terça-feira, 17 de junho de 2014

"Minha Copa", eu Fifa


Livrando a pele de falar de Flamengo no dia de um jogo do Brasil pela Copa do Mundo, vou falar sobre a própria copa. Estou apaixonado por ela, a copa do Brasil. Mesmo não tendo sido “sorteado” pela Fifa e tendo sido bastante crítico a forma de como foi construída pela “dona” do futebol mundial e pelo governo brasileiro. Quando a bola rola, não adianta ficar protestando e cobrando, passou. Agora, depois da copa e com as eleições vindo é sim a hora de voltar pras ruas e cobrar o tinha sido prometido. Passando por este ponto, vou tentar demonstrar como faria, numa coluna de como seria a organização básica da “minha” copa do mundo. Vou brincar um pouco de Fifa, mas nada muito complexo.

Não tentaria construir o torneio com 8 sedes, seriam muitas partidas num curto espaço, os campos ficariam horríveis com 8 partidas em cada local. O ideal mesmo seriam 10 ou 12. Oparia, como a Fifa e o governo brasileiro pelas 12 sedes, mas não as atuais, escolhidas politicamente sem contar muito o legado e o critério futebolístico. Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador, Recife, Fortaleza, Natal e Curitiba seriam minhas sedes, como são atualmente. Juntaria a elas Goiânia, Belém e Florianópolis, seriam escolhidas por mim nos lugares de Brasília, Manaus e Cuiabá, respectivamente.

Para uma copa de 10 sedes, ficariam de fora Natal e Florianópolis, numa copa de nove sedes, Curitiba também ficaria de fora. Brasília fica ria de fora de qualquer jeito, mesmo sendo a capital do país, por critério futebolístico. Seria mais justo com o futebol, pois sabemos que em Brasília, Manaus e Cuiabá o esporte não será fomentado, nem a médio prazo. É sim um absurdo a capital federal com um estádio construído para 72 mil pessoas e um futebol que leva e média menos de mil pessoas por jogo. Esse fator político, normal em escolha de copas atrapalhou Goiânia onde se pratica futebol em ótimo nível. Prefiro Goiânia, que fica a 210 Km de Brasília, que convenhamos, num país como o nosso não é nada.

Em 64 partidas, com 12 sedes, cada cidade poderia sediar a no mínimo 5 jogos, e quatro cidades/sedes específicas teriam a honra de abrigar uma partida a mais. Diferentemente do que há nesta copa, onde existem sedes com 4 jogos (Porto Alegre, Curitiba, Natal e Manaus) e o Rio de Janeiro com 7 jogos, todas fariam ao menos um jogo eliminatório. Vejam:
Tabela de distribuição das partidas pelas cidades
Natal, Belém, Florianópolis e Curitiba se despediriam da copa nas oitavas de final; Porto Alegre, Fortaleza, Goiânia e Recife se despediriam nas quartas de final; As semifinais seriam disputadas em Belo Horizonte e São Paulo, a decisão do terceiro lugar em Salvador e a finalíssima, grande decisão no Rio de Janeiro, no Maracanã. A meu ver, essa seria uma distribuição mais justa dos jogos e afetaria menos ao campo de jogo. Uma partida a menos faz diferença.
O confuso sistema de vendas da Fifa tem deixado buracos em estádios, mesmo próximo da lotação máxima, uma pena, já que em diversos jogos haveria interessados em lotar o estádio. O sistema dá margem a desvio e cambismo. Eu tentaria a venda por lotes, considerando o público estrangeiro que vem ao país. Com mais ingressos vendidos para estrangeiros, se garante a maior circulação de pessoas aqui. Além disso garantiria uma base mínima de torcedores locais. Com as desistências, tentaria vendas para torcedores locais e torcedores dos países envolvidos nas partidas. Mas sinceramente, não sei se isso resolveria. Enfim:
Fases de vendas
Fase de Grupos
0
20% Para Patrocinadores e parceiros
1
35% Estrangeiros antes do sorteio dos grupos
2
30% Brasileiros em todos os jogos
3
10% Para os países envolvidos após definição com os sorteios
4
5% Brasileiros em venda presencial com CPF

Oitavas de final em diante
0
20% Patrocinadores
1
25% Estrangeiros antes do sorteio dos grupos
2
30% Brasil
5
15% Torcidas envolvidas após definição dos confrontos
6
10% Brasileiros e torcedores dos confrontos, após definição

Sobras e Devoluções
4, 5, 6
Brasileiros em venda presencial com CPF

Havendo devolução de ingressos, por qualquer motivo, inclusive por venda não efetuada (concluída) os ingressos restantes seriam vendidos para pessoas de todas as partes, sem restrições específicas de região. Como o executado às vésperas da copa.

Outro aspecto que pensei foi no horário das partidas. Mesmo pensando mundialmente, já que se trata de um evento global, a qualidade dos jogos deve ser o principal fator a ser pensado. A partida entre Portugal x Alemanha, a primeira no Nordeste do país e as 13hs, comprovou um “freio de mão puxado” no segundo tempo. Parece pouco, mas uma ou duas horas a mais ou a menos faz diferença. É muito legal o espaço de 3 horas entre as partidas, mas faria um pouco diferente para atingir a todos os públicos. A diferença pode até ser mantida, mas sem aquele jogo que se inicia às 13hs.
Tabela linha do tempo. Dia/partidas/horários
Colocaria as primeiras partidas do dia às 9hs da manha, para adequar ao “calendário mundial, mas o término destas partidas teriam o mesmo efeito do início dos jogos às 13hs. Quando copa do Mundo e Jogos olímpicos são em lugares “alinhados” ao fuso europeu ou extremos (EUA ou Japão, Austrália, China), não pensam em nosso fuso. A copa é aqui, que se adapte ao nosso horário. Os jogos começariam às 14hs, com partidas às 17hs e às 20hs. A partir da terceira rodada da fase de grupos até as quartas de final, horários mais “amenos”, com partidas divididas entre 14hs e 17hs. Das semifinais em diante os jogos seriam disputados apenas às 17hs. Bom para todo o mundo e menos desgastante.

Não sei se minha copa seria mais legal, melhor organizada, já que são milhares de detalhes, mas seria um pouquinho diferente. Alguns detalhes. Uma copa com imagens em 4K e 8K, definição espetacular por TV, estádios que ainda podem ficar mais cheios, e uma média de mais de três gols por partida, até o momento, nada visto desde a copa de 58, é algo espetacular nos tempos de defesas sólidas ou tentando... Esta copa tem superado toda e qualquer expectativa que tenha feito dentro e fora de campo. Estou apaixonado por ela. O Brasil é o melhor presente que o evento poderia ter. Não acreditava tanto nisso. Um ambiente incrível. Viva o Futebol!