Que tal se o amigo rubro-negro, acionista ou sócio-proprietário de uma empresa, dirigida por uma gestão temerária traduzida em práticas amadorísticas e perdidas no tempo e no espaço, sabe que o prejuízo futuro, logo ali na frente, de suas atividades é tão certo quanto o dia 31 de dezembro fechar este ano?
Certamente, uma assembléia extraordinária seria imediatamente convocada com o objetivo de mudar os procedimentos ou providenciar o impedimento do presidente escolhido através da opção da maioria dos eleitores na eleição recentemente realizada. Afinal, dinheiro não brota do chão nem cai do céu e as contas chegam no fim do mês para serem pagas ou perde-se o crédito no mercado;
Ah, sim, isso é preocupante para o mandatário se ele estiver submetido a uma legislação que lhe cobre responsabilidades civil e criminal, inclusive, com a penhora dos seus bens pessoais para ressarcir os danos causados a terceiros. Como nos clubes de futebol esse instrumento é mera peça de ficção, vale tudo para satisfazer picuinhas infantis na condução de campeonatos que perderam o bonde da história;
Realizar prejuízos é o que menos importa, o débito vai para o passivo sem fundo a ser zerado, quem sabe, pelo perdão federal. Está de bom tamanho um secular clássico entre Vasco e Fluminense contabilizar um público presente menor que o da partida do Botafogo contra o Nova Iguaçu no dia anterior, valendo pela mesma rodada. O placar das arquibancadas ficou em 8.658 x 12.785 torcedores presentes aos espetáculos. O primeiro, "jenialmente" programado e realizado no Engenhão do Pan-Americano de 2007, com capacidade liberada para menos de 20 mil pessoas, e o outro jogado no Maracanã da Copa do Mundo de 2014;
Aliás, para fazer justiça, lindos e modernos equipamentos esportivos para a prática do futebol. A lamentar o fato de que ainda não inventaram um jeito de progredir na vida mudando as estruturas sem modificar o homem. Eis a questão e pego uma carona no velho Shakespeare para pensar na Copa do Brasil, competição de boas recordações para a torcida do seu Tri-Campeão, o grande Flamengo;
Como adversário, o time do Brasil de Pelotas, que goza atualmente de boa fama e esbanja otimismo por jogar em seus domínios, alimentado pelas letras da imprensa gaúcha. O último resultado do Flamengo bem como sua fraca atuação contra o Madureira no Estadual do Rio de Janeiro não me iludem negativamente, considerando que uma boa ou má atuação nem sempre é referência para a partida seguinte em outro campeonato;
O que me preocupa, na realidade, é a ausência do rápido Éverton para a sequência da saída de bola nos contra-ataques, fator importante quando se joga contra tudo e contra todos, além da preocupação permanente face o time rubro-negro não dispor de um meia criativo, pensador e clarividente, e de um centro-avante com fome de gols, apesar dos modernistas pregarem que essas peças não são mais necessárias num time de futebol. Há o rodízio, dizem alguns, e o importante é chegar na área para concluir, clamam outros. No dia em que tivermos seis craques do meio de campo pra frente, eu me engancharei nessa corrente;
Seja como for, que os deuses do futebol iluminem o Flamengo em Pelotas para voltarmos dos campos sulinos com uma vitória.
SRN!