Irmãos rubro-negros,
está evidente para todos que o futebol do Flamengo apresenta-se
muito aquém da expectativa em 2014.
Fizemos apenas uma boa partida no ano, contra o
Emelec, no Equador, lembrando que já estamos no final de maio.
A crise está forte e, em casos que tais, a paixão do
torcedor sempre fala mais alto.
Embora respeite de coração a opinião de alguns
amigos rubro-negros, que acham que a bagunça vigente no futebol do clube se
compara a de gestões antigas, inclusive a que antecedeu a atual, eu, humildemente,
divirjo.
Que o futebol do Flamengo está bagunçado, ninguém
duvida e os resultados em campo o comprovam. Mas a situação, ainda assim, é
muito diferente do que ocorria até dezembro de 2012.
Em primeiro lugar, não lemos mais aquelas notícias
diárias de que fulano chegou atrasado, beltrano foi treinar bêbado, virado da
noite, ou que sicrano foi “liberado” do treino para levar a vovozinha ao médico.
Tampouco se lêem notícias, como outrora era comum, de brigas e
discussões em treinos ou reclamações de atletas quanto ao pagamento dos
salários.
Então, podemos dizer que a situação melhorou.
Mas também devemos reconhecer que, diante da enorme
grandeza do clube, o futebol do Clube de Regatas do Flamengo ainda encontra-se
longe, muito longe, do patamar em que merece estar.
Mais ainda, é indispensável implantar uma nova
concepção, uma nova filosofia no Mengo. Uma filosofia que valorize a genuína
tradição rubro-negra.
Hoje, o que vemos são jogadores, técnicos e profissionais
do futebol descompromissados e indiferentes ao momento de crise vivido pelo
clube.
Vemos jogador saindo para noitada, feliz e pimpão, mostrando
desavergonhadamente todos os dentes da boca, como se estivesse tudo uma
maravilha.
Vemos técnico indo à praia, “comer seu peixinho”, após
derrotas vexaminosas, sem perceber que, como comandante da equipe, deveria ser
o primeiro a dar exemplo de contrição e serenidade.
Vemos jogador “esquecendo”, veja só que beleza, de
ir treinar depois de um empate com gosto de derrota e tendo esse atleta
inclusive falhado no gol de empate do adversário. Esquecer de pagar as contas
ou de ir ao cabeleireiro e à manicure ele não esquece, né.
Pois essa é a realidade do futebol profissional nos grandes clubes brasileiros, e mesmo no sofisticado mundo europeu, onde alguns jogadores do Barcelona, por exemplo, fizeram sinais obscenos à torcida como se fosse a coisa mais natural do mundo. Fosse há quarenta, cinqüenta ou sessenta anos atrás, não teriam coragem de tamanha ignomínia.
A realidade, porém, é essa e é preciso enfrentá-la com
sabedoria e firmeza.
Nesse contexto, torna-se importante destacar que nem
todos os atletas que compõem o elenco do Mengão se caracterizam pela leniência,
vagabundagem e falta de raça que têm contaminado parcela do grupo.
E à diretoria cabe separar o joio do trigo,
distinguir quem está a fim de jogo, quem compreende e valoriza a importância de
vestir a camisa do Flamengo, daqueles que estão acomodados com o “bem-bom” da
vida de jogador milionário, vedete de futebol.
Esse é o papel que a diretoria tem de exercer sem
receio, firme em suas convicções, as mesmas que os têm conduzido a fazer uma
gestão fantástica à frente das demais searas do clube.
Portanto, repito ser fundamental construir, ou
melhor, resgatar os valores mais essenciais da alma flamenga: raça, respeito ao
clube e à torcida, comprometimento, dedicação, humildade.
Nem falo de amor e paixão à camisa porque, conquanto
eu seja saudosista de outras eras, não sou ingênuo a ponto de defender o
retorno de sentimentos há muito sepultados pela excessiva mercantilização do
futebol.
Mas podemos exigir, sobretudo pagando em dia, raça,
respeito ao clube e à torcida, comprometimento, dedicação, humildade. Esse é o
mínimo do breviário de quem pretende vestir o Manto Sagrado.
As mudanças, pois, são necessárias, porquanto temos
visto exatamente o oposto de tudo que o Flamengo merece.
A demissão do Jayme foi providencial, mas foi apenas
um passo, que se não vier acompanhado de outros, poucos frutos trará.
Parece evidente a muitos flamengos apaixonados a
necessidade de extirpar do clube certas maçãs podres, de todos conhecidas, que
acabam contaminando os demais. Afinal, quem correrá por um chupa-sangue
vagabundo?
Tem jogador que, chegando junho, sequer entrou em
forma. Inacreditável. Estamos quase em junho e o sujeito continua a abrir a boca com
vinte, trinta minutos de jogo. Isso é o cúmulo da safadeza e do descompromisso
com o clube e a torcida que lhe pagam o altíssimo salário.
Tem jogador que processou o clube, foi reintegrado
ao elenco, e continua a se portar com a mesma falta de vontade de antes. Esse, mais
que qualquer outro, até por ser cria da base, tinha de comer grama, sujar o
uniforme e encharcar o Manto de suor. Mas não é isso o que ocorre, infelizmente.
E os casos de rebeldia no que tange ao dever de respeito ao clube e
à torcida, sobretudo quanto à postura dentro de campo, se sucedem em certos círculos do elenco.
Há jogador, ex-selecionável, com salário de astro, cujo valor o Flamengo paga a metade, e já é muito, dado o futebol apresentado, ou melhor, não apresentado, que, recém chegado, vive no departamento médico e, quando liberado para jogar, não marca, não corre, não luta e não briga, como se estivesse a disputar não uma partida de futebol pelo Flamengo, mas um jogo de damas com as senhorinhas da quermesse.
