Buongiorno, Buteco! Enquanto a Copa do Mundo se encaminha para a sua etapa mais decisiva e o Brasil se classificou a duas penas contra um Chile escalado pelo festejado Sampaoli com três zagueiros, Ney Franco testou o Flamengo contra o Tupi/MG também com um esquema de três zagueiros. Dadas as diferentes circunstâncias, há como comparar uma situação e outra? Logo que o Brasil deu o primeiro toque na bola e depois recuou para a sua zaga, foi possível ver, avançando para exercer a marcação sob pressão, uma linha chilena de três atacantes à frente de outra de linha, com quatro jogadores, que por sua vez se posicionava à frente dos três zagueiros. Costumo dizer que, apesar dos números terem sua importância para conceituar, classificar ou definir um esquema tático, são bastante relativos em face das características dos jogadores. Acredito que Jorge Sampaoli tenha escalado o Chile da melhor forma que encontrou, consideradas as características dos jogadores que compõem o elenco chileno. O fato é que a zaga chilena, composta ao meu ver por jogadores lentos e limitados (basta lembrar que González era titular até ano passado), é bem protegida por sete jogadores a sua frente que jogam de forma muito compacta e solidária, valorizando sobremaneira a posse de bola e dificultando muito as ações dos adversários. Ney pode repetir com sucesso esse desenho tático no Flamengo? Sem dúvida está treinando essa formação (a foto de Pedro Barboza para o Lancenet confirma). Vejamos então as dificuldades que terá.
Acho que o Flamengo tem três zagueiros de um nível que poucas equipes no Brasil conseguem ter - Chicão, Wallace e Samir. Um bom trio. Em compensação, os laterais, que no esquema de três zagueiros se transformam em alas, têm nítidas limitações defensivas. Embora o esquema de três zagueiros seja em tese o ideal para laterais com essa característica, os alas têm funções defensivas, apesar de em outro setor, e no futebol atual a posse de bola com qualidade exige boa forma física que viabilize a manutenção de um ritmo uniforme de jogo durante 90 (noventa) minutos. Além disso, no meio, sejamos francos, tal como o sobrenome de Ney (perdoem-me pelo trocadilho infame), quem o Flamengo tem com capacidade de reter e valorizar a posse de bola, trocando passes com precisão e sem erro? Amaral? Cáceres? Elano? Luiz Antonio parece ser tecnicamente um pouco melhor, mas não é um exímio marcador e oscila de rendimento durante as partidas e temporada. Tudo indica que o argentino Canteros chegará, o que aumentará muito a qualidade do meio. Mesmo assim fica a dúvida: será que a quinzena de treinos foi suficiente para a equipe assimilar a nova forma de jogar? Para jogar em um padrão que justifique a tentativa de compactação do time à frente de três zagueiros?
É difícil falar por ontem. A rigor, os titulares venceram o tempo que jogaram contra o Tupi/MG e os reservas deixaram o adversário virar com três gols em quinze minutos, mais ou menos do meio para o final da segunda etapa. Alguma explicação deve existir para a pane. O fato é que ainda estamos longe do patamar exigido para se jogar com três zagueiros e de forma eficiente.
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Robinho (30 anos), Fred (30 anos), Adriano (32 anos), Kaká (32 anos)... Onde estão e por que não estão na plenitude de suas formas físicas e técnicas os jogadores que deveriam liderar essa seleção? Se comparados com jogadores como Robben (30 anos), Van Persie (30 anos) ou Pirlo (35 anos), suas formas físicas e técnicas decadentes expõem como expressiva parcela dos atletas de ponta do futebol brasileiro são menos profissionais do que seus companheiros de profissão estrangeiros. O tal do Bom Senso FC, repito, é uma via de mão única.
E o Flamengo? André Santos (31) anos, Elano (33 anos) e Leonardo Moura (35 anos) que o digam. Abra os olhos, Diretoria do Flamengo...
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Vocês estão atentos ao mercado, né, Carecas? Contrato do Piatti acabando... Não vão me deixar o Flamengo até o final do ano sem reforços, né?
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Hoje é a minha vez de ir ao Estádio assistir a um jogo da Copa do Mundo. Será que testemunharei uma grande exibição de Benzema e seus compatriotas? Achei até aqui a França pouco falada e muito forte. Vamos ver se confirmo minhas primeiras impressões ou me decepcionarei.
Bonjour e SRN a tod@s!
