relação à arbitragem. O árbitro mineiro tirou quase meio time do Flamengo para a partida contra o Cruzeiro. Terça-feira ainda haverá o julgamento de Pará e Emerson Sheik. Inobstante os argumentos jurídicos que devem ser expostos, uma postura firme em nível político e perante o Tribunal é fundamental para, quem sabe, obter-se um efeito suspensivo para Sheik (cuja suspensão é provável) e evitar a repetição do fato. Nesse ponto, reputo à postura explícita e pública da Diretoria o desaparecimento dos lances escandalosos contra o time nas últimas rodadas; contudo, como a perseguição persiste na parte disciplinar, o trabalho nesse campo não pode arrefecer em hipótese alguma, até porque  o momento é de ascensão. Alguns de nossos adversários na disputa por vaga no G4 certamente sentirão os efeitos da Copa do Brasil daqui a algumas rodadas. Cabe ao Flamengo não deixar cair o ritmo e se aproveitar da situação quando o momento chegar.

Nos embalos de quinta-feira, ajudem Oswaldo a escalar o nosso desfalcado time, lembrando-lhe das opções no elenco. Magnética convocada!

 Bom dia e SRN a tod@s.