Outros, com muitos anos de casa e pose, só pose, de liderança, estão muito mais preocupados com seu projeto pessoal de jogar até os quarenta, quem sabe até os quarenta e cinco anos, e recebendo, obviamente, uma bela soma a título de salário, do que com os verdadeiros interesses do clube ao qual diz amar. E o clube nisso? Ora, o clube é um mero detalhe. O que importa é esticar a carreira ao máximo, ainda que em detrimento da boa performance da equipe dentro de campo.
E há, ainda, aquele tipo de jogador que gosta de reclamar de tudo e de todos: reclama que o jogo é longe, reclama que tem medo de viajar de avião, reclama que a bola é redonda e que o atacante adversário sempre a chuta com muita força. Em suma: um reclamão. E quando abre a boca para fazer qualquer declaração que não seja uma lamúria, invariavelmente diz besteira, demonstrando grande incapacidade intelectual para dar uma simples entrevista. E o pior, tem tomado gosto, e que gosto, por falhar seguidamente, além de esquecer, com a ingenuidade de uma criança que pega um brigadeiro da bandeja antes do parabéns, de aparecer para o treino da manhã.
Pois o que vejo é a premência do Flamengo oxigenar seu elenco e suas referências dentro de campo.
Há jogador, ex-selecionável, com salário de astro, cujo valor o Flamengo paga a metade, e já é muito, dado o futebol apresentado, ou melhor, não apresentado, que, recém chegado, vive no departamento médico e, quando liberado para jogar, não marca, não corre, não luta e não briga, como se estivesse a disputar não uma partida de futebol pelo Flamengo, mas um jogo de damas com as senhorinhas da quermesse.
Outros, com muitos anos de casa e pose, só pose, de liderança, estão muito mais preocupados com seu projeto pessoal de jogar até os quarenta, quem sabe até os quarenta e cinco anos, e recebendo, obviamente, uma bela soma a título de salário, do que com os verdadeiros interesses do clube ao qual diz amar. E o clube nisso? Ora, o clube é um mero detalhe. O que importa é esticar a carreira ao máximo, ainda que em detrimento da boa performance da equipe dentro de campo.
E há, ainda, aquele tipo de jogador que gosta de reclamar de tudo e de todos: reclama que o jogo é longe, reclama que tem medo de viajar de avião, reclama que a bola é redonda e que o atacante adversário sempre a chuta com muita força. Em suma: um reclamão. E quando abre a boca para fazer qualquer declaração que não seja uma lamúria, invariavelmente diz besteira, demonstrando grande incapacidade intelectual para dar uma simples entrevista. E o pior, tem tomado gosto, e que gosto, por falhar seguidamente, além de esquecer, com a ingenuidade de uma criança que pega um brigadeiro da bandeja antes do parabéns, de aparecer para o treino da manhã.
Pois o que vejo é a premência do Flamengo oxigenar seu elenco e suas referências dentro de campo.
Então, diretoria flamenga, fica aqui o humilde recado de um rubro-negro, que muito admira o vosso trabalho, louco de amor e paixão por esse clube, essa instituição mística, mítica, cósmica e divina:
Botem pra fora do clube os chinelinhos, os traidores,
os chupadores de sangue. Todos sabemos quem são.
Tentem negociar os direitos econômicos dessas ervas
daninhas pelo melhor valor possível; se não for viável, vendam por preço vil mesmo;
e se nem isso conseguirmos, negociem então uma rescisão amigável.
E tratem, também, de reforçar o time. Aqui abro um
parêntese, pois acho que nosso time
está na média dos demais, salvo, claro, Cruzeiro, Internacional, Atlético-MG, Fluminense e,
talvez, Grêmio. Basta ver a escalação do Bahia, do Goiás, do Criciúma e de
vários outros para constatar que o nosso elenco é fraco, mas não é inferior à maioria.
Mas, de todo modo, trata-se de um elenco que tem
carência em diversas posições, as quais necessitam ser reforçadas. Gol,
laterais direita e esquerda, volante, meia e ataque. Todas requerem jogadores
mais qualificados para encorpar o time.
Não tem dinheiro? Usem de criatividade, busquem
parceiros, livrem-se de jogadores caros e inúteis do elenco, enfim, ninguém
imaginou que seria fácil.
Isso, aliás, tem de ser feito com toda a brevidade.
Porque se as coisas caminharem como estão, talvez o
Ney Franco não chegue nem à Copa do Mundo à frente do comando técnico do
Flamengo.
...
Antes
de finalizar, uma observação: clube grande se faz grande dentro e fora de
campo. Futebol, e o brasileiro, nesse mister, mostra-se ímpar, é um meio
nojento, asqueroso.
Todos
já observamos que o Flamengo tem sido sistematicamente prejudicado no
Campeonato Brasileiro. No último jogo, então, foi descarado.
O
sujeito, além de inverter faltas e truncar o jogo quando isso nos atrapalhava,
não marcou um pênalti no Alecssandro no primeiro tempo, deu uma falta
inexistente a favor do adversário no apagar das luzes, e ignorou, na frente de
todos, a falta que o jogador do Bahia fez ao empurrar os atletas que compunham
a barreira do Flamengo.
Naturalmente,
isso não apaga a lamentável atuação do time que, como reconheceu nosso técnico,
foi inferior ao adversário.
A
despeito disso, todo cuidado é pouco e quanto antes o clube firmar posição, melhor.
Não se trata de beneficiar indevidamente o clube, de modo algum; basta não prejudicá-lo.
...
Abraços, bom fim de semana e Saudações Rubro-Negras
a todos.
Uma vez Flamengo, sempre Flamengo.