Cá entre nós, refleti sobre o que pensei, discuti durante o ano, diariamente. Minha visão do futebol, sobre o que vejo, sobre o que sinto e como torcedor, oscilo, normal. Bem normal... Algumas coisas sustento desde o início do
ano. Logicamente, como qualquer torcedor, me decepciono, me
empolgo, mas garanto: DCF, porém no sapatinho máximo! Um a zero
Mengo até o final. Quinze finais. Na humildade, no “Moutimsmo”
que os Butequeiros conhecem, numa fanfarronice humilde.
Cá entre nós, este ano começou com uma barca gigantesca de 19
jogadores, uma limpa sem precedentes na história do clube. Um elenco (mal?) formado por Rodrigo Caetano e o velho W(V)anderley(I) Luxemburgo, que
tinha a “6a campanha” no Brasileiro do ano anterior.
Como ele assumiu o cargo com a equipe na 20a posição, só deu pra
chegar oa final em 10º, mesmo. Tinha a esperança de que este elenco formado
no início, jogando um futebol que talvez só eu enxergasse, entre 6o
e 10o, mais pra 6o.
Cá entre nós, nada mal! Pelo o que se apresentava e com a contratação
mais impactante do inicio do ano, Marcelo Cirino. Desejo de 10 entre
10 clubes deste país. Não vou me aprofundar nos aspectos, farei um
apanhado geral mesmo. O primeiro semestre foi de escolhas erradas e o
Flamengo não correspondeu em campo, perdendo para um Vasco que já
se apresentava no carioqueta, um dos piores da história.
Cá entre nós, que depois da eliminação, era fácil supor que o
Pôfexo faria as malas, depois de se oferecer para o São Paulo e
pedir reforços, fazendo o rendimento da equipe cair. Dificilmente vi
um time tão mal treinado, como aquele do início do campeonato
brasileiro. Tanto que Luxa caiu na 3a rodada da
competição, deixando terra arrasada. Contratações e renovações
ruins, time mal treinado, preparação física deplorável, DM cheio,
além de conflitos com a comissão técnica como um todo.
Cá entre nós, que a substituição de Luxa por Cristóvão foi contestada por muita gente. Muitos pela inexperiência, outros pelo
passado rival. Confesso que gostei, confiei, fiquei esperançoso. O
discurso inicial trouxe mais ainda uma sensação de que o
Flamengo jogaria um bom futebol nas mãos dele. Mas o Flamengo é um
moinho! Não perdoa a quem não está preparado para suportar o mundo em
suas costas.
Cá entre nós, o time do Cristóvão era capaz de encantar em 15 minutos e irritar os outros 75 minutos das partidas. Com todas as
condições recebidas, já relatadas acima, o time foi melhorando,
porém não era o suficiente. O Flamengo jogava como nunca, perdia
como sempre, mas pontuando, no meio do bolo, na parte de baixo. Veio
o Vasco, o pior Vasco que já vi e o time sucumbiu. Acabou-se a
paciência e a esperança de quem já balançava, não tinha o
estofo, embora tenha mostrado lampejos de talento. Boa sorte, adeus!
Cá entre nós, existia uma forma definida, mas as falhas impediam que
as virtudes se sobrepujassem. Veio Oswaldo. Nem o bravo Mestre Mouta
acreditava mais, esteve com o pé atrás. Com razão, muita razão!
Não era o Oswaldo, era o Flamengo que não dava sinais de melhoria.
Não passamos pelo Vasco. Vencemos jogos que certamente não
venceríamos. Seis jogos de invencibilidade, cinco vitórias, dentre
as quais, as quatro ultimas consecutivamente.
Cá entre nós, o Flamengo está vivo! Para quem dizia que o ano
tinha acabado (eu entre eles, fulo que estava por ter sido eliminado
pelo rival na copa do Brasil), o time ganhou brios, ganhou forças,
reavivou, recriou toda aquela esperança, ressurgiu das cinzas.
Oswaldo aprimorou as virtudes que tinha o time do Cristóvão,
expandiu os 15 minutos “tradicionais”, segurou a bronca. Criou
demandas para reduzir ao mínimo os defeitos anteriores, com treino,
experiência. De um time “frágil em clássicos”, a um time que
começa a se ajeitar. Hoje está em sexto, como eu havia projetado (em Junho dizia que passaríamos o Fluminense no Fla x Flu do returno),
mas quero mais.
Cá entre nós, algumas escolhas são péssimas ou parecem péssimas,
mas dão certo de alguma forma inexplicável. Ou alguém
emocionalmente explica que a chegada de Biscotto à VP de futebol,
faria do Flamengo 100%? E digo mais, com o time indo agradecer à
torcida ao final dos jogos (acho que possa ter o dedo do Oswaldo
nisso). Com o histórico do sofrível 2005? O Flamengo transcende à
razões, mesmo...
Cá
entre nós, Cruzeiro
(em
casa, e provavelmente, sem meio time por suspensões, contusões e
seleções),
Chapecoense
(fora, bem difícil),
Coxa (em
casa, temos que aproveitar o desespero de um time que briga para não
cair, mas fez 14 dos últimos 18 pontos)
e o
Galo
(fora,
talvez nosso maior rival fora do estado, assim eles se sentem) essa é
a sequência mais difícil do campeonato para o Flamengo...
Costumeiramente,
vejo o copo meio cheio, tenho esse hábito.
Cá
entre nós, se
conseguirmos 8
desses
12 seria muito bom. Mais do que isso seria ótimo! Quero 12, no
mínimo 10. Rs! Queremos
mais! Parece que o elenco quer mais. Neste elenco chegaram caras de
peso, outros vistos de soslaio, mas que deram certo, criaram uma
identificação com a torcida, que como sempre, colocou os come e
dorme no colo. É aquilo, quando o time começa a jogar, a bola
começa a entrar e a torcida a se identificar, fica difícil segurar.
Quem segura o Flamengo? Mas é aquilo, sapatinho máximo e foco no
Cruzeiro. Um jogo de cada vez. Cá entre nós, falando baixinho: DCF! Vamos, Flamengo!