sábado, 8 de novembro de 2014

Noite de Horrores





Irmãos flamengos,

vivemos uma noite muito sofrida na quarta-feira passada.

A eliminação, por si, já seria um grave problema, ante a grandeza do Flamengo e a vantagem alcançada no Maracanã.

Mas a forma como ocorreu a derrota é inadmissível.

Vários erros determinaram o resultado infeliz.

Em primeiro lugar, o gol tomado ainda no primeiro tempo. Um gol bobo, ridículo, quando o adversário estava completamente entregue em campo.

No estádio, só se ouvia a torcida do Flamengo, que fez o Mineirão tremer como se fosse o Maracanã. Todas as vezes em que eles revirem o jogo, terão de ouvir a torcida do Flamengo cantando mais alto e com mais amor.

Mas, numa jogada despretensiosa, um cruzamento da intermediária sem praticamente nenhum perigo, a falha coletiva da equipe permitiu ao adversário empatar a partida.

Falharam Wallace, que estava na primeira trave, e a quem caberia despachar a bola, e Paulo Victor, que, se saísse do gol, seguramente conseguiria agarrá-la. Tanto que o jogador que fez o gol, de dentro da nossa pequena área, teve de se abaixar para empurrar a bola.

Depois, já no segundo tempo, com o time excessivamente recuado, o Eduardo da Silva resolveu, numa jogada em que teria todas as condições de puxar um contra-ataque fulminante para o Flamengo, executar um autêntico passe de balé. Dessa irresponsabilidade indesculpável surgiu o segundo gol deles. Aliás, que partida horrorosa, medonha, fez o Eduardo da Silva. A pior, desde que chegou ao Flamengo.

E, para determinar de vez a “noite das cagadas”, o Vanderlei Luxemburgo achou por bem dar a sua contribuição. E que contribuição!

No contexto do jogo, tudo indicava que ao Flamengo bastaria encaixar um contra-ataque certeiro para liquidar de vez a fatura. O adversário jogava com a zaga bastante adiantada, em linha, sem preocupações defensivas.

O contra-ataque em velocidade era a jogada ideal para o Mengão. Nosso primeiro gol foi assim. Todos viam isso.

Todos menos o Luxemburgo. Ao colocar em campo Luiz Antonio, Elton e Matheus, ele simplesmente decretou qualquer impossibilidade do Flamengo incomodar o adversário. Substituições incompreensíveis, que tornaram o time mais lento do que já estava. Lamentável.

Para encerrar o show de horrores, o Vanderlei Luxemburgo, na entrevista pós-jogo, foi no mínimo deselegante para com a diretoria do Flamengo. Se a questão do futebol carioca, como ele citou, é a falta de estrutura, então o Flamengo está no caminho certo, pois terá um Centro de Treinamento de excelência em 2015.

No mais, é preparar a barca, que deverá zarpar cheia, para o final do ano. O time do Flamengo tem uma base, que precisa ser preservada, mas é muito pouco ante as necessidades do elenco. Em várias posições, não há substitutos à altura dos titulares.

Eu consideraria seriamente analisar o custo-benefício de atletas de mais idade, como Leonardo Moura, Chicão e Alecssandro.

Quanto a Luiz Antonio, Elton, Muralha, Amaral e muitos outros, está claro que o melhor é que cada um siga o seu caminho.

Malgrado a triste noite, o amor pelo Flamengo, por incrível que pareça, amanheceu mais forte e  intenso.

Quero a desforra! 



...
Abraços, Saudações Rubro-Negras e bom fim de semana a todos.

Uma vez Flamengo, sempre Flamengo.