O Flamengo, mais uma vez,
foi o time do improvável, o ponto fora da curva das análises dos grandes
comentaristas. Impossível não lembrar da pergunta levantada pelo grande Gustavo
do nosso querido Buteco sobre as chances do Flamengo após o terrível sorteio
que condenou o Flamengo à uma difícil sequência. Nosso escriba perguntou aos
convivas quais as chances do rubro-negro no campeonato. Eu, definitivamente,
não acreditava nas chances do nosso time e lembro-me bem da opinião defendida por
mim, pelo Bcb e outros frequentadores de que o Mais Querido teria pouquíssimas
chances. Ressalvamos, porém, que caso o improvável acontecesse se tonaria um combustível fortíssimo capaz de
nos motivar tanto na copa do Brasil quanto no mata-mata.
Parece piada relembrar
esses momentos, assim como parece insano relembrar todas as dúvidas e os
momentos de questionamento feitos ao time do Flamengo ao longo de 2013. Um
grupo que se tornou um bom time que conquistou a copa do Brasil, firme e
tranquilo nas adversidades, como quando saímos atrás do Goiás no Maracanã e do
Atlético em Curitiba. Time que foi monstruoso, gigante contra o Botafogo,
esmagando um adversário pretensamente superior. Um time, construído pelo Jayme
a partir do bando que um covarde fujão deixou para trás.
Apesar de tudo, contra
tudo, contra todos e, sobretudo contra nós mesmos, nossos medos, fantasmas,
adversários internos, opositores e sabotadores, vencemos. Somos mais uma vez
campeões nacionais, derrotando os primeiros, fazendo os fortes se acovardarem e
os fracos tremerem. Assumimos nosso favoritismo e atropelamos nossos
adversários. Jogando em casa, no Maracanã, o Flamengo voltou a ser favorito e
vencedor, temido pelos adversários e praticamente imbatível com a força das
arquibancadas.
Encerramos um ano difícil
com muitas lições aprendidas. Cabe lembrar uma frase muito oportuna do Henrin “Pedrada
Rubro-Negra” Bueno falando sobre a capacidade da diretoria do Flamengo de
evoluir. Disse nosso ex-colunista: “Cuidado Ratos, o gato aprendeu um truque
novo!” Assim tem sido o comado do Flamengo. Evoluindo sem fugir dos erros.
Aceitando as críticas e tentando fazer com que elas agreguem algo ao potencial
do clube.
Vamos a Libertadores, a
competição mais difícil do mundo, onde se joga no frio e no calor, no nível do
mar e na altitude, em gramados e pastos e quase sempre contra times e juízes
que falam espanhol. Vamos fazer da nossa participação em “La Copa” uma
constante e inexoravelmente, ela voltará para a Gávea.
Gostaria de dedicar a
coluna de hoje especialmente a duas pessoas que viveram sua primeira decisão de
campeonato no Maracanã. À minha esposa e companheira de vida, que estava comigo
e me vê vibrar, sofrer e viver o Flamengo quase todo o tempo da minha vida. E também
a um grande amigo que, mesmo não conseguindo comprar para o mesmo setor, fez
questão de abraçar o Flamengo e, em suas palavras, passar de simples torcedor a
Rubro-Negro apaixonado.
A vocês e a todos que
vibraram com essa conquista, parabéns e muito obrigado por estarem conosco. O
Flamengo é esse gigante por causa de cada um de nós. Somos uma Nação que existe
em uma camisa.
Acima de tudo Rubro-Negros.
Abs e SRN!