Bom
dia amigos do Buteco,
Mais
do que uma coluna em que tento passar meus pseudo conhecimentos sobre
futebol, esse texto será um relato de um dia inesquecível.
Começou
com uma fantástica visita ao Centro Cultural Banco do Brasil para
ver a exposição do genial Salvador Dali, no que deve ser a única
coisa que realmente funciona no Banco do Brasil.
Entrada
gratuita, de terça a domingo, fortemente recomendado a quem mora no
Rio de Janeiro.
Almoço
rápido e finalmente cheguei ao destino final: Estádio Mário Filho.
Tenho
mais de vinte e cinco anos frequentando estádios de futebol e devo
dizer que o sábado, dia 28 de junho de 2014, vai ficar eternamente
na minha memória.
Fui
ao ainda mítico Maracanã ver o jogo entre Colômbia e Uruguai e sai
de lá certo de que não existe nada, absolutamente nada, como o
futebol.
Vi
escoceses de kilt, dinamarqueses de peruca viking, uruguaios com
dente de vampiro, colombianos a rodo, americanos, brasileiros de
todos os lugares.
Uma
organização absolutamente inimaginável para o dia a dia do futebol
brasileiro, com tudo funcionando de forma perfeita.
Todos
os patrocinadores da Copa com stands para os torcedores comprarem
produtos, tirarem fotos, enfim, um programa que era muito mais do que
ver o jogo.
Cheguei
no Maracanã cedo, vi o segundo tempo da sofrida vitória do Brasil
(além de prorrogação e penais), e poderia ter ficado mais horas
por lá tal a atmosfera elétrica do estádio.
Devo
dizer que o jogo em si nem foi tão emocionante, para a minha
surpresa o Uruguai entrou devagar no jogo e foi atropelado pelo bom
time da Colômbia, do excepcional Jaime Rodriguez, que certamente vai
dar trabalho para o confuso, mas extremamente dedicado Brasil de
Felipão.
Ao
ver o goleiro da Colômbia, Farid Mondragon, no aquecimento, me
lembrei da minha juventude e da final da Supercopa de 95 entre
Flamengo e Independiente e do grau absurdo de improbabilidade que era
vê-lo na Copa do Mundo no Brasil aos 43 anos de idade.
Vi
a torcida da Colômbia torcer de forma educada e de um jeito que não
estamos acostumados no Brasil, vi os brasileiros xingando até o
mascote Fuleco, que saiu sem graça depois de uma chuva de
impropérios, os uruguaios em pequenos número mas com grande
empolgação e até com certo grau de abuso mas, acima de tudo, vi
como o futebol é uma língua universal que consegue unir gente tão
diferente.
Não
era a torcida de futebol clássica de lugar algum, eram turistas que
estavam tendo um divertimento inesquecível assistindo o que
provavelmente será o jogo mais importante da vida de todos eles.
E
sabem de uma coisa? Funcionou muito bem. Saio desse sábado certo de
que o futebol é fantástico e que o futuro é trazer todo o tipo de
público para os estádios, não tentar categorizar os torcedores em
“coxinhas” ou “torcedores de verdade”, o futebol é de todos.
Por
fim, acho que a vitória do Brasil vai ser a versão seleção
brasileira do Flamengo x Cruzeiro na Copa do Brasil de 2013, o Chile
pode não ser tecnicamente o melhor time da Copa mas possivelmente é
o melhor treinado.
Pra não dizer que
não falei de Flamengo, estou acreditando em uma melhora substancial
da equipe no segundo semestre. Nossa era de ouro vai voltar e será
mais rápido do que muita gente pensa, basta um pouco de paciência.
BcbFla