Buongiorno, Buteco! Hoje haverá o "primeiro" julgamento dos casos "Heverton e André Santos", no âmbito do STJD, os quais definirão o Campeonato Brasileiro de 2013. Pena que essa definição não ocorrerá dentro das quatro linhas, já que com o divórcio entre a justiça e o futebol todos nos acostumamos, mas ter que suportar o peso de apenas um dos lados da balança e não o produto de seu "desequilíbrio natural" é que pode não só provocar sensações um tanto estranhas, como ainda ser um tanto tumultuado. Pois então o dilema agora é aplicar ou não a letra fria do regulamento. Eu não hesitaria em me posicionar pela aplicação do regulamento, porém esse ano parece que há uma peculiaridade diabólica, ou, pensando bem, talvez nem mesmo o Diabo consiga criar uma trama tão sofisticada como a que armaram os dirigentes esportivos brasileiros esse ano: como todos já devem estar sabendo, em 2010 o mesmo STJD deixou de aplicar a letra fria da lei, em circunstâncias idênticas, porque o mesmo "Procurador" entendeu que não havia circunstâncias "morais" para mudar o resultado "de campo", que, ora vejam só, amig@s do Buteco, beneficiava ninguém menos que o mesmíssimo Fluminense Football Club, o "aristocrático clube das Laranjeiras", o mesmo "beneficiário" da almejada virada de mesa esse ano.
Ora, se o mesmo tribunal e o mesmo representante do "MP Desportivo" deixaram de aplicar ESSE regulamento em 2010 (e não faz tanto tempo assim) para beneficiar ESSE mesmo clube e não lhe tirar um título brasileiro (não foi uma bala Juquinha), agora farão o contrário para rebaixar um time mais fraco no cenário esportivo e garantir os aristocráticos "ingleses" na primeira divisão?:
Conseguiram criar uma situação na qual a aplicação do regulamento se transformou em casuísmo. O futebol brasileiro não é para iniciantes. E agora? Seja qual for a decisão, distribuirão injustiça.
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Quanto ao Flamengo, bem, como todos estão "carecas" de saber, é uma situação complicada, decorrente de, primeiro, não haver previsão expressa de como se tratar a expulsão de uma competição que acabou antes do final da temporada e a escalação do atleta expulso em outra competição em um "amistoso" antecipado para preencher a grade do Sportv na última rodada do Campeonato Brasileiro, quando ninguém se beneficiou ou foi prejudicado por isso. É de se indagar, claro, se o tal bom senso e as condições morais foram sepultados ou enterrados na mesma vala pelo senhor "Procurador" lá pelos idos de 2010.
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Falando em bom senso, e ainda em Direito, e para encerrar, quando querem, os auditores do STJD sabem desclassificar uma infração durante um julgamento e utilizar o bom senso, investigando e interpretando a real intenção do autor da infração e as circunstâncias do fato. Quando querem, é claro. Aliás, o Poder Judiciário, na "vida real", assim procede ao distribuir a "Justiça Criminal" nas esferas estadual e federal. Mas quem haverá de adivinhar os desígnios dos senhores auditores do STJD?
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Vamos falar um pouco a respeito de futebol? Ufa! Então, voltando ao tema do elenco para a Libertadores/2014, gostaria de utilizar como exemplo os cogitados Emerson Sheik e Alex, os quais não virão e por isso mesmo podem servir como bons paradigmas para a discussão a respeito dos parâmetros para reforçar o elenco. Bem, acho que o Fernando Calazans, no Globo de ontem, colocou bem a questão do Sheik e a dificuldade que poderia trazer no extracampo. Vejam: eu concordo com todos os amigos que realçam as qualidades técnicas do Sheik e também sua experiência e mesmo a "postura de Libertadores", pois, afinal de contas, um cara que consegue, na malandragem, irritar os argentinos em uma final, é sem dúvida um fora de série nesse quesito e somaria muito a um elenco aparentemente inocente. A questão é que tenho sinceras dúvidas de que o Sheik aceitaria circunstancialmente um banco e aqui temos que ponderar que ele não é o meia do qual o time precisa e nem sempre poderíamos jogar com três atacantes - ele, Hernane e Paulinho. E por acaso alguém aqui colocaria o Paulinho no banco?
Outro ponto é o Alex. Cracaço de bola. Sempre tive o sonho de vê-lo com a camisa do Flamengo e, quando aconteceu, era na época daquele mal montado e administrativamente caótico time do Edmundo Santos Silva. Temo a questão física e o acúmulo de quatro jogadores com esse perfil no time - Leo Moura, Chicão, André Santos (novo, mas com fôlego de veterano) e um quarto (Alex não vem, mas outro veterano poderia ou até pode ser contratado).
O ponto então é que contratar reforços de qualidade não é fácil. Faço por isso duas perguntas: vale a pena sacrificar o esquema tático para contratar um jogador de mais nome e experiência? Vale a pena investir em mais um veterano?
Outro ponto: recorrer ao sempre farto de ofertas mercado argentino para buscar o 10 é tentador, mas o recente exemplo do Bottinelli desanima um pouco e nos faz refletir. De qualquer modo, a Diretoria tem até o dia 8, o da reapresentação, para tomar sua decisão. Sugestões?
Bom dia e SRN a tod@s.