quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Digitando em pé, com a faixa no peito Rubro-Negro!


"E agooooora, que faço de minha vida sem você...Você não me ensinou a te esquecer...". Esses versos cantados por Caetano Veloso em "Lisbela e o Prisioneiro" foram os que restaram daquela noite mágica, deixados pelo Flamengo, para esta quarta-feira sem a sua presença em nossas vidas, como o fez de forma brilhante, embalando os nossos sonhos nos últimos 2 meses, após o favor feito pelo Mano Menezes quando fugiu do fogo que lambia os nossos sapatos, na porta da Zona de Rebaixamento e a seis dias de enfrentar, valendo pela Copa do Brasil, o então líder do Campeonato Brasileiro, o Botafogo, também conhecido e reconhecido como cavalo paraguaio;

Sem nenhuma comprovação científica para apresentar, tão somente baseado no empirismo, sempre gostei do Flamengo que joga com a corda esticada, sob estresse, pois a prática me passa a convicção de que o time está focado no objetivo a ser alcançado e quase sempre constato um bom retorno dentro de campo. Com uma semana de descanso e treinamentos começa a dispersão. Com 10 dias, então, a "vaca vai literalmente para o brejo". Tem sido assim desde 2005, ano consagrado a um dos piores times rubro-negros. Lembro das pífias atuações na Arena da Ilha do Governador, sob o comando de Celso Roth durante a Copa das Confederações daquele ano, quando jogamos 4 vezes em 40 dias, com desempenhos sucessivamente piores;

Com a presença na Libertadores de 2014 garantida de forma imprevisível, o que se tornou uma "festa surpresa" para a nova diretoria que, ontem, comemorou o primeiro ano da incontestável vitória sobre o esgotado modelo de gestão historicamente adotado, e que não volta mais, me ocorre escrever um pouco sobre o asqueroso comportamento de nossa imprensa esportiva, que passou décadas criticando a falta de austeridade, organização e estrutura do Flamengo. Entretanto, este ano, justamente no momento em que o clube implantou uma severa política de contenção de gastos visando a sua reestruturação financeira, ela dedicou o seu tempo a criticar a falta de contratações de nomes grifados, que honrassem o manto, a "incompetência" dos executivos que o assumiram, a falta de visão nas apostas feitas, entre elas as realizadas em Paulinho e Wallace, para ficar apenas em dois destaques da recente conquista;

O que esse pessoal quer afinal? Um clube sério, com credibilidade no mercado, sustentável ou aquele outro perdulário, caloteiro, inconfiável e rejeitado por 9 entre 10 profissionais do esporte? Ou o arco-íris da mídia está com medo e entra em pânico diante do gigante que se levanta?

Deixando-os pra lá, remoendo os fracassos dos seus prediletos, creio que o Flamengo a partir de agora, e já com algum atraso, deve cada vez mais atentar para as competições nacionais e internacionais, depois de passar brevemente e ganhar o Estadual, que vai se encurtar progressivamente. Não podemos continuar a viver referenciados nos clubes do Rio de Janeiro, exemplos de má-gestão e incompetência, que nada nos acrescenta e ainda nos ilude em relação às demais competições da temporada;

O modelo estadual esgotou-se e nada mais temos a ganhar com ele, a não ser a taça de campeões em um "tiro curto' e focar para sempre as baterias no Brasileirão, na Copa do Brasil, na Libertadores e no Mundial, quando vier a disputá-lo.

SRN!