quinta-feira, 28 de maio de 2015
O Colapso
O Flamengo de 2015, meus amigos, é um colapso. Vê-lo em campo é somente para os fortes. Quase em junho, ou seja, 5 meses de treinamento, e o que vemos é um time extremamente desorganizado com atacantes que teimam em errar toda e qualquer finalização.
OK. Saiu o Luxemburgo, o "entendido em futebol" que deixou a parte tática, técnica e física do Flamengo como "terra arrasada". Se ele é entendido em futebol então socorro. Me coloquem um leigo! Pois bem, Jayme então foi chamado para ser o técnico interino desta partida Flamengo X Náutico, no Maracanã, pela Copa Brasil 2015. E pensou: "Vou escalar dois meias!". E colocou os nobres Almir e Arthur Maia. Almir mais atrás e Arthur Maia, pela direita, tentando fazer algum tipo de corredor, para espelhar Paulinho do lado esquerdo, por vezes. E servirem Alecsandro, desta vez, aleluia, posicionado sempre mais à frente como centroavante e não o volante que o Luxa, entendido em futebol, fazia ele se tornar em campo, pasmem, várias vezes.
Seria uma boa disposição em tese. Se Almir não fosse Almir, Arthur Maia não fosse Arthur Maia e Alecsandro fosse ao menos um cone, de fato. Ao menos a bola poderia bater nele e entrar. Desde março não marca nenhum gol, e mesmo assim, joga todas as partidas, é insubstituível. Milagre? Não. Desatino do treinador? Não. Burrice? Não. Ele é "dono de vestiário", e no Flamengo isto assume importância vital. Este é o problema de contratar jogadores deste perfil. Mas pode mudar diretoria, virá-la de avesso, entrarem ET´s, Curupiras, qualquer tipo de dirigente, que esta mania estará presente. É uma espécie de maldição que paira sobre o clube. Nada há de se fazer.
Tivemos Armero jogando um pouco melhor que o desastre da ultima partida e Canteros...rapaz...Canteros correndo, passando direito...parecia até um jogador do River Plate massacrando o Cruzeiro na Arena Vergonhazzo, só que, infelizmente, relembrou os tempos dos treinos de finalização do Deivid enquanto assistente do Luxemburgo, e perdeu um gol escala 9.5 Deivid. O mestre ficou feliz, mesmo a distância.
Paulinho, que jogou 90 minutos. Eu disse 90 minutos! Ainda parece desfocado. Corre, corre, mas passa muito mal. Alecsandro se escondendo entre os beques também não ajuda. Mas sempre dá o último passe errado. Sempre. Espero que melhore.
Eduardo da Silva, cuja imprensa croata não entende como pode ser reserva de um...vá lá, jogador como Alecsandro, entrou aos...40 minutos do segundo tempo. Deve ser algum acordo com o paneleiro dono do time, porque Luxemburgo tinha sempre a mesma "prática". O que me diz o "Diretor Executivo de Futebol" sobre o assunto? Só eu acho estranho?
A defesa jogou relativamente bem, melhor no segundo tempo, dando poucas chances de gol ao Nautico. Wallace fez o gol do Flamengo em uma cabeçada oportuna. Mas Wallace tem o sério defeito de, em alguns momentos do jogo, pensar que é volante. Dizem até que já jogou assim. De simplesmente abandonar a linha defensiva e dar bote na zona dos volantes. Foi nesta que Náutico aproveitou o buraco e fez gol na única chance que teve no segundo tempo. Futebol é assim, vacilou, dançou, Wallace.
O que vi da partida, concluindo? Bem, o time correu mais. Pode ser o efeito "novo treinador", pode ter sido também uma disposição tática "menos criativa", com mais gente pelo meio facilitando jogadas mais curtas. Mas tecnicamente o Flamengo está muito aquém de um time de Série A. Parece time de Série B. Não pode. Se continuar assim vai se tornar realidade.
Cristóvão terá muito trabalho. O time é uma draga. Cirino e Everton, se estivessem a disposição, sinceramente, não sei se acrescentariam muito. É um time meio perdido. Preocupa muito. Tomara que venham reforços de fato logo. E rezar. Para São Judas Tadeu e São Cristóvão.