Irmãos
flamengos,
Flamengo
Tricampeão da Copa do Brasil!
Essa
frase soa como música aos ouvidos de todo flamengo. E música boa não enjoa.
Flamengo
Tricampeão da Copa do Brasil!
E que título! O
enredo dessa história parece ter sido feito à mão, redigido por algum flamengo fanático
dos tempos heróicos.
A Nação Rubro-Negra
lembrou, nessa campanha, seus melhores momentos.
Fez do Maracanã o fator providencial para a conquista. Após longa, perversa e forçada separação, a ansiedade pelo reencontro era grande. Como numa história de amor, cheia de loucura e paixão, a torcida do Flamengo acercou-se do estádio na primeira oportunidade, tomou-lhe as cercanias para si, e, sem tibieza ou hesitação, pegou das chaves, abriu a porta, e retornou à sua casa.
Desde o primeiro
desafio, diante do Cruzeiro, no jogo de volta (Mengão 1x0), passando pela histórica
Flamengada de 4x0 sobre o Botafogo, e ainda as vitórias incontestáveis sobre
Goiás (Mengão 2x1), na semifinal, e Atlético-PR (Mengão 2x0), na Grande
Decisão, em todos os jogos a torcida do Flamengo teve participação fundamental.
Também nossa camisa,
nosso Manto Sagrado, jogou, e muito, na caminhada desse título histórico.
Quando maior era a adversidade, ela, a sagrada camisa vermelha e preta, preta e
encarnada, entrou em campo e jogou junto com o time e a torcida. Basta ver as
circunstâncias dos nossos jogos para notar, em cada um deles, a marca indelével
da Camisa que Joga.
...
Aos nossos jogadores,
à nossa comissão técnica e à diretoria do Clube de Regatas do Flamengo, meu
muito obrigado. Todos, sem exceção, tiveram a sua indispensável parcela de contribuição
para a conquista.
O time se uniu, mostrou
brios e se mantiver a postura, a raça e o comprometimento, tem tudo para fazer
um excelente ano em 2014.
A comissão técnica,
capitaneada por Jayme de Almeida, cumpriu exemplarmente seu papel. Pegou um
time em frangalhos, abalado emocionalmente, e fez dele um elenco campeão.
Palmas para todos, desde Jayme e Cantareli, assim como para toda a equipe de
suporte, preparação física, fisioterapia e equipe médica.
Nossa diretoria tem
feito, a meu ver, trabalho impecável. Na seara financeira e administrativa, é
até desnecessário tecer elogios, pois a qualidade do trabalho é tão evidente,
que até os mais renitentes reconhecem seu valor.
Marketing e
comunicação precisam melhorar, assim como a parte estrutural (CT, sede social,
ginásios, museu). Tenho certeza, porém, que todas essas melhorias virão, a seu
tempo.
No departamento de
futebol, a despeito de alguns erros, acho que a avaliação é muito positiva.
Questiono somente, talvez, a contratação do Jorginho, embora confesse que achei na
ocasião boa aposta para o clube. Infelizmente, o trabalho do Jorginho
foi muito ruim e sua demissão inevitável.
Veio o Mano Menezes,
técnico de renome, que, na oportunidade, me pareceu a pessoa ideal, pois aliviaria
a pressão sobre o time e a direção de futebol. Pois quem não agüentou a pressão
de dirigir um clube da magnitude do Flamengo foi ele, Mano Menezes, que fugiu
da liça no meio da luta.
São imperscrutáveis
os desígnios da providência. Quando tudo indicava que o Flamengo teria um fim
de ano angustiante e de tristeza, Jayme de Almeida assumiu o time, uniu os
jogadores em torno de um propósito maior e, com apoio incondicional da Magnética,
conduziu o Flamengo ao Tricampeonato da Copa do Brasil e assegurou, ainda, a permanência
do time na Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro, com algumas rodadas de
antecedência.
Melhor, impossível.
Dizem alguns que tudo
foi pura sorte e que não houve planejamento algum para a Copa do Brasil. Pois
ouso discordar.
Primeiro porque, sem sorte,
como diria Nelson Rodrigues, não se toma nem um chicabom.
Segundo, planejamento
específico para a Copa do Brasil, de fato, não existiu. Mas, num contexto maior,
verifica-se que a diretoria do Flamengo não teve receios em adotar medidas
impopulares, porém corretas, como devolver o Vágner Love e rescindir com Ibson e Renato Abreu.
Afora a contratação
do Paulo Pelaipe, sinalizando, desde o princípio, que o regime do futebol
mudaria e que não seriam mais toleradas as reiteradas indisciplinas de outrora.
Tudo isso, na minha
opinião, foi indispensável para a conquista do título.
A diretoria,
encabeçada pelo presidente Eduardo Bandeira de Mello, e por Wallim Vasconcelos
na vice-presidência de futebol, teve o seu árduo trabalho merecidamente
premiado com o título da Copa do Brasil, além do título do NBB, com o basquete.
Apenas continuo a
achar que o clube poderia ter alguma pessoa de dentro integrando a diretoria
permanente, valorizando, como diretriz a ser focada pelo futebol, a tradição
rubro-negra, de muita luta, raça, e de respeito à camisa e à torcida.
No mais, aplaudo a
diretoria de pé.
...
E não poderia faltar um
agradecimento especial a São Judas Tadeu, nosso querido santo padroeiro, que
sempre nos acode nos momentos de necessidade.
...
À diretoria e à
comissão técnica, cabe a tarefa de formar o elenco para 2014. Na sanha de
vender notícias, ou de cavar algum atleta no clube, o Flamengo certamente será alvo
de muitas especulações, mas o fato é que, independente dos nomes ventilados,
poucos vestirão a camisa rubro-negra.
Que nosso
departamento de futebol tenha sabedoria, tranquilidade e paz para buscar o que
for melhor para o Clube de Regatas do Flamengo.
...
Por fim, hoje teremos
nosso penúltimo compromisso no ano (pois há, ainda, o jogo do Zico para
disputar), diante do Cruzeiro, na partida em que se enfrentarão o Campeão da Copa
do Brasil e o Campeão Brasileiro, tendo como atrativo extra a presença das duas
taças no gramado do Maracanã.
Trata-se de jogo que
em nada alterará a vida dos clubes envolvidos.
Contudo, se o
Flamengo está em campo, a vitória deve ser almejada e conquistada.
...
Amanhã estarei em
local de difícil à internet. Peço, de antemão, desculpas aos amigos flamengos
se não puder participar do debate durante todo o dia.
Mas prometo ler todos
os comentários, do primeiro ao derradeiro.
...
O momento agora é de
esticar a comemoração.
Abraços, Saudações
Rubro-Negras e bom fim de semana a todos.
Uma vez Flamengo, sempre
Flamengo.