Bom dia amigos do Buteco,
venho hoje tentar suprir a ausência do ilustre Carlos Mouta que retorna normalmente na
semana que vem.
Esses últimos dias tem sido
duros para mim como torcedor, o gosto de fim de festa ainda não passou e a partida
inaceitável e vexatória contra o Atlético Mineiro, pela semifinal da Copa do
Brasil, ainda não foi totalmente digerida.
Porém não há nada que possamos
fazer quanto a isso e só nos resta olhar para o futuro, o que me remete a recém
anunciada renovação com o Vanderlei Luxemburgo para ser o treinador do Flamengo
no ano de 2015.
Admito que o time teve uma
subida de produção com ele e que o cara tem participação importante na
expressiva melhora de alguns atletas como Everton, Gabriel e Nixon, dentre outros.
Sim, o Luxemburgo tem méritos
inegáveis na melhora do time e não os nego.
O que sempre me incomodou
desde a sua contratação é que ele não é o perfil de treinador que uma gestão
que sempre defendeu a ética, a modernidade, o trabalho em equipe, a transparência,
deveria contratar.
“Ah, mas o momento pedia uma
atitude desesperada, o time ia cair”.
Não, não ia cair mas entendo o
ponto. Ok, que trouxessem o Luxa então mas precisavam renovar com ele?
Um cara que já disse diversas
vezes que tem aspirações políticas no Flamengo, que é próximo de atores
políticos do clube que a torcida e o sócio não querem ver de volta no poder,
que se mete em todas as áreas do clube como se fosse um expert em
tudo ligado ao conhecimento humano, que elogia o presidente do adversário
depois de tomar uma goleada desclassificante na qual ele mesmo teve grande
parcela de culpa, etc?
É esse o Flamengo que
queremos? Um clube que se orgulha em dizer que está na primeira divisão como se
isso fosse uma grande vitória?
Por que esse é o projeto que o
Luxa defende desde que chegou, mesmo que desde a 15ª rodada, em 15 de agosto, o
Flamengo tenha saído do Z4 para nunca mais voltar.
Se alguém ainda não percebeu,
vou deixar o mais claro possível: acho o Luxemburgo um grande erro do departamento
de futebol, um erro que deu certo.
Tenho por ele a mesma gratidão
que tenho pelos outros oitocentos e cinquenta treinadores que já salvaram o
Flamengo de situações em que o rebaixamento era uma possibilidade, mas é só.
Finalmente, até espero um ano
de 2015 melhor que o atual, por ser o Luxemburgo um treinador acima da média no
que é um momento péssimo dos treinadores brasileiros, por ter o Flamengo
algumas peças no elenco que podem ser a base de uma equipe interessante e por
que o clube vem fazendo um ótimo trabalho na parte administrativa, que vai se
refletir cedo ou tarde no futebol, mas os prós que o Luxemburgo tem não são
suficientes para apagar os muitos contras.