Bom, dia, amig@s do Buteco! O Flamengo sofreu ontem, em Curitiba, mais uma derrota da série "plenamente evitáveis". Não que ao adversário tenha faltado mérito e não que seja factível exigir de qualquer equipe, muito menos dessa, a perfeição, mas há erros e erros, se é que vocês me entendem... Vanderlei Luxemburgo tem pregado uma postura consciente por parte do elenco, de reconhecimento das próprias limitações, de modo a que a equipe em campo se porte de forma solidária, engajada e atenta. E acho que tem sido bem sucedido nesse propósito. Mas ontem três coisas, basicamente, não deram certo: o setor defensivo direito, falhas individuais, perfeitamente evitáveis, e a leitura do nosso treinador sobre o jogo, que resultou em duas substituições totalmente sem sentido no segundo tempo.
O time teve de dez a quinze minutos de domínio no início da partida. Os volantes Cáceres e Luiz Antonio apareceram na frente para tabelar, o time tocou bem a bola, criou chances e abriu o placar com naturalidade. Depois veio o recuo e a pressão do Atlético/PR. O setor defensivo estava tão frágil e desprotegido que, no lance do primeiro gol, Anderson Pico, que alternava as funções de terceiro zagueiro pela esquerda e lateral esquerdo, estava como zagueiro pela direita, onde deveria estar Marcelo. Em meio a esse tumulto Delatorre encontrou espaço para concluir e Cléo, dentro da pequena área, para marcar na sobra. A avenida na lateral direita continuou e em mais um espaço deixado por Léo Moura Marcelo cometeu um pênalti infantil e absurdo em seu xará atleticano, levando ao segundo gol do Furacão. Talvez a torcida do Flamengo reflita um pouco antes de aplaudir Marcelo em situações como sua expulsão, também infantil, contra o América/RN, na última quara-feira pela Copa do Brasil. Os problemas defensivos no setor direito têm natureza crônica nessa equipe, porém não justificam, mas ao contrário exigem maior responsabilidade e atenção da zaga.
Veio o segundo tempo e com ele três substituições de Luxemburgo: Nixon no lugar de Eduardo da Silva, que tinha pouca mobilidade em campo, o que pareceu lógico e sensato; João Paulo no lugar de Anderson Pico, o que pareceu absolutamente desnecessário e extravagante, eis que o rechonchudo novato não comprometia na lateral esquerda, e Muralha no lugar de Cáceres, o que pode ser comparado, basicamente, com trocar um ferrolho por um cordão de seda. Seguiram-se então situações curiosas: Delatorre, que vinha criando uma situação de gol após a outra pelo setor direito da nossa defesa, foi substituído logo após ser desarmado por Muralha. E seu substituto, Douglas Coutinho, passou a atacar pela esquerda e criar os mesmos problemas que existiam no setor direito. Sinto-me então na obrigação de indagar se não teria sido melhor reforçar o setor direito...
Enfim, uma tarde infeliz por parte de Luxemburgo e de alguns de nossos jogadores. Mas houve quem se destacasse: Canteros foi novamente excelente; Everton, principalmente, e Gabriel fizeram muito boa partida e Paulo Victor impediu um placar mais elástico.
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É normal que a equipe esteja com a cabeça nas semifinais da Copa do Brasil, inclusive antes da derrota de ontem. Porém, também é importante lembrar que, ressalvada uma ainda distante possibilidade de termos um "G4 flutuante", ou seja, com Cruzeiro vencendo o Brasileiro e a Copa do Brasil e/ou o São Paulo vencendo a Sul-Americana, o Flamengo ainda tem ao menos um importante papel nesse Campeonato Brasileiro, que é garantir o quanto antes a permanência na Série A em 2015. A Copa do Brasil, como é natural de seu perfil, tem apresentado verdadeiras batalhas as quais, para o Flamengo, já resultaram em duas baixas importantes e que serão muito sentidas: Paulinho e Alecsandro. É preferível, então, que o time atinja a "Zona de Conforto" o quanto antes. Nessa semana terá duas boas oportunidades para ficar muito próximo dessa situação: Internacional no Maracanã e Botafogo em Manaus.
O Internacional, apesar da boa colocação na tabela, oscila principalmente fora de casa; já o Botafogo vive péssimo momento, o que inclusive recomenda todo o cuidado por conta da tradição e do aspecto emocional que marca o clássico, mas são dois jogos nos quais o Flamengo pode perfeitamente somar seis pontos e, com isso, iniciar as semifinais da Copa do Brasil absolutamente tranquilo. Basta relembrar o retrospecto: Abel Braga é freguês de caderno do Luxa e o Botafogo, principalmente em Brasileiros, é nosso freguês preferencial, e em Manaus a torcida será mais uma vez maciçamente a favor do Mais Querido.
Como se tudo isso não bastasse, acho importante o time somar seis pontos para entrar nas semifinais da Copa do Brasil confiante, embalado e em ritmo de decisão. Ficam então os pedidos para que os pensamentos do grupo não se dispersem durante essa semana, até porque o time tem muito a melhorar, inclusive por conta dos desfalques, e um especial para o Nixon desencantar contra times grandes nessas semifinais. Que tal começar os trabalhos já na próxima quarta-feira?
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É hora de utilizar o elenco com inteligência. Quarta-feira, penso, é dia de entrar com força máxima e conquistar três pontos. Já no sábado vejo como primordial a providência de poupar os laterais Leonardo Moura e João Paulo para o confronto contra o Atlético/MG. Eduardo da Silva é outro que precisa ser utilizado na medida certa. O que @ amig@ do Buteco pensa a respeito? Como melhorar o ataque? Como de praxe, mandem suas escalações para o jogo contra o Internacional, quarta-feira, as 19:30h, no Maracanã, uma projeção para sábado e, é claro, suas opiniões a respeito da partida de ontem.
Bom dia e SRN a tod@s.