Os responsáveis pelo basquete do Flamengo merecem muitos parabéns pelo show de competência na gestão da modalidade, o que levou o time a ganhar todos os títulos que disputou nos últimos 20 meses, culminando com a conquista do inédito Campeonato Mundial sobre o poderoso Maccabi, na inesquecível manhã do último domingo;
A transformação de uma situação insustentável, por falta de patrocínios e salários atrasados, para a atual condição superavitária demandou trabalho árduo, transpiração e inspiração, razão do sucesso obtido reconhecido internacionalmente até pelos surpresos adversários, que não se cansaram de elogiar a ótima performance rubro-negra;
Fica o exemplo para os demais departamentos do clube, especialmente o de futebol, que claudica para manter-se simplesmente longe da temível Zona de Rebaixamento do Campeonato Brasileiro, sem dar, sequer levemente, à torcida o direito de sonhar com a parte de cima da tabela e uma possível classificação para a disputa da Taça Libertadores de 2015;
Interessante a tendência do Flamengo em relutar a "fugir da confusão", como é chamado pelo treinador Vanderlei Luxemburgo o G-4 do mal. Nos últimos jogos disputados em condições ideais para vencê-los, tratou de jogar pontos de ouro na lixeira e voltar perigosamente para perto da "fogueira", brincando com fogo tal qual um inocente menino e submetendo-se à pressão vinda por todos os lados para vencer o Santos, no próximo sábado, no Maracanã. Daí que lá vem o estresse de novo, o combustível que fornece energia para as vitórias no futebol há alguns anos;
Por isso, embora Luxemburgo tenha afirmado que vai usar um time misto contra o América-NT, em partida válida pela Copa do Brasil na noite de hoje, eu gostaria que o time titular fosse utilizado, pois o Flamengo tem sido refratário ao bom senso ditado pelos preparadores físicos e fisiologistas ao obter bons resultados nos limites das forças de seus jogadores, empurrados por sua massa de torcedores. Se gostam assim, que seja dessa forma com a corda completamente tensionada;
Como torcedor, já atingi a minha fronteira de paciência de ver o atual time perder o foco quando se afasta do perigo para, a seguir, fazer o caminho inverso voltando para junto dele.
SRN!
