O empolgante duelo entre Flamengo e Vasco, nosso maior rival, com a repetição de mais uma vitória do Mais Querido, mostrou que o Campeonato Estadual não merece ser extinto como querem muitos, porém, racionalizado como também desejam outros tantos. Apenas o rótulo da partida realizada no último domingo foi modificado, pois em nada ficou a dever aos jogos entre as duas equipes valendo por outras competições, o Brasileirão por exemplo, apesar das circunstâncias climáticas, as quais fizeram do campo de jogo um piscinão, depois de R$ 1,34 bilhão investido em mais uma reforma, desta feita, para a Copa do Mundo marcada pelo pedagógico placar de "7 a 1" nos aplicado pelos generosos alemães;
Em meus sonhos de torcedor que tenta se adequar aos novos tempos, essa competição do Rio de Janeiro seria realizada em dois meses, fevereiro e março, com doze clubes divididos em dois grupos (A e B), com seis clubes em cada um, ficando reservadas sete datas para a Taça Guanabara, sendo seis para a disputa normal (A x B) e uma para a final entre os primeiros colocados de cada lado e seis datas para a Taça Rio, com cinco rodadas dentro de cada grupo (A x A e B x B) e mais uma final obedecendo a critérios idênticos aos da Taça GB. Restariam as duas últimas datas para os dois jogos finais entre os campeões do Primeiro e Segundo Turno, finalizando-se o campeonato num total de quinze datas;
Eis um campeonato enxuto, contendo no mínimo quatro partidas com altíssimo teor emotivo e que manteria a tradição da disputa, bem como os clássicos que são a razão da sua existência e ainda prepararia os times para o restante da temporada quando são disputadas as competições nacionais e internacionais, que valem ouro para todos e os levam a algum lugar, lembrando que o Estadual exaure-se em si mesmo;
Enquanto não acordo e deixados os vices novamente para trás, creio que só fatores extraordinários serão capazes de impedir o Flamengo de chegar às semifinais do Carioca, faltando quatro rodadas para o final da fase classificatória, tendo pela frente as equipes do Bangu, Bonsucesso, Fluminense e, para fechar, o Nova Iguaçu na última rodada;
Hoje é a vez e hora do Bangu, mais um vez no Maracanã, numa partida que me parece será dominada pela monotonia, daquelas que aparecem depois de vencidos os grandes clássicos. O Flamengo tem que dominar a ressaca e vencer o jogo, apesar dos vários desfalques por lesão, suspensão e convocação do zaqueiro Bressan, que fez o caminho mais curto para a seleção ao vestir o manto sagrado;
Só a vitória nos interessa. E para não perder a viagem: Gol neles, Mengão!
SRN!