quarta-feira, 16 de julho de 2014

Turismo predatório


Generalizar na maioria das vezes é um erro grande que se comete e não o farei. Porém, milhares de torcedores argentinos praticaram o turismo predatório dispensável em qualquer lugar no mundo, atravessando as fronteiras do país sem dinheiro suficiente no bolso, teto e alimentação assegurados;

O Brasil e, em especial, o Rio de Janeiro já têm problemas sociais suficientes com seus moradores de rua para tolerar tal iniciativa acoplada às provocações, desrespeito e agressões sofridas, até por crianças, por parte de inúmeros vândalos que invadiram a cidade nos dias de jogos da seleção Argentina e quis a Providência Divina evitar uma tragédia com resultados imprevisíveis se a final fosse disputada contra o Brasil;

O blogueiro Rica Perrone diz que:"Eu cai no chão na saída do estádio porque 20 deles desceram derrubando a mim e mais 2 senhoras que estavam do meu lado. Eu vi um grupo de argentinos cuspir na camisa de um garoto de 11 anos que se vestia de brasileiro. O pai, quando foi tomar satisfação por ter seu filho cuspido, encontrou 20 deles em bando protegendo o agressor...".

Numa experiência pessoal há exatamente um mês, na noite daquele dia mal iniciada a Copa, um hermano resolveu soltar um morteiro há apenas 8 metros do edifício onde resido com a minha família. A bomba subiu um pouco, fez a curva prevista, chocando-se contra a janela da sala do meu apartamento, quando explodiu espalhando cacos de vidro para todos os lados no interior do ambiente. Considerando que o estúpido fugiu, não sendo possível identificá-lo e, principalmente, o pior não acontecendo no sentido de algum familiar ter ser ferido em consequência do ato bárbaro, relevei a situação e providenciei a troca da peça danificada;

A partir de então passei a observá-los com mais atenção nas ruas de Copacabana, onde se estabeleceram, pois o grupo com vida de mendigo em país alheio não tinha condições financeiras para acompanhar o time do seu país pelas diversas sedes onde atuou e o que constatei ratifica plenamente todas as críticas dirigidas a esse tipo nefasto de visitante;

As ruas da Zona Sul da cidade se transformaram em banheiros públicos dos turistas fedorentos e maltrapilhos, as calçadas em cozinhas ao ar livre, a sujeira proliferou e a bagunça imperou, com raras exceções. A título de exemplo publico o link de uma breve matéria da Folha:

http://www1.folha.uol.com.br/esporte/folhanacopa/2014/07/1485064-argentinos-dormem-no-chao-e-cozinham-em-bancos-da-orla-do-rio.shtml.


E ainda foram mais longe através de atitudes completamente irresponsáveis como a de queimar em vários locais a bandeira brasileira, um dos símbolos nacionais. Admito que dessa vez não ficaria impassível diante de tal abuso e o caso acabaria em briga e dentro de uma delegacia policial, já que meu longo limite emocional-patriótico falaria mais alto, despertando meus recônditos instintos animais;


Enfim, a Copa acabou e os hermanos retornam aos poucos a seu país deixando entre nós uma péssima imagem de como são e como vivem sob a curva da decadência que os assola, ficando visível que as derrotas em todos os setores a que foram submetidos não foram capazes de transmitir-lhes um mínimo de humildade.

Que sigam em paz, mas não farão falta em nossa paisagem.


SRN!