Saudações flamengas a todos,
Computador normalizado, texto recuperado, segue então a segunda e última parte do Flamengo em Tweets, brincadeira que bolei para tentar sintetizar cada uma das temporadas que acompanhei como torcedor. Lembrando que, por se tratar de impressão pessoal, evidentemente nenhuma escolha é definitiva. Fiquem à vontade para argumentar e propor alterações na lista.
Boa leitura,
FLAMENGO EM TWEETS - PARTE 2, 1995 A 2014
1995
Delírio com Romário, melhor do mundo, e o ataque dos sonhos. Realidade: barriga, apolinho e futevôlei na Gávea. Centenário vira piada.
Nome: Romário
Jogo: Fluminense 3-2 Flamengo (em final histórica, gol de barriga devasta ano rubro-negro)
1996
Com Joel, Romário responde e paira acima de todos. Flamengo se vinga, invicto. Bebeto chega, é enxotado e o ano termina melancólico.
Nome: Romário
Jogo: Flamengo 1-0 Fluminense, Taça Rio (com nove em campo, Flamengo exorciza maldição e marcha para o título invicto)
1997
Time raçudo de garotos chega em todas as finais. E perde. Sávio, mesmo no auge, não é protagonista. Remendado Renato, caricatura do passado.
Nome: Júnior Baiano
Jogo: Flamengo 1-4 Vasco (time certinho de Autuori não resiste a Edmundo. Derrota é o ápice de um ano para esquecer)
1998
A reboque do pálido Romário, Flamengo perde rumo. Evaristo faz Romário voar, mas bela reação acaba em Natal. Fla-Madrid, pífio consolo.
Nome: Evaristo de Macedo
Jogo: Flamengo 2-3 Portuguesa (síntese da desastrosa gestão Kléber Leite, de muito papo e resultados vazios. Derrota e dinheiro de volta)
1999
Quem será vice? Flamengo com fome de taça responde a Eurico. Romário barbariza dentro e fora de campo. Caxias, demissão. Mercosul heroica.
Nome: Romário
Jogo: Flamengo 2-1 Vasco, Taça GB (Flamengo vai na jugular e derruba o arrogante Vasco. Ali começará a história de uma trilogia)
2000
Flamengo devolve embaixadinhas e é bi no embalo de Athirson, que depois sai pelos fundos. Time caro da ISL sucumbe ao caos. Zagallo volta.
Nome: Athirson
Jogo: Flamengo 4-0 Vasco (goleada histórica e atuação de gala do trio Petkovic, Edilson e Adriano)
2001
Pet opera o milagre do tri. Depois arruma briga e um time que finge que joga quase conhece o abismo. O Capita e Felipe Melo evitam o pior.
Nome: Petkovic
Jogo: Vasco 1-3 Flamengo (tricampeão em uma das finais mais sensacionais e dramáticas da história. O gol de Petkovic marca uma geração)
2002
ISL quebra e quase arrasta o Flamengo junto. Sem presidente, um arremedo de time coleciona vexames. Liedson, o sopro que salva da segundona.
Nome: Liedson
Jogo: Flamengo 1-3 Universidad Catolica-CHI (vexame na pior Libertadores da história do clube)
2003
Após desastre no Estadual, Nelsinho ajeita time modesto, quase surpreende. Sério demais, é descartado. Brasileiro digno, dentro do possível.
Nome: Jean
Jogo: Flamengo 4-1 Fluminense (vingança que lava a alma flamenga no Fla-Flu da lambretinha)
2004
Campeão da poeira desaba após trágico Santo André. Acabou o dinheiro, mas caro Dimba chega. Caos e rebaixamento na porta. Andrade salva.
Nome: Felipe
Jogo: Flamengo 4-3 Fluminense (virada antológica que catapulta o Flamengo à conquista de um improvável Estadual)
2005
Penúria no clímax. Cartilha, adrianinhos, time de Série B. Mas atores improváveis se unem e o milagre da salvação acontece no gol de Obina.
Nome: Renato Abreu
Jogo: Flamengo 0-3 Olaria (No Maracanã, uma das derrotas mais deprimentes da história do Flamengo. Mas é o natural resultado de um treinador deslumbrado e de um time medíocre)
2006
Começa o resgate. Bom time ganha Copa do Brasil sobre o eterno vice. Depois, brinca de pão de queijo no Brasileiro. Obina, o anti-ídolo.
Nome: Obina
Jogo: Flamengo 2-1 Ipatinga (jogo tenso, recentes fantasmas afloram. A vitória abre caminho para a Copa do Brasil e para o fim dos anos de chumbo)
2007
Campeão nos penais sem vencer clássico. Brasileiro: Joel vai da lanterna à América. Torcida enfim de volta dá a mão. Onde estiver, estarei.
Nome: Joel Santana
Jogo: Flamengo 1-0 São Paulo (os campeões foram os paulistas, mas o time do campeonato foi o Flamengo. Essa vitória sensacional mostra o motivo)
Campeão do Créu causa chororô. Cabañas, empáfia e tragédia bíblica. Hexa é sonho, mas ainda não é a hora. Ano intenso, de glórias e vexames.
Nome: Kléber Leite
Jogo: Flamengo 0-3 América-MEX (derrota surreal com tintas de bizarro expõe todo o amadorismo do Flamengo e marca um ano e um elenco)
2009
Cuca esboça time, é tri e escorraçado. Treinador interino, imperador infeliz e veterano tri se unem. Dá certo. Brasil aos pés. Hexa, êxtase.
Nome: Adriano
Jogo: Atlético-MG 1-3 Flamengo (em espécie de “final antecipada”, Flamengo faz partida perfeita e se impõe ao velho freguês)
2010
Império do Amor não resiste à ressaca do hexa. Chatuba, orgias e goleiro criminoso dão o tom. Zico, heroi ferido. Clube volta ao caos.
Nome: Bruno
Jogo: Flamengo 2-3 Universidad-CHI (time chega atrasado ao estádio porque ônibus mudou a rota. Frio, é derrotado e, em última análise, eliminado. Símbolo pleno dos “novos tempos”)
2011
Ronaldinho Gaúcho: Flamengo é Flamengo. Bonde sem freio, campeão invicto e bom Brasileiro. Hepta perdido em detalhes. Vila Belmiro, o sonho.
Nome: Ronaldinho Gaúcho
Jogo: Santos 4-5 Flamengo (Neymar e Ronaldinho duelam em noite mágica. Ciranda de gols e emoções num dos maiores jogos da história)
2012
Chega a conta. Sem salário, Ronaldinho morcega e se manda. Emelec. Flamengo, imagem no chão. Mas de parquinho novo. Fim do ano, o basta.
Nome: Patrícia Amorim
Jogo: Flamengo 3-3 Olimpia-PAR (do olé à decepção em poucos minutos. Retrato de um time omisso, mal dirigido e desinteressado)
2013
A esperança azul patina em começo difícil. Time barato é desprezado por treinador-estrela. Mordido, broca e é tri do Brasil. Torcida abraça.
Nome: Elias
Jogo: Flamengo 1-0 Cruzeiro (time e torcida dão as mãos e derrotam adversário temido. Gol no fim abre caminho para o tri)
2014
Estadual polêmico sobre o Vasco (de novo) não atenua Libertadores. Caos, medo. Luxemburgo ressuscita, salva da confusão. Mas final é opaco.
Nome: Vanderlei Luxemburgo
Jogo: Flamengo 2-2 Bolívar-BOL (o duro encontro entre o sonho da goleada e a realidade de ser dominado no Maracanã pelos bolivianos. Ainda falta muito)
