domingo, 29 de junho de 2014

Coluna do Bcb

Bom dia amigos do Buteco,
Mais do que uma coluna em que tento passar meus pseudo conhecimentos sobre futebol, esse texto será um relato de um dia inesquecível.
Começou com uma fantástica visita ao Centro Cultural Banco do Brasil para ver a exposição do genial Salvador Dali, no que deve ser a única coisa que realmente funciona no Banco do Brasil.
Entrada gratuita, de terça a domingo, fortemente recomendado a quem mora no Rio de Janeiro.
Almoço rápido e finalmente cheguei ao destino final: Estádio Mário Filho.
Tenho mais de vinte e cinco anos frequentando estádios de futebol e devo dizer que o sábado, dia 28 de junho de 2014, vai ficar eternamente na minha memória.
Fui ao ainda mítico Maracanã ver o jogo entre Colômbia e Uruguai e sai de lá certo de que não existe nada, absolutamente nada, como o futebol.
Vi escoceses de kilt, dinamarqueses de peruca viking, uruguaios com dente de vampiro, colombianos a rodo, americanos, brasileiros de todos os lugares.
Uma organização absolutamente inimaginável para o dia a dia do futebol brasileiro, com tudo funcionando de forma perfeita.
Todos os patrocinadores da Copa com stands para os torcedores comprarem produtos, tirarem fotos, enfim, um programa que era muito mais do que ver o jogo.
Cheguei no Maracanã cedo, vi o segundo tempo da sofrida vitória do Brasil (além de prorrogação e penais), e poderia ter ficado mais horas por lá tal a atmosfera elétrica do estádio.
Devo dizer que o jogo em si nem foi tão emocionante, para a minha surpresa o Uruguai entrou devagar no jogo e foi atropelado pelo bom time da Colômbia, do excepcional Jaime Rodriguez, que certamente vai dar trabalho para o confuso, mas extremamente dedicado Brasil de Felipão.
Ao ver o goleiro da Colômbia, Farid Mondragon, no aquecimento, me lembrei da minha juventude e da final da Supercopa de 95 entre Flamengo e Independiente e do grau absurdo de improbabilidade que era vê-lo na Copa do Mundo no Brasil aos 43 anos de idade.
Vi a torcida da Colômbia torcer de forma educada e de um jeito que não estamos acostumados no Brasil, vi os brasileiros xingando até o mascote Fuleco, que saiu sem graça depois de uma chuva de impropérios, os uruguaios em pequenos número mas com grande empolgação e até com certo grau de abuso mas, acima de tudo, vi como o futebol é uma língua universal que consegue unir gente tão diferente.
Não era a torcida de futebol clássica de lugar algum, eram turistas que estavam tendo um divertimento inesquecível assistindo o que provavelmente será o jogo mais importante da vida de todos eles.
E sabem de uma coisa? Funcionou muito bem. Saio desse sábado certo de que o futebol é fantástico e que o futuro é trazer todo o tipo de público para os estádios, não tentar categorizar os torcedores em “coxinhas” ou “torcedores de verdade”, o futebol é de todos.
Por fim, acho que a vitória do Brasil vai ser a versão seleção brasileira do Flamengo x Cruzeiro na Copa do Brasil de 2013, o Chile pode não ser tecnicamente o melhor time da Copa mas possivelmente é o melhor treinado.
Pra não dizer que não falei de Flamengo, estou acreditando em uma melhora substancial da equipe no segundo semestre. Nossa era de ouro vai voltar e será mais rápido do que muita gente pensa, basta um pouco de paciência.
BcbFla