Irmãos flamengos,
vivemos uma noite muito sofrida na
quarta-feira passada.
A eliminação, por si, já seria um grave
problema, ante a grandeza do Flamengo e a vantagem alcançada no Maracanã.
Mas a forma como ocorreu a derrota é
inadmissível.
Vários erros determinaram o resultado infeliz.
Em primeiro lugar, o gol tomado ainda no
primeiro tempo. Um gol bobo, ridículo, quando o adversário estava completamente
entregue em campo.
No estádio, só se ouvia a torcida do
Flamengo, que fez o Mineirão tremer como se fosse o Maracanã. Todas as vezes em que eles revirem o jogo, terão de ouvir a torcida do Flamengo cantando mais alto e com mais amor.
Mas, numa jogada despretensiosa, um
cruzamento da intermediária sem praticamente nenhum perigo, a falha coletiva da
equipe permitiu ao adversário empatar a partida.
Falharam Wallace, que estava na primeira
trave, e a quem caberia despachar a bola, e Paulo Victor, que, se saísse do gol,
seguramente conseguiria agarrá-la. Tanto que o jogador que fez o gol, de
dentro da nossa pequena área, teve de se abaixar para empurrar a bola.
Depois, já no segundo tempo, com o time
excessivamente recuado, o Eduardo da Silva resolveu, numa jogada em que teria
todas as condições de puxar um contra-ataque fulminante para o Flamengo, executar
um autêntico passe de balé. Dessa irresponsabilidade indesculpável surgiu o
segundo gol deles. Aliás, que partida horrorosa, medonha, fez o Eduardo da Silva.
A pior, desde que chegou ao Flamengo.
E, para determinar de vez a “noite das
cagadas”, o Vanderlei Luxemburgo achou por bem dar a sua contribuição. E que
contribuição!
No contexto do jogo, tudo indicava que ao
Flamengo bastaria encaixar um contra-ataque certeiro para liquidar de vez a
fatura. O adversário jogava com a zaga bastante adiantada, em linha, sem
preocupações defensivas.
O contra-ataque em velocidade era a
jogada ideal para o Mengão. Nosso primeiro gol foi assim. Todos viam isso.
Todos menos o Luxemburgo. Ao colocar em
campo Luiz Antonio, Elton e Matheus, ele simplesmente decretou qualquer impossibilidade
do Flamengo incomodar o adversário. Substituições incompreensíveis, que
tornaram o time mais lento do que já estava. Lamentável.
Para encerrar o show de horrores, o
Vanderlei Luxemburgo, na entrevista pós-jogo, foi no mínimo deselegante para
com a diretoria do Flamengo. Se a questão do futebol carioca, como ele citou, é
a falta de estrutura, então o Flamengo está no caminho certo, pois terá um
Centro de Treinamento de excelência em 2015.
No mais, é preparar a barca, que deverá
zarpar cheia, para o final do ano. O time do Flamengo tem uma base, que precisa
ser preservada, mas é muito pouco ante as necessidades do elenco. Em várias
posições, não há substitutos à altura dos titulares.
Eu consideraria seriamente analisar o
custo-benefício de atletas de mais idade, como Leonardo Moura, Chicão e
Alecssandro.
Quanto a Luiz Antonio, Elton, Muralha,
Amaral e muitos outros, está claro que o melhor é que cada um siga o seu
caminho.
Malgrado a triste noite, o amor pelo
Flamengo, por incrível que pareça, amanheceu mais forte e intenso.
Quero a desforra!
...
Abraços, Saudações Rubro-Negras e bom
fim de semana a todos.
Uma vez Flamengo, sempre Flamengo.