sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Maturidade Institucional




Irmãos rubro-negros, 

as peças movem-se estrategicamente no tabuleiro da política rubro-negra.

Contando com o apoio do Bap, Landim, Gustavo Oliveira, de uma equipe de renomados executivos de grandes empresas (embora seja oportuno lembrar que alguns sequer são sócios do Flamengo) e tendo Walter D'Agostino e  Hélio Ferraz pretigiando o lançamento de sua candidatura, tudo indicava que Wallim Vasconcelos largaria com enorme vantagem na corrida eleitoral visando o pleito de dezembro deste ano.

Todavia, numa jogada de rara maestria, demonstrando grande capacidade de articulação política e de aglutinação de forças, Flavio Godinho, nomeado Vice-presidente pelo presidente Eduardo Bandeira de Mello, reuniu em sua casa, em concorridíssimo jantar, figuras de proa da política rubro-negra, dentre as quais Márcio Braga, Plínio Serpa Pinto, Jorge Rodrigues e o próprio Hélio Ferraz.

Como resultado da reunião, Plínio Serpa Pinto já saiu nomeado Vice-presidente de Patrimônio, assim como foram costurados apoios importantíssimos  em torno da candidatura à reeleição do presidente Eduardo Bandeira de Mello. 

Além disso, Antônio Tabet, do "Kibe Loco" e do "Porta dos Fundos" foi indicado ao cargo de Vice-presidente de Comunicação.


Me agrada muito essa mescla entre a sobriedade de pessoas como Godinho, Plínio e o próprio Bandeira, e a juventude, a criatividade e a energia de nomes como Antônio Tabet, Rafael Strauch, Rodrigo Sabino e Pedro Iooty. 

Pois bem, esse reequilíbrio de forças no quadro político do Flamengo é fundamental para a manutenção do sonho de uma futura e cada vez mais possível composição entre a Chapa do Bandeira, minha preferida, e a do Wallim.

Eu ainda acredito sinceramente que essa união ocorrerá.

Para quem viveu em tempos recentes anos tenebrosos, a ponto de parecer sem solução a lamentável situação política do clube, a existência atual de duas chapas fortes, ambas comungando dos mesmos ideais quanto à manutenção da austeridade financeira e do respeito às obrigações assumidas, traz muita esperança de um futuro grandioso para o Flamengo.

Analisando o cenário político, e ciente de que corro o risco de fazer uma observação precipitada, acho que, com a graça e a intervenção de São Judas Tadeu, o Clube de Regatas do Flamengo inicia uma nova fase de sua gloriosa existência, uma fase de maturidade institucional.

Que esse processo seja consolidado cada vez mais, e que o bem do Flamengo seja o único norte a mover as pessoas a se envolverem na política do clube.

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Passando para dentro de campo, após obter uma importante vitória na quarta-feira passada, o Flamengo enfrentará no domingo o Palmeiras fora de casa.

Será a estréia do Mengo no horário das onze horas da manhã, pois a partida foi antecipada em virtude dos protestos convocados contra o Governo Federal.

O time  tem melhorado e até o mais renhido crítico do técnico Cristóvão Borges deve reconhecer que, em relação à movimentação e ao setor de criação, o time tem evoluído bastante.

O setor defensivo, porém, continua a falhar seguidamente e a equipe tem sofrido muitos gols em jogadas despretensiosas dos adversários, impedindo a obtenção de uma sequência de vitórias não apenas desejável, mas também imprescindível.

A busca desse equilíbrio é o grande desafio que se descortina para o Cristóvão.

Não adianta jogar bem e não ganhar a partida. No momento atual vivenciado pelo Flamengo, o resultado tem de vir em primeiro lugar. O importante é vencer, jogando bem ou mal.

Teremos todo o segundo turno do Campeonato Brasileiro a disputar e teremos ainda o Vasco pela Copa do Brasil.

Vencer é a meta principal. Se for jogando bem, melhor ainda.

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Tenho percebido algo há muito perdido no futebol do Flamengo: a alegria e a satisfação dos jogadores por vestirem a Sagrada Camisa Vermelha e Preta.

A entrevista do Ederson, que aliás estreou bem na quarta-feira, foi emblemática disso.

O jogador, com brilho nos olhos e o sorriso franco, confessou estar muito feliz no Flamengo, disse que foi muito bem recebido pelos colegas e funcionários do clube e que está muito motivado pelo desafio de jogar para e pela maior e melhor torcida do mundo.

Os jogadores parecem gostar do Cristóvão e os líderes do elenco têm dado o suporte de que necessita o treinador para desenvolver plenamente o seu trabalho.

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Esse capítulo sobre o futebol do Flamengo merece uma citação especial: Emerson Sheik.

Eu confesso que não era favorável à sua contratação. Achava que ele poderia desagregar um ambiente que já estava ruim.

Mas eu me enganei totalmente.

Além de cumprir seus deveres profissionais de maneira exemplar, o Emerson tem sido o melhor jogador do Flamengo.

Raça, vontade, luta, técnica e categoria unem-se nesse atleta que tem mostrado uma vitalidade surpreendente para os seus mais de trinta e seis anos.

O Emerson apresenta-se como um grande exemplo da forma com a qual o atleta rubro-negro deve se portar em qualquer disputa.

No Flamengo, hoje, ele escolhe camisa.

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Que o Flamengo consiga vencer o difícil desafio de enfrentar o Palmeiras em São Paulo.

Tenho ótimas lembranças do Mengão jogando lá.

Mengão 2x1, em 1992; Mengão 3x3, em 1999, com a conquista história da Copa Mercosul; Mengão 2x0, em 2009, com o antológico gol olímpico do Petkovic.

Que a grandeza do Mengo, sua tradição, sua camisa e a fé da Nação Rubro-Negra nos conduzam a mais uma vitória.

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Menção honrosa, antes de encerrar a coluna, à torcida do Flamengo. Após duas grandes decepções, em torno de vinte mil flamengos compareceram ao Maracanã na quarta-feira para empurrar o Mengo rumo à vitória.

Como diz a música: amor igual não há.


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Abraços e Saudações Rubro-Negras.

Uma vez Flamengo, sempre Flamengo.