quarta-feira, 2 de setembro de 2015

70.380 ST


O Flamengo faz no recomeço do Campeonato Brasileiro o que deveria realizar em seu início para não permitir que seus principais adversários se afastassem na ponta da tabela. Melhor estratégia não havia senão embalar na largada da competição com vitórias sucessivas e criar com a torcida a sinergia propícia para seguir bem no restante do certame; 

Uma premissa sonhada e desmantelada pela rotina característica do Mais-Querido que consiste em sair atrás do pelotão para depois buscar, com emoção, os resultados que precisa para se manter no grupo de elite nos Brasileirões.

Na largada, logo nas três primeiras rodadas ganhamos um ponto dos nove disputados contra São Paulo, Sport e Avaí. Bem diferente da situação atual com seis pontos ganhos nas duas partidas disputadas na volta do ponteiro na tabela. Curiosamente, a máxima pontuação que poderia ser obtida quando menos se esperava ao atuar desfalcado do seu astro principal, sendo que no jogo contra um dos legítimos Campeões Da Segunda Divisão de 1987 o clima interno estava dominado pelo resultado adverso provocado pela inesperada eliminação da Copa do Brasil nas oitavas de final;

Caprichoso esse tal de futebol. Quando o torcedor gera boas expectativas, muitas vezes a bola dá-lhe "um perdido" e o decepciona. Mas quando desprezado, acena novamente com previsões factíveis, tendo a lógica como inseparável companheira até se consumar a enésima traição.

Porém, os ânimos esfriaram desde o fatídico empate com o Santos, um divisor de águas dentro do Maracanã, inibindo futuras projeções. Mais racional até o fim de 2015 seguir a recomendação da escritora norte-americano Barry Stevens no sentido de "não apressar as águas do rio, pois elas correm sozinhas";

O que não significa deixar de torcer, já que o que ficou para trás foi a esperança de conseguir algo de bom, além de permanecer na Série A, com as coronárias em paz, por mais vitórias do Mengão como hoje em Natal. Nossa massa de torcedores não merece e não suporta mais um drible amigo por parte do Flamengo, que reúne todas as condições favoráveis para voltar do Nordeste com a terceira vitória consecutiva;

Não custa muito desejar que o novo treinador mantenha a zaga que saiu-se muito bem nos dois últimos embates: César Martins e  Samir. Se Oswaldo de Oliveira gosta tanto do Wallace ao ponto de promover o seu retorno num momento de estabilidade, sugiro-lhe que o escale à frente da defesa para atuar como 1o volante e oferecer mais proteção ao sistema por baixo e por cima, podendo inclusive apoiar o ataque, função que o nosso Platão demonstra gostar de desempenhar.

Para finalizar, fiz do limão uma limonada como dizem nas arquibancadas da vida. Depois de ser excluído do quadro de ST em março pp, face divergências de datas da anuidade do cartão de crédito com a validade do plano, entrei setembro como mais um sócio contribuinte do Flamengo na categoria off-Rio, recebendo como bônus o Plano Raça;

Que tal uma bela vitória para selar o reencontro?

SRN!