quarta-feira, 1 de abril de 2015

Um bom trimestre de preparação


Encerrado o primeiro trimestre do ano, considero o saldo que fica para o Flamengo distante do ideal, porém, positivo se comparado com o início dos trabalhos na pré-temporada em janeiro passado. Avançamos!

Paulo Victor reafirmou suas ótimas condições para ser o titular da camisa 1 nos próximos anos ao se tornar figura importante do time em vários jogos realizados e nas duas únicas partidas valendo pela Copa do Brasil;

Pará, o lateral-direito e esquerdo, se não mostrou ser melhor tecnicamente que o Léo Moura, também não despertou saudade do Moicano na torcida, oferecendo ainda um up-grade relacionado com a recuperação da velocidade perdida em jogadas pelo flanco direito do gramado;

Na zaga, o jovem Bressan, vindo do Grêmio, tem qualidades que deverão ser desenvolvidas ao longo do tempo, tornando-se um bom reserva do Samir, caso este permaneça no grupo;

No meio de campo o time encontra o seu nó górdio. Em grande parte dos jogos, a predominância da posse de bola foi alta, muitas vezes ultrapassando a marca dos 60% não transformados em objetividade. As jogadas quando fluem em direção ao gol adversário resultam de triangulações ou de carregamento da bola em velocidade, principalmente por parte de Everton e Paulinho em ações de contra-ataque, o que não deixa de ser virtudes de uma equipe, mas é pouco diante de sistemas que buscam usar os mesmos artifícios. Onde estão os dribles e passes que desarticulam ferrolhos e abrem caminhos para deixar os atacantes em condições de executar o último toque para fazer os gols? Creio que Arthur Maia tenha sido o caso pensado para responder a tal questão, sem ter correspondido até então;

No ataque, Marcelo Cirino foi a "bola dentro" das contratações efetuadas. Trata-se de um jogador rápido, leve e de dribles suaves, com grande vocação para o gol. Encontrou no Flamengo as circunstâncias ideais para dar seguimento ao crescimento de sua carreira graças à rápida sintonia desenvolvida com o sistema "clube x torcida", sendo difícil prever o limite de seu potencial, que imagino bem longo;

Fora das chamadas quatro linhas, o ótimo trio de frente formado por Alexandre Wrobel, Rodrigo Caetano e Vanderlei Luxemburgo trabalhou a pré-temporada e o Estadual com a lucidez que essas fases proporcionam no sentido de usá-las para a preparação do time visando as próximas competições, embora persistam carências no elenco. Luxa utilizou no Estadual todos os jogadores disponíveis, ora testando, ora por necessidade, com a vantagem de levar o clube às semifinais do Carioca, unindo o útil ao agradável no coração de todos nós rubro-negros;

Atualmente, acho que muito mais importante que ganhar o Estadual é fazer, dentro dele, um bom time de futebol. Mas sair dele com uma boa equipe formada e o título de Campeão é muito melhor.

SRN!​