quarta-feira, 15 de janeiro de 2014
Malandro é o gato...
As atuais confusões nos tapetes do futebol brasileiro têm identidade com nome e sobrenome conhecidos por todos, mas atende simplesmente por Brasil, "o país de todos", onde os mais espertos são metidos a mergulhar numa onda do mar e saírem dela mais secos que um cacto vindo do Deserto do Saara;
Cansei de ver e lidar com tantos espertalhões em todas as áreas de atuação, fazendo supor que a nação altaneira é um foguete em pleno desenvolvimento rumo ao infinito das ideias e do conhecimento se comparada com muitas outras dominadas por gente "tola", que cumpre fielmente seus compromissos, do horário marcado à tarefa executada com a responsabilidade que deve caracterizar um compromisso assumido;
E quando se bate os olhos nos índices de produtividade individual e coletiva daquele pessoal "bobo", bem como nos níveis de educação e prestação dos serviços oferecidos às suas populações, toma-se um choque de realidade, pois os "patetas" estão um ano-luz à nossa frente e não serão alcançados nem ao final deste século;
Bem dizia o inesquecível Joelmir Betting, nos dias seguintes a um acidente que marcou a minha vida, o naufrágio do Bateau Mouché na saída da Baía da Guanabara para o mar de Copacabana, no réveillon de 1989, ceifando 55 vidas alegres que pagaram caro para ver a festa de passagem de ano do mar para a terra: "No Brasil o jeitinho abunda e o barco afunda". Jamais me esquecerei dessa preciosidade sobre o "modus vivendi" tupiniquim, pois divulgou-se à época que o barco encontrava-se com o dobro de sua capacidade máxima de 80 passageiros e com alterações que incluía até uma laje de concreto armado sobre o convés da embarcação, inexistente em sua configuração original tampouco aprovada pelos órgãos de controle, e sob a supervisão de um engenheiro que de naval não tinha nem o apelido. Um prato cheio para dar erro. E deu. E continua dando em outras situações tão ou muito menos graves como a da bizzara cena em que uma garçonete de uma lanchonete do Aeroporto Internacional do Galeão atendia os clientes, há alguns dias, de posse de um guarda-chuva aberto e empunhado por uma das mãos para não se molhar com as goteiras que jorravam sobre o local;
Mas, estamos aqui para escrever sobre o Flamengo e a bola que voltará a rolar no próximo fim de semana pelo Estadual do Rio de Janeiro, proporcionando mais uma importante oportunidade para armar o time a fim de torná-lo competitivo nas competições que o clube vai disputar ao longo desta temporada, embora esse Campeonato seja um monstrengo a ser reduzido de tamanho, com o corte de pelo menos da metade das datas a ele disponibilizadas;
Assim, desperdiçamos água potável e filtrada para depois ficarmos com sede. Essa é a questão das datas neste início de ano, esbanjadas como se fossem infinitas, porém, no segundo semestre e de forma recorrente, pagamos juros altos em função do desperdício anunciado. O Flamengo não é uma exceção à regra, o problema é de âmbito nacional e como em tudo aqui sob a Linha do equador, falta vontade política para racionalizar as competições nos estados, mantendo-se os prejuízos realizados ano após ano, seguindo rigorosamente as folhinhas do calendário;
Resta fazer do limão uma limonada e aproveitar para treinar, colocar a garotada para correr valendo três importantes pontos que alavancam a chegada numa final. Aqui entra a minha discordância em se desfazer do Adryan no atual momento. Nada melhor do que as partidas que começam domingo contra o Audax, que fariam o garoto ganhar ritmo de jogo e entrar definitivamente no "jogo de homens", como ensina sabiamente o eterno Evaristo de Macedo;
Mas, Adryan não está mais respirando os mesmos ares que nós. Então, oremos pelo Rodolfo. A hora é dele.
SRN!