Salve, Buteco! Toma conta do Buteco e da FlaTwitter o debate a respeito da qualidade do time. Não são pouc@s @s que pensam que o time vence sem convencer. Não deveria o time vencer adversários como Macaé, Madureira, Volta Redonda, Resende, Friburguense, Boavista e Tigres com maior facilidade? E o Botafogo? Não é um time recém-rebaixado para a Série B e notoriamente com poucos recursos para investir, se comparado com o próprio Flamengo e outros clubes grandes brasileiros? A qualidade dos adversários tem um peso nessa avaliação, mas penso que mais importante do que isso é observar o que o time está criando dentro das quatro linhas. Para o fluminense Macaé (Série B) e o carioca Madureira (Série C) há em outros estaduais importantes equipes do mesmo nível, como é o caso do Brasil de Pelotas/RS, da Caldense/MG ou do Mogi Mirim/SP, apenas para mencionar alguns exemplos de equipes bem colocadas em seus respectivos certames. O fato desses times endurecerem algumas partidas contra equipes grandes não deve ser motivo de espanto. Em todo lugar, até mesmo no maior centro futebolístico mundial, que é a Inglaterra, vemos exemplos do gênero ocorrer a todo instante (nesse final de semana o Burnley venceu o Manchester City). Difícil seria imaginar o Macaé, o Madureira, o Brasil de Pelotas, a Caldense ou o Mogi Mirim disputando o Brasileiro de pontos corridos e se classificando para a Libertadores. Os estaduais criam situações especiais, únicas e distorcidas, e que por isso mesmo não devem gerar interpretações definitivas, seja para o bem, seja para o mal, o que, porém, não soluciona a nossa dúvida: afinal de contas, por que o Flamengo não tem convencido?
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Analisando todos os jogos disputados na temporada 2015, duas das vitórias mais expressivas (São Paulo e Vasco da Gama) e os placares mais elásticos (Barra Mansa e Cabofriense) contaram com a formação mais ofensiva, com dois volantes e um meia; já a formação com três volantes passou a ser utilizada a partir do confronto contra o Madureira, até aqui a mais forte das equipes de menor investimento, e teve seus melhores momentos na atuação contra o Brasil de Pelotas fora de casa, pela Copa do Brasil, e no primeiro tempo contra o Botafogo, quando o Flamengo teve amplo domínio territorial e posse de bola, até que uma substituição de Luxemburgo no intervalo permitiu ao Botafogo "acordar" na partida. A formação mais ofensiva teve seus momentos de dificuldade e até de sufoco, casos dos confrontos contra Macaé, Resende, Volta Redonda e segundo tempo contra o Botafogo (entrada de Arthur Maia, que jogou bem, e deslocamento de Márcio Araújo para a ponta), como também os teve a formação com três volantes, contra o Madureira.
Luxemburgo, por ora, parece mais propenso a utilizar a formação com três volantes. Vejo um problema no fato de Márcio Araújo, apesar de se movimentar bem ofensivamente e se infiltrar com velocidade nas defesas adversárias, não conseguir dar sequência às jogadas por não possuir um bom passe e por isso se mostrar ineficiente na armação, além das conclusões. Para essa formação funcionar, os volantes devem ter qualidade. Acho que Canteros tem, mas sozinho, e sobrecarregado, exagera nos passes que Márcio Araújo não pode executar, e com isso cria-se um problema sistêmico, com reflexos no isolamento dos atacantes e em poucas chances de gol criadas, apesar do elenco ter pontas velozes e com qualidade superior à média dos clubes brasileiros na atualidade. Por outro lado, na parte defensiva os três volantes em tese não poderiam ceder tantos espaços como têm ocorrido em certos momentos, algo que nosso treinador precisa para ontem corrigir. Aliás, quem disse que esse time pode abandonar a política do saco de cimento?
Já a formação com o meia, cujas alternativas são Arthur Maia e Lucas Mugni, tem como ponto negativo a própria inexperiência em clubes grandes e a juventude dos jogadores, que por isso mesmo oscilam entre ótimos momentos e outros apagados. Com apenas 22 (vinte e dois) anos, vindo de um pequeno centro e já apresentando um futebol razoável, acho que Arthur Maia pode ser um bom reserva para esse elenco; já Lucas Mugni (23 anos) precisa ter personalidade para vencer as vaias e a afobação. Ambos precisarão de tempo e ir entrando aos poucos, como tem ocorrido. Outro fator que deve ser considerado na opção pelo esquema mais ofensivo é a contusão de Éverton, na minha opinião o segundo jogador mais importante do time, depois de Marcelo Cirino. Com Anderson Pico ainda recuperando o ritmo de jogo após um mês de inatividade, o resultado é o setor esquerdo do time bastante comprometido. E é bom lembrar que as vitórias contra São Paulo e Vasco da Gama, além das goleadas, ocorreram todas com Éverton em campo e antes da contusão de Pico, o que me traz a dúvida a respeito de qual será a formação que Luxemburgo escolherá quando tiver todos os jogadores a sua disposição, inclusive Paulinho, sem dúvida uma agradável novidade nesse contexto.
Falando em Paulinho, foi interessante observar sábado, contra o Tigres do Brasil, que, jogando já com ele no lugar de Alecsandro e com Gabriel também em campo, Cirino marcou dois gols em jogadas de contra-ataque muito bem articuladas. Quando Éverton estiver plenamente recuperado o Flamengo terá um contra-ataque mortífero se os quatro forem escalados juntos - Éverton, Gabriel, Cirino e Paulinho. @s amig@s acham essa formação viável?
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Semana cheia, com dois confrontos importantes: jogo de volta contra o Brasil de Pelotas, no Maracanã, pela Copa do Brasil na quarta-feira, onde penso que não pode haver desatenção, e clássico domingo contra um Vasco da Gama que certamente entrará em campo desesperado para encerrar o tabu que tanto lhe incomoda. Fortes emoções pela frente. Palpites?
Bom dia e SRN a tod@s.