sexta-feira, 30 de maio de 2014

Desastre ou piada? Pode escolher...

Nesta quinta-feira eu tive o desprazer de voltar dois ou quatro anos no tempo. Vendo o jogo em um bar, vi o Flamengo voltar a ser motivo de piada tanto de torcedores rivais quanto de (pseudo) rubro-negros, talvez inconformados com a situação atual do time. Era algo que eu imaginava ter ficado para trás junto com os trevosos tempos da nadadora. Infelizmente, o crescimento invejável que o Mais Querido alcança fora das quatro linhas, parece ser inversamente proporcional ao desempenho dentro do campo em 2014.

Me parece até covardia tentar traçar um paralelo, por exemplo, entre o basquete e o futebol rubro-negros. Descontadas as diferenças de orçamento e a capacidade de bancar um time caro em relação ao padrão da modalidade, temos como diferenças fundamentais o comprometimento dos atletas e da comissão técnica com a excelência e o fato de o departamento ser dirigido por pessoas que conhecem do assunto, no caso, dois ex-jogadores de basquete do próprio Flamengo (Póvoa e Vido). O crescimento da modalidade, que já era de altíssimo nível, continua de forma constante e sustentável. O torcedor rubro-negro sabe que o time pode até perder – faz parte do esporte – mas vai sempre ser uma equipe de primeira linha, disputando todos os campeonatos e chegando a patamares cada vez mais altos. O convite para participar da pré-temporada da NBA é mais uma prova nível de excelência em que se encontra o basquete Rubro-Negro.

No futebol, ao contrário, o cenário é desastroso, aterrador. Ver o time jogar é quase uma tortura para quem gosta do Flamengo ou minimamente de futebol. Chega a ser inacreditável chegar à metade de uma temporada e constatar não apenas que o time não fez sequer UM bom jogo, mas também não tem nenhuma perspectiva de melhora, a não ser a boa e velha esperança.

Ao observar uma sequência de jogos do Flamengo, mesmo com mudança dos jogadores é possível perceber alguns absurdos. Temos dois goleiros que cometem erros semelhantes, laterais que erram o posicionamento da mesma forma, volantes que deixam os mesmos buracos em campo e, pasmem, trocamos de treinador e cometemos o mesmo erro de escalar quatro atacantes e ninguém para armar o time no meio. Temos um time que precisa desesperadamente de treinos e, quando jogamos dois jogos seguidos na mesma cidade, voltamos ao Rio de Janeiro entre os dois jogos.

Existem erros em outros departamentos? É claro que sim! Mas em cada um deles, vemos os responsáveis mostrarem que sabem o que estão fazendo, inclusive quando erram – exceção feita ao ainda inexplicado caso André Santos. No futebol, vemos a coisa caminhando mal, conduzida por vezes de forma inexplicável e sem que os gestores demonstrem saber ao certo que ações levaram ao sucesso, como na vitoriosa campanha da Copa do Brasil, ou ao fracasso retumbante apresentado em 2014.

A situação é terrível. Se jogar como fez ontem, esse time vai levar uma surra no final de semana. Talvez sirva ao menos para que a direção do clube perceba o absurdo que é dar férias para esse elenco incapaz de apresentar alguma coisa parecida com futebol na temporada 2014.

abraços a todos e SRN!

P.S.: Boa sorte ao novo diretor e que ele seja capaz de mudar esse panorama desastroso que vem se desenhando.