Buongiorno, Buteco! Não nego, há um clima, um cheiro de 2007 ou de 2009 no ar. Não exatamente em relação ao resultado final de uma reação que inevitável e certamente ocorrerá no Campeonato Brasileiro de 2014, mas talvez porque virou quase uma característica do Flamengo ser esse time bipolar, essa fênix que ressurge do nada, desafia todos e qualquer prognóstico minimamente razoável, e alcança as mais altas façanhas. Não, o Flamengo não vai cair. Se havia alguma dúvida, ela se foi ontem. Não vai cair porque o time, a toda evidência, caminha para se acertar taticamente em campo, o elenco não está entre os dez piores e há uma inegável sinergia entre a torcida, os jogadores e o treinador. Mas para muitos essa certeza de não cair, como poeira ao vento, não só se foi, sem volta, como não é mais suficiente. Sugiro cautela. Há uma Copa do Brasil pela frente, o elenco continua tendo carências em algumas posições e, comparando com anos anteriores, não há os jogos atrasados e os reforços de 2007 ou tampouco os jogadores decisivos e capazes de desequilibrar do time de 2009. E, por fim, acabamos de sair da lanterna faltando cinco jogos para o final do primeiro turno, sendo a distância, atualmente, de treze pontos para o G4 e de dezessete para o primeiro colocado.
Um dia de cada vez. A reação virá, mas talvez seja o caso de não esperar tanto dela ou desse ano, e sim do que pode ser construído para o ano que vem.
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Vejo um Luxemburgo diferente nesta quarta passagem pelo Flamengo. Como disse outro dia durante os comentários, esperava de Ney o que Luxa fez: assistiu às partidas da Copa do Mundo, fotografou, fez anotações, estudou, mostrou-se empolgado. Ney foi à Disney. O que causa essa mudança em Luxemburgo? O que ocorrerá na passagem de ano, quando houver a reformulação do elenco para 2015? E se Luxemburgo conquistar algum sucesso, como passará a se comportar? Repetirá os erros dos últimos anos ou está disposto a retomar o sucesso da década de 90 e início do Século XXI? Quanto tempo durará o calmo e regenerado Luxemburgo?
Acho que não é o caso de retirar a vigilância sobre Luxemburgo e de fazer planos para o futuro, e nem de sermos preconceituosos com seu trabalho por conta de erros passados. Um dia de cada vez.
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Esse é o Flamengo. Incapaz de ser calmo, pacífico, sereno. Acho que é o momento, porém, de contrariar a natureza do clube, de vivermos um dia de cada vez e vermos o que acontece. A Diretoria, que é novata no ramo e erra em alguns aspectos qualitativos na gerência do futebol, precisa aprender a tomar decisões com menos emoção e sem ceder a pressões. Ilusão pretensiosa ou aspiração possível?
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Após um primeiro tempo difícil, contra o então quinto colocado, melhor postado em campo e contra-atacando com perigo, o Flamengo foi senhor das ações no segundo tempo, encurralando o adversário, que não teve forças ou espaços para atacar ou contra-atacar. Canteros e posteriormente Eduardo da Silva inegavelmente aumentaram a qualidade da equipe. Vejo três interrogações para o jogo do próximo domingo, contra o Coritiba, no Couto Pereira, e passo a bola para vocês responderem: quem escalariam no lugar de Cáceres, suspenso - Amaral, Márcio Araújo, Recife ou Muralha? Acham possível o time ser escalado com Éverton, Eduardo da Silva, Paulinho e Alecsandro? Qual seria a melhor posição para Eduardo da Silva quando estiver fisicamente apto para começar jogando?
Bom dia e SRN a tod@s.