Buongiorno, Buteco! Quem é Jayme de Almeida? Um humilde velhinho que está apenas tentando agarrar a maior chance que a vida lhe deu profissionalmente ou um homem ressentido por achar que essa oportunidade deveria ter vindo antes, dadas as suas qualidades como treinador? De onde vêm o mau-humor e algumas respostas atravessadas aos repórteres? De uma grande autoconfiança e certeza do que faz, da pressão que sofre pelas agruras do cargo ou têm origem em uma grande insegurança disfarçada? Quem tem as respostas a essas perguntas? Eu certamente não, mas não preciso delas para saber que o nosso treinador tem semelhança unicamente física com o de 2013. Também não preciso de nenhuma delas para saber que um 4-2-4 sem meio de campo e com Nixon, Paulinho, Negueba e Alecsandro tinha tudo para dar errado. Aliás, não só eu, como a esmagadora maioria dos torcedores ficaram surpresos e perplexos com a escalação. Nós, torcedores, entendemos mais de futebol do que o treinador do time profissional do Flamengo? Provavelmente não, né? Então quem explica o que ocorreu? Quem explica o que está acontecendo?
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Se o Palmeiras, gigante em crise do futebol brasileiro, tivesse poder ofensivo, o Flamengo provavelmente não teria encontrado oportunidades para empatar e virar o placar na partida de ontem no Maracanã. O nosso adversário trocou bolas como quis pelo meio, e quando o Flamengo começou a tentar bloquear esse setor, sobraram espaços nas laterais. Um imenso buraco existia entre os zagueiros e os volantes, local onde preferencialmente nossos adversários fizeram várias linhas de passe, duas delas resultando em gol. Fomos salvos pelo voluntarismo de Nixon e uma jogada pela direita que acabou nos pés de Paulinho no meio da área. Era um primeiro tempo para derrota com placar dilatado.
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Não sei qual é o problema de Jayme com Lucas Mugni, mas fiquei particularmente feliz pelo argentino por ter sido decisivo para o nosso treinador continuar com seu emprego. Ironias do destino. Um passe de letra para o cruzamento que resultou no segundo gol, um lindo passe por cobertura para Alecsandro marcar o terceiro e uma boa presença na etapa final mostraram que nosso treinador anda confuso e cheio de ideias mirabolantes, quando tinha uma solução simples e eficiente a sua disposição. Claro que não foi só a entrada de Mugni, mas também o ajuste do posicionamento dos volantes e do setor defensivo. O Flamengo foi outro time na etapa final e arrisco dizer que, ao lado do segundo tempo contra o Emelec no Maracanã, pela Libertadores, acabou sendo uma das melhores performances na temporada até aqui. O Flamengo atropelou o Palmeiras no segundo tempo.
De onde vieram essas óbvias e simples soluções? Todas da cabeça de Jayme ou houve interferência dos jogadores?
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É fato que o Palmeiras não vive um bom momento, mas o time jogou bem no segundo tempo. Roubando bolas e partindo em velocidade para o ataque, lembrou um pouco o time pegador e incisivo de 2013. Podemos esperar continuidade nessa postura dos jogadores? E o treinador? Diminuirá os rachões e treinará a parte tática?
Despeço-me por hoje, nesse texto cheio de perguntas, indagando @os amig@s do Buteco se podemos esperar de Jayme uma mudança de postura e, mais do que isso, que acerte o time, ou com essa bendita e aliviadora vitória apenas atrasamos um processo inevitável?
Bom dia e SRN a tod@s.