quarta-feira, 6 de maio de 2015

Enfim, o Brasileirão


"Todo jogador do Flamengo deve aprender o básico do manual rubro-negrismo: raça, amor e paixão" - Diego Hermínio. ​​

Três meses depois e o "ruralito" carioca se despediu da gente, levando para a história a sua decadência em todos os quesitos avaliados pela crítica, acrescida de vergonhosas práticas varzeanas, dignas das piores peladas valendo caixas de cerveja, nas manhãs de domingo, para o relaxamento da labuta semanal. O campeão da vez é a imagem do atraso em gestão, modelo do retrocesso que domina todo o futebol brasileiro, com raras e boas exceções;

Campeonato decadente, mas não acabado e enterrado de vez, pois pode ser racionalizado se diminuírem seu tempo de duração e a quantidade de clubes participantes, sendo a maioria incapaz de levar 800 torcedores a pelo menos um jogo, sabendo-se que tais agremiações chegam a 12 no atual formato, entre os que pelejam, o que representa 75% do total dos clubes que disputam o Estadual.

Podemos combinar que não há mágica que faça os quatro clubes grandes, que proporcionaram entre si partidas com mais de 50 mil pessoas presentes, contabilizarem lucros com essa competição cuja maioria das partidas foi de uma chatice de fazer butequeiro ir dormir, conforme confessado aqui várias vezes. Que charme tem nisso?

Torço para que a razão prevaleça entre os dirigentes da FERJ e dos clubes, embora não acredite que vá ocorrer alguma mudança importante em benefício do futebol e do torcedor, sabedor do perfil dos envolvidos na questão, conhecido por todos que acompanham, mesmo de longe, os bastidores da federação;

Igualmente volto minha torcida para que a comissão técnica do Flamengo tenha feito as óbvias conclusões que o 1o quadrimestre do ano ofereceu para a constituição do elenco para o restante da temporada. Do lado de fora, até o quero-quero rubro-negro que sobrevoa o Maracanã sabe onde estão as deficiências do time, quem falta, quem sobra, quem sobe, quem desce e quem está a fim de encarar um Brasileirão daqui para a frente a partir do próximo final de semana;

Através de muitas vitórias inesperadas e algumas derrotas imprevisíveis, aprendi a não usar uma régua rígida para avaliar o que vem pela frente nas partidas de futebol. Uso a flexível ferramenta francesa, queridinha dos arquitetos antes dos traços mágicos efetuados no computador, considerando a ilógica função que rege os 90' durante os quais a bola rola dentro das quatro linhas;


Encaro tediosamente conclusões açodadas do tipo "Se empatou com o Bambala na quarta-feira, dentro de casa, será goleado pelo Poderoso Esporte Clube, fora de seus domínios, na rodada seguinte" ou "Se venceu o Barcelona hoje, amanhã vai enfiar 18 gols no São Cristóvão". Em incontáveis oportunidades vi acontecer tudo ao contrário, como se a matemática alertasse pela enésima vez os incautos para abstraí-la desse raciocínio eivado de objetividade, pois esse tal de futebol não é a sua praia. Vasco no Rio, Santos em São Paulo e Operário no Paraná, dados como meros participantes dos respectivos estaduais no início do ano escutaram esse aviso;

Confesso gostar mais do Flamengo do que de futebol e embora não curta muito, tecnicamente, o atual elenco à disposição do Vanderlei Luxemburgo e, ainda, por tudo acima citado, espero que façamos três vitórias contra o São Paulo, Sport e Avaí para embalar o time no tranco da empolgação, levando a torcida junto e fazermos um ótimo Campeonato Brasileiro.

Que os Deuses Rubro-Negros digam Amém!

SRN!