quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Calúnia do Rúbio Negrão

Era uma família perfeitamente ajustada: um filho era vascaíno, o outro era assumido, ou seja, tricolor. A mãe era americana (e bota “era” nisso...), e pra completar o desencanto, o pai, a cabeça supostamente pensante da bagaça, era botafoguense.

De modo que naquela casa poderia até faltar pão, mas recalque ali jamais faltaria. Desnecessário e redundante dizer, pois, para onde fluía tamanho rancor, porque além da pura inveja do Flamengo, outros traumas faziam parte do quadro clínico de cada enfermo.

Cenão vejemos e erremos: só o Pelé sozinho meteu mil gols no Vasco. Ponto.

O Botafogo teve Garrincha justo quando o Santos teve Pelé. Ponto.

Quer mais?

O pai sofria muito para colocar comida naquela mesa. Nem tanto pelo parco salário, que, como única vantagem, jamais lhe deixava estressado com nada relativo ao serviço. Sofria, principalmente, por causa das gozações dos colegas de trabalho, torcedores daquele time topo de cadeia alimentar, que, por ironia, trabalhavam numa empresa vagabunda, topo de cadeia falimentar. E levava as humilhações pra casa junto com a bisnaga que comprava na esquina.

A mãe era do lar. Não, não trabalhava com câmbio. Era só “do lar” mesmo. Lavava, passava, cozinhava, lustrava, e, nisto ela era boa pakarai, envelhecia a olhos vistos. 

O caçula até que estudava numa faculdade dessas aí, de onde se sai direto pra cadeia por algum erro profissional que nenhum professor se lembrou de mencionar, e o filho mais velho vivia no banheiro, não por desarranjo intestinal, mas por uma cãibra que acometia sua perna esquerda sempre que se sentava ao vaso sanitário. E quando bate cãibra sentado no vaso, amigo, não dá pra se levantar nem kgando.

Sejemos cinceros e analfabéticos: não bastasse o moral lá no chão, a tal família ainda contava com poucas posses. Eram simples. Um tapetão puído a cobrir o piso já bem desdentado de tacos, e na garagem um fusca 1.300 rebaixado, que só saía pra subir a rua uma vez por ano.

E assim viviam. Sem emoção, cor nem calor. Uma vidinha triste, de espera ansiosa por uma quimera que jamais chegaria: o rebaixamento rubro-negro.

Esperam, esperavam, esperavam...


Duplex Toc Zen

1 - Se na política o Brasil leva o Mercosul nas costas...: Bem que o Cáceres, o Canteros e o Mugni podiam oferecer uma contrapartida em campo, né?! 

2 - DARF: “Deixou Arrecadar, Phodeu.”

3 - E o Botafogo, coitado, que já tava devendo, e muito, à sua torcida...: Agora deu pra dever também aos jogadores.

4 - O maior patrimônio de um clube é a sua torcida: É por isso que o Botafogo vive duro.

5 - Quem foi o trouxa que falou que futebol não tem lógica?: Desde que o Sheik começou a emprestar dinheiro pros outros jogadores, ele nunca mais conseguiu “guardar”.

6 - O time do Vasco vem crescendo tanto na B20...: Que já acredito que no ano que vem subirá pro Z4.

7 - No início do ano, o Luiz Antônio não deu sorte na Justiça Trabalhista: Então, agora desejo a ele todo o sucesso do mundo na Justiça Criminal!

8 - E o Eduardo da Silva, que só atuou uns 45 minutos, já detém uma média de gols recorde pelo Flamengo: 1 gol por tempo de jogo, ou seja, 200% de aproveitamento.

9 - E a cada jogo que passa, o Paulinho vem confirmando que é um jogador de ponta: Ponta esquerda, e olhe lá!

171 - Como assim, não existe o “se” no futebol? Existe, sim, e provo: “Ô, Léo Moura, vai SE phoder!”

11 - O Mengão pode até estar em 3º no Z4: Mas o Asco Cagama tá em 2º na B20.

12 - Twitter Cassetadas da semana (em tempo real só em @rubionegrao)

"Homor seria uma espécie de Humor Gay?" - JeanCarlo@ButecodoMengo 

Um 1º tempo de sonho do Mengão contra o Scort: cheguei até a adormecer.

O time do Flamengo tá bem fechado.
Bem fechado com a incompetência.

O João Paulo só sabe é cruzar. Vou até mandar ele pro meu sítio, porque tô com umas rottweilers no cio lá. Vamos ver se sai algo que preste.

O mais legal é que o Mengão tá saindo da lama com gols LEGAIS, sem pênaltis marotos ou outras jogadas sensacionais de bastidores.

"Campeão brasileiro original de 87 1x0 Campeão brasileiro pirata de 87." - @aafsouzanit 

É, Felipão... Esse negócio de "vamo-lá-porra" funcionava muito no tempo em que jogador de futebol tinha sangue nas veias...

O Júlio César tá pedindo 700 mil de salários? Putz! O cara ficou mesmo com fixação pelo número 7!

"Se esse Flamengo ganhou do Sport, imagina o de 87." - Lu Mattos@ButecodoMengo 

E nada mais faço. Só espero, espero, espero...

(Ás do quinta-colunismo esportivo, Rúbio Negrão, vulgo Rubro-Negão Trolhoso, vulgo RNT, é cria dos juniores do blog da Flamengonet, e aceita doações de camisas oficiais novas do Flamengo no tamanho G.)