sexta-feira, 20 de junho de 2014

Uma ajuda para o Ney


Uma das coisas mais legais da copa do mundo é a possibilidade de se assistir o confronto e o intercâmbio de estilos e conhecimentos entre as diferentes escolas de jogo. Nessa copa, talvez mais do que nunca estejamos vendo grandes exemplos da mescla de estilos. A mudança efetiva na forma de jogo parece ter chegado mesmo até a escolas tradicionais como a italiana que parece ter abandonado o jogo defensivo partindo para um estilo mais calcado na posse de bola cadenciada sob comando do maestro Pirlo.

Uma outra grata surpresa para mim foi ver o time da Suiça, outrora conhecido como “Ferrolho” buscando a vitória até o final contra o Equador e efetivamente conseguindo vencer aos 48 minutos do segundo tempo. Aliás, essa jogada foi uma das que mais me impressionou até aqui, pelo fato de o jogador ter sido derrubado – violentamente até – mas prosseguido na jogada, que terminou no gol da vitória. Foi um gesto de luta e garra com uma determinação típica das escolas sul-americanas.

Gostaria de chamar atenção também para as diversas mudanças que acontecem durante as partidas. A Holanda vem variando bastante seu estilo de jogo, hora jogando mais compacta atrás como fez contra a Espanha e durante parte do tempo contra a Austrália, e dominando a posse de bola e encurralando o adversário em outros momentos. E não se pode esquecer do técnico preferido da turma do Buteco – e de vários rubro-negros – o comandante da equipe chilena, Jorge Sampaoli, com seu jogo pragmático, intenso e objetivo. Ainda que sua equipe tenha tido alguns problemas contra a Austrália foi possível ver a mesma intensidade daquela La U que trucidou o Flamengo de Luxemburgo e Ronaldinho há alguns anos atrás.

Parando para um momento torcedor de copa, não saberia dizer se será mais difícil para a seleção brasileira enfrentar chilenos ou holandeses nas oitavas de final. Acho o time do Chile mais fraco, mas seu treinador é muito estudioso e já deve saber exatamente o que fazer para tornar o desorganizado time brasileiro presa fácil para sua equipe. Por outro lado, creio que Felipão deva ter calafrios imaginando Robben avançando pela avenida Daniel Alves...

Voltando ao universo rubro-negro, o grande inconveniente da copa para aqueles que gostam do Mais Querido mais até do que do próprio futebol, é o de nos deixar tempo demais sem ver o time jogar e até mesmo quase sem informações a respeito. É verdade que esse ano isso tem sido quase um alívio, mas confesso que a cada dia fico mais tenso pensando no que veremos em campo quando o mundial acabar. Sabemos que nosso elenco pode funcionar – o Jayme conseguiu fazer isso ano passado – com as peças que temos, de modo que depende do Ney escolher uma proposta de jogo e garantir sua execução. Sendo assim, gostaria de perguntar ao amigo do Buteco, que times, formações ou propostas de jogo vocês recomendariam ao nosso treinador dentre o que estamos vendo nas seleções mundiais? É claro que o fundamental na recomendação é ter o bom senso de propor um estilo de jogo que possa ser executado com as peças que temos, sem pensar em contratações mirabolantes.

Abraços a todos e SRN!